
Na hora de apresentar o projeto para o governo federal, para que esse possa repassar os recursos para o estado, o projeto é lindo, atende aos anseios da comunidade, gera emprego e renda e resolve o problema da falta de água e tudo o mais.
Depois da construção vem as autoridades para colher os louros, é governador, prefeito, deputado e às vezes até ministro. Daquele dia em diante o açude fica lá e sem nenhuma manutenção como manda as normas para esse tipo de construção civil. As árvores são o principal problema dos açudes. A raiz pode atingir a parede do e causar trincaduras, ou ainda passar por baixo da parede.
A Barragem Algodões I, em Cocal da Estação, passou mais de dez anos sem que ninguém fizesse sequer uma vistoria, só agora, com o clamor dos moradores do local que, assustados com o perigo eminente pediram socorro ao Governo do Estado e a Prefeitura de Cocal.
O momento mais esperado de qualquer barragem é quando ela começa a sangrar, é um espetáculo belo que só as chuvas podem trazer e quando tem uma nascente dentro da barragem, as vezes ela nunca mais deixa de sangrar, levando vida por onde passar. Entretanto, Algodões I que começou a sangrar pela primeira vez na madrugada de terça-feira (12), ao invés de levar vida as famílias que moram próximas à barragem, está levando pânico e começaram a ser retiradas para evitar uma tragédia maior.
A Emgerpi na semana passada, por medida de segurança, retirou todas as famílias que residem na calha ou próximo da calha do Rio Pirangi, já que a barragem jamais havia sangrado. Esse trabalho foi feito pelas assistentes sociais da empresa, em parceria com a Prefeitura do Município de Cocal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Elas estão abrigadas na casa de parentes ou escolas públicas.
Os engenheiros da Emgerpi e da empresa de consultoria do Rio de Janeiro, Geo Projetos e Engenharia, estão na barragem desde a semana passada tomando todas as medidas necessárias para a segurança da população da região.
O aumento das chuvas na região, desde terça-feira (12), contribuiu de forma significativa para aumentar a vazão das águas, o que fez com que o Governo do Estado e a Prefeitura de Buriti dos Lopes decidissem, na manhã desta quarta-feira (13), retirar todas as famílias que moram em áreas ribeirinhas entre Cocal e Buriti dos Lopes, como medida de precaução. A decisão foi tomada em reunião da qual participaram a presidente da Emgerpi, Lucile Moura, e a prefeita de Buriti dos Lopes, Ivana Fortes.
Devido às chuvas, a estrada de acesso à barragem foi cortada. Algumas famílias que ficaram ilhadas também estão sendo retiradas pelo Corpo de Bombeiros e levadas para abrigos.
Que Algodões I sirva de exemplo para aqueles que são responsáveis pela manutenção e conservação das barragens do Piauí.
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