Por mais de 3 horas representantes do empresariado
local, vereadores e o chefe da área técnica do IPHAN no Piauí, Tiago Ramires,
discutiram na manhã de hoje as formas de se continuar respeitando as exigências
do decreto lei que rege as normas do IPHAN, sem prejudicar os investimentos de
quem pretende construir, ampliar ou reformar imóveis na área central da cidade,
tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
O encontro aconteceu na Câmara Municipal, durante
audiência pública proposta pelos vereadores André Neves e Ricardo Lima, que,
juntamente com a presidente Neta Castelo Branco, conduziram os trabalhos.
Empresário Roberto Silva fez uso da palavra |
O
evento contou com as presenças do presidente da Associação Comercial, Luís
Pessoa, vice-presidente Inácio Albuquerque, empresário Janes Castro, presidente
do Instituto Histórico Reginaldo Jr., coordenadora do curso de turismo da UFPI,
Heidi Kanitz, diretora do Serviço do Patrimônio da União, Ana Célia, arquiteto
Regis Couto, empresários Henrique Resende e Roberto Silva, dentre outros.
Vários empresários se pronunciaram, alguns
reconhecendo a importância do IPHAN e o fato de Parnaíba, a partir de 2008, ser
uma das 79 cidades do país tombadas pelo Patrimônio Histórico, sendo hoje,
também por conta disso, um dos 65 destinos indutores do turismo; e outros fizeram
críticas ao rigor do órgão, com relação liberação de licença para que sejam
feitos alguns investimentos em recuperação e/ ou reformas de imóveis no centro
da cidade.
Henrique Rezende |
“Desde que o Iphan chegou tem sido um calo”,
declarou o empresário Henrique Resende, declarando que está impedido de
construir em um terreno que possui, por impedimento do órgão. Arquitetos
reclamaram também “do bate rebate de projetos, que demoram até 45 dias para
análise do Iphan, enquanto tem gente que constrói aleatoriamente e não é incomodado”.
Para o engenheiro Inácio Albuquerque, “é necessário definir um foco, o que o
Iphan e a cidade desejam, sem essa rigidez existente”.
Tiago Ramires, técnico do IPHAN |
O Técnico Tiago Ramires ponderou lembrando que são
várias as formas do Iphan atuar para as várias situações. “Já fizemos diversas
reuniões com os empresários interessados, para tratarmos dessas questões, porém
ainda há pessoas que alegam desconhecer o tombamento. Mas é necessária a
atuação em conjunto, poder público e a sociedade”, disse, destacando as
dificuldades do Iphan, inclusive financeiras, citando que no órgão só existe um
arquiteto responsável pelas normas de intervenção e citou da necessidade
de uma aproximação maior entre os que se acham prejudicados e o Iphan.
Alguns elogiaram a iniciativa da Câmara, pela
importância da audiência pública, “para discutir assunto de tamanha
importância”, destacou o historiador Diderot Mavignier.
Da redação do Jornal da
Parnaíba | Com informações do Blog do Coveiro
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Um comentário:
a parnaiba perdeu um resort urbano porque a torre era maior que uma palmeiro. quantos empregos perdemos?
ainda tem gente que pensa que o turismo sozinho vai movimentar o aeroporto de parnaiba, sem resorts ou hoteis grande. acho muito dificil. por isso, a parnaiba tem que investir no agronegocio e industria para movimentar esse bendido aeroporto.
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