quinta-feira, agosto 08, 2013

Empresários e vereadores debatem preservação do patrimônio histórico de Parnaíba

Por mais de 3 horas representantes do empresariado local, vereadores e o chefe da área técnica do IPHAN no Piauí, Tiago Ramires, discutiram na manhã de hoje as formas de se continuar respeitando as exigências do decreto lei que rege as normas do IPHAN, sem prejudicar os investimentos de quem pretende construir, ampliar ou reformar imóveis na área central da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.

O encontro aconteceu na Câmara Municipal, durante audiência pública proposta pelos vereadores André Neves e Ricardo Lima, que, juntamente com a presidente Neta Castelo Branco, conduziram os trabalhos.

Empresário Roberto Silva fez uso da palavra
O evento contou com as presenças do presidente da Associação Comercial, Luís Pessoa, vice-presidente Inácio Albuquerque, empresário Janes Castro, presidente do Instituto Histórico Reginaldo Jr., coordenadora do curso de turismo da UFPI, Heidi Kanitz, diretora do Serviço do Patrimônio da União, Ana Célia, arquiteto Regis Couto, empresários Henrique Resende e Roberto Silva, dentre outros.

Vários empresários se pronunciaram, alguns reconhecendo a importância do IPHAN e o fato de Parnaíba, a partir de 2008, ser uma das 79 cidades do país tombadas pelo Patrimônio Histórico, sendo hoje, também por conta disso, um dos 65 destinos indutores do turismo; e outros fizeram críticas ao rigor do órgão, com relação liberação de licença para que sejam feitos alguns investimentos em recuperação e/ ou reformas de imóveis no centro da cidade.

Henrique Rezende
Desde que o Iphan chegou tem sido um calo”, declarou o empresário Henrique Resende, declarando que está impedido de construir em um terreno que possui, por impedimento do órgão. Arquitetos reclamaram também “do bate rebate de projetos, que demoram até 45 dias para análise do Iphan, enquanto tem gente que constrói aleatoriamente e não é incomodado”. Para o engenheiro Inácio Albuquerque, “é necessário definir um foco, o que o Iphan e a cidade desejam, sem essa rigidez existente”.

Tiago Ramires, técnico do IPHAN
O Técnico Tiago Ramires ponderou lembrando que são várias as formas do Iphan atuar para as várias situações. “Já fizemos diversas reuniões com os empresários interessados, para tratarmos dessas questões, porém ainda há pessoas que alegam desconhecer o tombamento. Mas é necessária a atuação em conjunto, poder público e a sociedade”, disse, destacando as dificuldades do Iphan, inclusive financeiras, citando que no órgão só existe um arquiteto responsável pelas normas de  intervenção e citou da necessidade de uma aproximação maior entre os que se acham prejudicados e o Iphan.

Alguns elogiaram a iniciativa da Câmara, pela importância da audiência pública, “para discutir assunto de tamanha importância”, destacou o historiador Diderot Mavignier.

Da redação do Jornal da Parnaíba | Com informações do Blog do Coveiro
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Um comentário:

Anônimo disse...

a parnaiba perdeu um resort urbano porque a torre era maior que uma palmeiro. quantos empregos perdemos?

ainda tem gente que pensa que o turismo sozinho vai movimentar o aeroporto de parnaiba, sem resorts ou hoteis grande. acho muito dificil. por isso, a parnaiba tem que investir no agronegocio e industria para movimentar esse bendido aeroporto.