O juiz de direito
Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única de Luís Correia, pronunciou, nesse
domingo (16), o mecânico Raimundo Neto Pereira pelo crime de feminicídio
praticado contra a esposa, a professora Selene Veras Roque.
![]() |
Raimundo Neto Pereira e Selene Veras Roque |
Com a pronúncia, o
réu será julgado pelo Tribunal Popular do Júri. Segundo denúncia do Ministério
Público do Estado do Piauí, no dia 03 de junho deste ano, por volta das 19
horas, na residência do casal, no Povoado Brejinho, zona rural do Município de
Luís Correia, o réu utilizando de arma branca agindo com desejo de matar a
própria mulher após desentendimento no relacionamento marital desferiu golpes
de faca que lhe causaram a morte.
A Delegacia de
Polícia Civil de Luís Correia, ao tomar conhecimento da situação, instaurou
inquérito policial para apurar os fatos. Posteriormente, o réu apresentou-se na
delegacia onde foi interrogado pela autoridade policial e, confessou o
feminicídio.
A defesa do réu
alegou que o fato não se trata de feminicídio, mas sim de crime de homicídio
privilegiado, ou seja, crime praticado quando o réu estava sob o domínio de
violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima.
Matérias relacionadas:
Matérias relacionadas:
- Marido mata esposa com mais de 15 facadas em Luís Correia;
- Mecânico vira réu acusado de matar professora em Luís Correia;
- Marido se entrega e confessa assassinato de professora;
- Cunhado e amigo de suspeito de matar esposa com 26 facadas são presos;
- Defesa alega insanidade mental de acusado da morte de professora em Luís Correia.
O magistrado
destacou na sentença que “o Crime, em apreço, causou enorme repercussão no
grupo social, não só na comunidade onde o casal vivia, bem como, em todo o
Estado do Piauí, pois, a vítima era diretora de uma escola pública da
comunidade e gozava de boa receptividade na comunidade, além de merecer
destaque a brutalidade dos golpes de faca contra a vítima que dilaceraram parte
do corpo da mesma e, ainda a desproporção física entre o réu, um homem
corpulento e a vítima mulher de baixa estatura e franzina”.
Ao final, o juiz
pronunciou Raimundo Neto e determinou ainda que ele continuasse preso na
“perspectiva de salvaguardar a ordem pública, evitando a ocorrência de possível
vingança contra o réu, podendo ocorrer por parte de algum familiar da vítima ou
mesmo por algum popular, que ao não entender a concessão de liberdade a um réu
confesso, se disporia a fazer justiça com as próprias mãos, além de preservar a
credibilidade do Poder Judiciário, bem como, na necessidade de garantir a
aplicação da lei penal”.
Por Vanessa
Gomes/GP1 | Edição: Jornal da Parnaíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário