Procedimento deveria ser de urgência, mas foi
marcado para daqui 8 meses; Cirurgia custa R$ 3.600 na rede particular e família tem apenas R$ 800.
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Núbia Monteiro, mãe do bebê, mostra
exames que
tiveram que ser pagos
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Uma família na Zona Rural de Parnaíba, no
Litoral do Piauí, está fazendo bingos para custear a cirurgia de um bebê que
foi marcada pelo Sistema Único de Saúde para daqui a oito meses. Antonio Ângelo
dos Santos Viana, 8 meses, nasceu com duas hérnias abaixo do abdômen e o
pediatra solicitou procedimento cirúrgico de urgência. Com renda mensal de R$
600, a família tenta o mais rápido conseguir o dinheiro para o procedimento que
custa R$ 3.600 na rede particular.
Núbia Monteiro dos Santos, 16 anos, mãe do bebê
disse que diante da urgência da cirurgia a família resolveu organizar bingos
para conseguir arrecadar dinheiro. Algumas consultas e exames também tiveram
que ser feitos na rede particular por conta da demora pelo Sistema Único de
Saúde.
Até agora a família só conseguiu juntar R$ 800 para
o procedimento cirúrgico. Enquanto, não consegue o restante do dinheiro,
a família ainda tem que cobrir alguns gastos com a medicação e alimentação de
Antonio Ângelo.
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| Mãe se mostra preocupada com a saúde do filho |
“O médico nos disse que tinha que ser feita com
urgência porque as hérnias podem estrangular e algo pior poderia acontecer com
o meu filho. Às vezes ele chora bastante e o médico falou que é porque dói”,
contou a mãe.O agricultor Antonio Romão dos Santos, 63 anos, avô do bebê, se
revolta ao saber que o neto pode ter complicações com a demora da cirurgia.
“Não entendo como pode demorar tanto para um procedimento que o médico disse que tinha que ser feito com urgência. Acho que o governo devia zelar mais pela saúde das crianças e ter uma facilidade. Eu tenho certeza que basta boa vontade para que essa cirurgia fosse feita logo. Se eu ainda tivesse condições já tinha pago essa cirurgia”, desabafou o agricultor.
“Não entendo como pode demorar tanto para um procedimento que o médico disse que tinha que ser feito com urgência. Acho que o governo devia zelar mais pela saúde das crianças e ter uma facilidade. Eu tenho certeza que basta boa vontade para que essa cirurgia fosse feita logo. Se eu ainda tivesse condições já tinha pago essa cirurgia”, desabafou o agricultor.
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| Antonio Romão, avô da criança se diz revoltado com a demora no atendimento |
A família, que mora em um dos lotes do Tabuleiros
Litorâneos, às vezes tem percorrer cinco quilômetros para chegar à rodovia e
conseguir pegar uma van para ir até a Zona Urbana de Parnaíba em busca de
atendimento médico, que nem sempre consegue ser eficiente.
“A gente precisa se humilhar para conseguir atendimento. É muita demora e falta de respeito com o ser humano. Outro dia nós tivemos que pagar para fazer um exame dele porque pela rede pública ia demorar bastante e o médico já nos disse que ele não pode ficar irritado e chorando por conta das hérnias. É muito triste tudo isso”, relatou ainda o agricultor.
“A gente precisa se humilhar para conseguir atendimento. É muita demora e falta de respeito com o ser humano. Outro dia nós tivemos que pagar para fazer um exame dele porque pela rede pública ia demorar bastante e o médico já nos disse que ele não pode ficar irritado e chorando por conta das hérnias. É muito triste tudo isso”, relatou ainda o agricultor.
O G1 tentou contato com a Secretaria de
Saúde, mas ninguém foi encontrado para comentar sobre o assunto.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por Patrícia Andrade/G1 PI
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