Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM). |
O terremoto que abala Brasília, cujo epicentro
encontra-se nas delações dos irmãos Batista, não pode interromper a reforma
previdenciária, uma prioridade para a solução da crise fiscal e para que os
brasileiros possam continuar recebendo suas aposentadorias. O rombo no sistema,
combinado com o envelhecimento da população, resulta numa equação perversa: há
cada vez menos recursos que possibilitem qualidade de vida para aqueles que
trabalharam a vida toda. O problema agrava-se num momento de crise aguda da
economia, como o que estamos vivendo, pois cai a receita dos impostos e o
financiamento do INSS.
Além disso, um dos itens que também corroboram para
que haja uma preocupação com a Previdência é a redução significativa de
contribuintes ativos, pois o desemprego é elevadíssimo, atingindo,4 14 milhões
de pessoas. Essa situação lastimável, além de causar desconforto e
empobrecimento da população, reduz o consumo e impossibilita a flexibilização
de caixa do governo para investimentos.