Campus de Parnaíba é o segundo maior da
Universidade Federal do Piauí; As 740 turmas do próximo período contam com 33 salas de aula.
Nos 11 cursos de graduação ofertados no campus de Parnaíba há pelo menos 740
turmas formadas para o início do próximo período letivo em outubro. A direção
tem feito uma verdadeira manobra para distribuir as turmas em apenas 33 salas
de aulas.
De acordo com o diretor do campus, Prof. Alexandre Marinho, o processo com
todas as necessidades do campus foram enviadas ainda em fevereiro para a
administração superior, inclusive, com a demanda real das salas, mas até agora
o projeto não foi executado. Segundo ele, às segundas-feiras há 65 turmas das
20h às 22h para serem distribuídas em 33 salas e nos demais dias da semana a
situação não chega a ser diferente.
A administração superior da UFPI disse ainda que entregará, no próximo mês,
quatro ônibus para os Campi de Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus.
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| Alunos do curso de Psicologia assistem aula em almoxarifado, local improvisado |
Alunos e professores do Campus Universitário de Parnaíba,
no Litoral do Piauí denunciam a falta de estrutura para as atividades de
ensino, pesquisa e extensão. No segundo maior campus da Universidade Federal do
Piauí, os mais de 4.300 alunos estão com número reduzido de salas de aulas,
acervo bibliográfico e material pedagógico insuficiente. Alunos do curso de
Psicologia estão assistindo aula no almoxarifado e outras turmas chegaram a ser
improvisadas no auditório e salas do Departamento de Recursos Humanos.
Os professores e alunos disputam três datas show
disponibilizados pela universidade. Não há ônibus suficiente para atender as
atividades de campo. “Precisamos de um ônibus semana passada para uma atividade
de campo e não conseguimos. A atividade será feita porque o prefeito
disponibilizou um veículo”, disse a estudante Janaína Leocadio, do 6º bloco do
curso de Turismo.
O Diretório Central dos Estudantes chegou a
elaborar uma carta aberta à toda comunidade relatando todos os problemas na
universidade.
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| Diretor do campus, Prof. Alexandre Marinho |
“Nós mandamos todo o planejamento previsto para o
campus e suas necessidades. No processo que foi enviado para a reitoria pedimos
73 terceirizados e no edital da licitação foram colocados apenas 59. A área do
campus, que é de 45.340 m², foi colocada no edital como apenas 13 mil m². Está
claro que há um boicote ao campus de Parnaíba com editais nesse formato para
minar a gestão”, desabafou o diretor.
O analista de sistema Daniel Rocha, presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos da UFPI em Parnaíba, questiona o formato dos contratos com as empresas terceirizadas e a falta de concurso público para atender o déficit de servidores efetivos.
“Estamos assistindo o sucateamento do campus. Foram feitos dois aditivos no contrato com a empresa anterior a essa que está atualmente. Então há todo um formato estranho que não dá para entender. É como se houvesse uma proteção a essas empresas”, disse Daniel.
O analista de sistema Daniel Rocha, presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos da UFPI em Parnaíba, questiona o formato dos contratos com as empresas terceirizadas e a falta de concurso público para atender o déficit de servidores efetivos.
“Estamos assistindo o sucateamento do campus. Foram feitos dois aditivos no contrato com a empresa anterior a essa que está atualmente. Então há todo um formato estranho que não dá para entender. É como se houvesse uma proteção a essas empresas”, disse Daniel.
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| José Arimatéia Dantas Lopes, reitor da UFPI, diz que projeto para novas salas está em andamento |
Procurada pela G1, a administração superior da
universidade disse que não há diferenciação entre os campi e que pelo menos 50%
dos processos enviados pelo Campus Universitário de Parnaíba já foram
atendidos. O reitor da UFPI, José Arimatéria Dantas, disse que todos os processos
cumprem os procedimentos previstos na legislação.
Sobre a construção de novas salas de aula, o reitor disse que o projeto está em fase de finalização para que seja licitado, mas não deu prazos para a execução das obras. Já sobre a terceirização de alguns serviços, o reitor disse que as empresas são contratadas para atender a demanda de cargos que já foram extintos como servente de limpeza, cozinheiro e motorista.
Sobre a construção de novas salas de aula, o reitor disse que o projeto está em fase de finalização para que seja licitado, mas não deu prazos para a execução das obras. Já sobre a terceirização de alguns serviços, o reitor disse que as empresas são contratadas para atender a demanda de cargos que já foram extintos como servente de limpeza, cozinheiro e motorista.
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| Unidade de Pisicultura permanece fechado e alunos fazem estágio no Ceará |
A Unidade de Piscicultura está desativada e segundo
o diretor Alexandro Marinho está faltando equipamento para os laboratórios e
ainda a ativação dos tanques. O espaço seria uma extensão para o curso
Engenharia de Pesca, que só é ofertado no Campus de Parnaíba. "Os
estudantes estão fazendo as atividades de estágio em Pentecoste, no Ceará, a
mais de 400 quilômetros e custeando as despesas da viagem porque a unidade não
tem condições ainda", disse.
