19
de Outubro, dia da Independência do Piauí
Hoje é o "Dia do Piauí" (Lei nº 176/1935)
porque nesta data os ilustres parnaibanos: Simplício Dias da Silva, Leonardo de
N. Sra. das Dores Castelo Branco, o juiz-de-fora João Cândido de Deus e Silva,
dentre outros, na atual Praça da Graça,
aderiram ao processo de Independência do Brasil iniciado em 7 de setembro de
1822 com Dom Pedro I, em São Paulo. Por isto, 19 de outubro comemora-se o Dia
do Piauí, marcado no calendário estadual por força de lei acima mencionada
aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí.
O dia 19 de Outubro 1822 marca, oficialmente, o
início do movimento libertário no Piauí. Foi quando parnaibanos, liderados por
Simplício Dias da Silva, declararam a província independente de Portugal, mas
leal ao príncipe Dom Pedro, filho de Dom João VI, que ao partir de volta para
Lisboa deixou-o responsável pelos negócios do reino em terras brasileiras.
Comemora-se nesta data o Dia do Piauí, marcado no
calendário estadual por força de lei aprovada pela Assembleia Legislativa, de
autoria do deputado José Auto de Abreu. A criação de um dia para o Piauí àquela
época, como ainda hoje, provoca discussões sobre qual realmente é o dia mais
importante na história da antiga província.
O 19 de Outubro, segundo os historiadores que
defendem ser Parnaíba o centro irradiador das ideias de liberdade, coloca sobre
as cabeças de Simplício Dias da Silva e do juiz João de Deus e Silva os
louros da independência e deixam em plano inferior os passos seguintes do
movimento, registrados, principalmente em Oeiras e Campo Maior.
Placa do monumento da Independência na Praça da Graça |
Rico fazendeiro, dono de navios e de centenas de
escravos, Simplício Dias da Silva, cujo corpo foi sepultado na no altar do
Santíssimo da Igreja de Nossa Senhora da Graça, no Centro de Parnaíba,
proclamou a independência, mas não teve como sustentá-la. Diante da ameaça de
invasão da cidade pelas tropas do comandante português João José da Cunha
Fidié, governador das armas do Piauí, Simplício Dias refugiou-se com seus
seguidores na cidade cearense de Granja, deixando Parnaíba livre para a entrada
das tropas inimigas.
Há, no entanto, os que defendem o 24 de Janeiro
como a verdadeira data da Independência do Piauí. Foi nesse dia, no ano de
1823, que o brigadeiro Manoel de Sousa Martins, futuro Visconde de Parnaíba,
não só anunciou a adesão da província como tomou o poder. O brigadeiro, com
Fidié ausente de Oeiras, dominou a pequena tropa do exército português que
havia ficado na cidade, prendeu os poucos resistentes, e começou a governar.
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Simplício Dias da Silva |
A Batalha do Jenipapo, no dia 13 de Março de 1823,
é outra data importante da história do Piauí. O encontro sangrento das tropas
de Fidié com um bando de caboclos piauienses e cearenses sem qualquer preparo
militar, às margens do rio Jenipapo, em Campo Maior, pode ser considerado como
o grande ato de fervor patriótico da história. A guerra chocou por sua
crueldade – foram cerca de 400 mortos -, mas serviu, apesar da derrota
brasileira, para unir a população em torno da causa, finalmente vitoriosa. O 24 de Janeiro de 1823, na opinião de muitos, é o
verdadeiro dia do Piauí, levando em conta que Manoel de Sousa Martins tanto
proclamou a independência como encarnou o poder de fato, sendo imediatamente
reconhecido como presidente da província e assumindo a responsabilidade por sua
administração. A Simplício Dias da Silva, de Parnaíba, faltou o poder, embora
tenha sido o primeiro a se manifestar publicamente pelo rompimento com
Portugal.
A importância da batalha é reconhecida de maneira
oficial pela bandeira do Piauí, que, também por força de lei estadual, estampa
a data 13 de Março de 1823. O Piauí é, portanto, um estado com três datas para
uma mesma história.
Jornal da Parnaíba | Por Francisco Leal
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Um comentário:
É muito bonito a história de Parnaíba na independência poriso têm quer tem cuidado com os patrimônio histórico da cidade, prefeito tem quer cuidar bastante.
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