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Monumento erguido em homenagem à independência do Brasil, está situado na Praça da Graça, em frente à Casa Paroquial da Catedral de Nossa Senhora da Graça |
Hoje, 7 de Setembro de 2013, estamos
comemorando 191 anos da data registrada
oficialmente como o marco da Independência Política do Brasil. Certamente aqui
em nossa cidade teremos atos solenes que culminarão com o tradicional desfile
de colégios e entidades militares sediadas em Parnaíba e continuaram como em
todos os anos na tradicional festa do Sesc. Para nós parnaibanos a luta pela nossa
independência já existia, mas, tinha como objetivo maior a implantação de um
governo nacional republicano, ideia trazida da Europa pelo conterrâneo
Simplício Dias da Silva. Então, vale a
pena lembrar a história:
Dom João VI ao retornar a Portugal em 1821,
entendia que era inevitável a separação do Brasil da coroa portuguesa. Nessa
ocasião, em conversa com o Príncipe regente que ficaria no Rio de Janeiro, alertou-o
para essa possibilidade intimando-lhe a colocar a coroa sobre sua cabeça, antes
que algum aventureiro assim o fizesse.
Diante disso, sob a articulação política dos irmãos
Andradas no Brasil e Portugal, da campanha jornalística do maçom Hipólito da
Costa no jornal Correio Braziliense, editado em Londres, preparando o clima para o
reconhecimento pelos governos estrangeiros da nossa almejada independência
política, bem como, a ação da maçonaria em todo o país, provocaram
o elenco de ocorrências que culminaram com os acontecimentos de 7 de setembro
de 1822 , em São Paulo
e 19 de outubro de 1822, em Parnaíba, embora a maçonaria de Granja (CE),
antecipando-se aos fatos de 7 de setembro, gritou a Independência do Brasil em
25 de agosto de 1822 instituindo D. Pedro como Imperador Perpétua do Brasil.
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Coronel Simplício Dias da Silva |
Dentre os muitos fatos que se desenrolaram ao longo
do processo de Independência do Brasil, os mais importantes foram a
Promulgação dos Decretos nos 124 e 125
da Corte Portuguesa, datados de 29 de setembro de 1821, através dos quais, o
Brasil perdia a condição de Reino-Unido; O Dia do Fico em 06 de janeiro de 1822;
O manifesto redigido por Joaquim Gonçalves Ledo e assinado por Dom Pedro em 01
de agosto de 1822 e finalmente em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho
Ipiranga em São Paulo,
o recebimento das correspondências enviadas pela Princesa Leopoldina e José
Bonifácio, intimando-lhe a dar o brado de
Independência ou Morte. A partir daí, estava deflagrada a campanha de
consolidação da Independência do Brasil.
Aqui na Vila de São João da Parnaíba, sob a
inspiração do Juiz de Fora João Cândido de Deus e Silva e o apoio do líder parnaibano
Simplício Dias da Silva, a partir de setembro, os simpatizantes da causa
brasílica manifestavam-se a todo vapor, razão pela qual, portugueses influentes
na comunidade, solicitaram a remoção do comandante do destacamento militar
Tenente Joaquim Timóteo de Brito, pois o mesmo estava a favor do movimento.
Decisivamente para as províncias do Norte, em 19 de
outubro de 1822, o Cel. Simplício Dias, a frente da guarnição militar, enladado
pelos membros do Partido Brasileiro e o povo, conclamou o Senado da Câmara
a aceitar a situação política de
Independência do Brasil, sob o comando de Dom Pedro.
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Comemorações do Dia da Independência do Brasil no Centro Cívico de
Parnaíba |
A junta de Governo do Piauí, em 6 de novembro de
1822, toma conhecimento do evento de Parnaíba, e, em 13 do mesmo mês, o
Governador das Armas, Fidié, já estava a caminho do foco libertário com a tropa
reforçada e armas que pode arregimentar,
e apoiado em água pelo vaso de guerra Infante D. Miguel enviado pelo Governo do Maranhão, penetra na vila em 18 de dezembro de 1822,
iniciando-se então um período tenebroso para os familiares dos líderes do
movimento brasílico que haviam se deslocado estrategicamente ao Ceará, com a
finalidade de recrutarem combatentes, e de volta, sitiarem o inimigo na área em
que o povo já despertava para a importância do movimento.
As notícias da adesão ao movimento em Oeiras, a
tomada de Piracuruca por Leonardo Castelo Branco em 22 de janeiro de 1823, as
escaramuças no combate na Lagoa do Jacaré (Piracuruca), o desastroso sacrifício de brasileiros na “Batalha de Jenipapo”, em que Fidié ganhou mas não levou e finalmente a fuga para
o Maranhão da tropa portuguesa sob o seu comando, onde, posteriormente, foi
derrotado em Caxias, foram atos que consolidaram, a Independência Política do
Piauí e do Meio-Norte do Brasil..
Por Vicente de Paula Araújo Silva “Potencia”