O reitor José Arimatéia Dantas disse que o local
está pronto e equipado para receber as atividades.
Paralisação de serviços
Uma recente paralisação dos servidores terceirizados deixou a instituição sem manutenção e limpeza. Os trabalhadores contratados por meio da empresa Mafra Manutenção Serviços de Conservação e Limpeza Ltda estão com as atividades paralisadas há mais de uma semana. Eles alegam que há dois meses não recebem os salários, equipamentos de proteção individual e que a empresa não tem depositado o FGTS e pago outros benefícios como salário família, ticket alimentação e vale transporte.
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| Estudantes fizeram a limpeza de alguns espaços do campus (Foto: Reprodução/Facebook) |
Uma recente paralisação dos servidores terceirizados deixou a instituição sem manutenção e limpeza. Os trabalhadores contratados por meio da empresa Mafra Manutenção Serviços de Conservação e Limpeza Ltda estão com as atividades paralisadas há mais de uma semana. Eles alegam que há dois meses não recebem os salários, equipamentos de proteção individual e que a empresa não tem depositado o FGTS e pago outros benefícios como salário família, ticket alimentação e vale transporte.
Com a suspensão dos serviços, o Restaurante
Universitário permanece fechado. Banheiros e salas estão sem limpeza há vários
dias. Por uma semana, o Campus também ficou sem água porque a bomba do
reservatório queimou.
O G1 esteve no campus e constatou a sujeira espalhada pela instituição e banheiros sujos. Alguns laboratórios para o ensino de Microbiologia e Fisiologia Humana estavam sem manutenção e com diversos materiais de alto risco de contaminação expostos. A limpeza foi suspensa com a paralisação dos servidores terceirizados.
O G1 esteve no campus e constatou a sujeira espalhada pela instituição e banheiros sujos. Alguns laboratórios para o ensino de Microbiologia e Fisiologia Humana estavam sem manutenção e com diversos materiais de alto risco de contaminação expostos. A limpeza foi suspensa com a paralisação dos servidores terceirizados.
Lixo dos laboratórios ficaram expostos durante a
paralisação dos servidores (Foto: Patrícia Andrade/G1)
O atendimento na Clínica de Fisioterapia também
ficou comprometido. Pelo menos 200 pessoas são atendidas no espaço que é uma
extensão para as atividades do curso de Fisioterapia que é ofertado apenas no
Campus de Parnaíba.
“Algumas estagiárias da clinica estão apenas recolhendo o lixo e mantendo os setores organizados. Como não tem ninguém na recepção, os estagiários ficam se revezando nos horários livres e ficam lá porque sempre aparece alguém querendo informação ou colocar o nome na lista de espera”, relatou a estudante Luiza Couto, aluna do 9º período do curso de Fisioterapia.
“Algumas estagiárias da clinica estão apenas recolhendo o lixo e mantendo os setores organizados. Como não tem ninguém na recepção, os estagiários ficam se revezando nos horários livres e ficam lá porque sempre aparece alguém querendo informação ou colocar o nome na lista de espera”, relatou a estudante Luiza Couto, aluna do 9º período do curso de Fisioterapia.
Sobre a paralisação, a administração superior da
UFPI disse que a empresa Mafra Manutenção Serviços de Conservação e Limpeza
Ltda pagou um dos meses em atraso e foi multada por descumprir alguns pontos do
contrato. A UFPI também disse que já está em andamento um novo processo
licitatório para a substituição da empresa.
O G1 tentou contato por telefone e e-mail com a empresa Mafra Manutenção Serviços de Conservação e Limpeza Ltda, mas não obtivemos retorno.
Segundo o reitor José Arimatéria Dantas, todos os funcionários dos Restaurantes Universitários serão contratados por uma nova empresa, a Servfaz-Serviços e Mão de Obra Ltda. No entanto, o Ministério Público Federal já abriu procedimento administrativo para averiguar a ocorrência de irregularidades na condução do pregão eletrônico nº 115/2013, feito para contratar os serviços terceirizados.
O G1 tentou contato por telefone e e-mail com a empresa Mafra Manutenção Serviços de Conservação e Limpeza Ltda, mas não obtivemos retorno.
Segundo o reitor José Arimatéria Dantas, todos os funcionários dos Restaurantes Universitários serão contratados por uma nova empresa, a Servfaz-Serviços e Mão de Obra Ltda. No entanto, o Ministério Público Federal já abriu procedimento administrativo para averiguar a ocorrência de irregularidades na condução do pregão eletrônico nº 115/2013, feito para contratar os serviços terceirizados.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por Patrícia Andrade/G1 PI, em Parnaíba
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