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segunda-feira, julho 20, 2020

Os três degraus. Obra mostra a história de Parnaíba nos primeiros anos do século XX

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Igreja de São Sebastião foto dos anos 40

Baú das Recordações: Uma cidade em movimento, com seu porto, suas embarcações, os grandes comerciantes, as fortunas com a cera de carnaúba, a estrada de ferro, a guerra, o povo pobre das regiões mais afastadas, a busca por emprego nos primeiros anos do século XX e muito mais emoção contadas na série de contos intitulada Os Três Degraus, do jornalista Antônio de Pádua Marques e que já se encontra no meio do processo editorial para ser lançado no ano de 2021.
Navegação no Rio Igaraçu na primeira metade do século XX
Segundo Pádua Marques, a inspiração para este trabalho veio de uma sugestão, um pedido da professora Heidi Kanitz, atualmente terminando o doutorado em turismo na Universidade de Coimbra, Portugal, que tendo a carnaúba como elemento de seu trabalho de tese, pediu ao jornalista e escritor um conto sobre esta variedade de palmeira abundante nesta região. Feitos os dois primeiros contos logo veio a inspiração para os até agora trinta e seis que completam a obra.
Praça da Graça era dividida ao meio por uma rua de duas vias formando a Praça da Graça e Largo do Rosário 
O título do livro é o mesmo de um dos contos e mostra o universo de esperança de três rapazes, José Justino, Moisés e Aurélio, vindos de Brejo dos Anapurus, no Maranhão, tentar a vida em Parnaíba no início dos anos de 1940 tendo como cenário a construção da igreja de São Sebastião, as fábricas de sabão, beneficiamento de óleo e o comércio varejista. Serão amparados por uma conhecida que lhes dará abrigo e vai à procura de emprego pra os três.
Coreto no centro da Praça da Graça e antigo prédio do Banco do Brasil ao fundo.
“Foi um trabalho que me deu muito prazer, este de remexer e de certa forma dar movimento ao passado. A gente vai criando personagens comuns, mas ao mesmo tempo importantes pra narrativa, um jeito novo”, disse. Pádua Marques criou este modelo de dar protagonismo, voz e movimento ao homem comum deixando os chamados medalhões, os ricos, tão assediados pelos historiadores, de fora.  E assim foi sendo montada a obra.
Praça da Graça com o coreto rodeado de palmeira imperial. Percebe-se o Marco Zero próximo ao coreto. A praça era divida ao meio por uma rua de duas vias onde onde eram realizados os desfiles cívicos e desfiles de carnaval.
Rua João Pessoa, atualmente presidente Avenida Getúlio Vargas no início do século XX. Note a Casa Inglesa a direita
Fonte: O Piaguí Online | Edição: Jornal da Parnaíba

sábado, abril 25, 2020

Famílias sem condições de trabalho no norte do Piauí recebem cestas básicas distribuídas pelo Projeto AMAR

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Proprietários de quatorze bares na praia da Pedra do Sal e famílias pobres que ficaram sem condições de trabalho devido à pandemia de coronavírus em Ilha Grande de Santa Isabel, em bairros de Luís Correia e em Parnaíba, receberam na manhã do sábado dia 25, cestas básicas e kits de limpeza doados pela Associação dos Defensores Públicos do Piauí e distribuídos pelo Projeto AMAR.
Foram 120 cestas e igual quantidade de kits de limpeza para famílias do Barro Vermelho, Vazantinha, loteamento Santa Luzia, moradores próximos ao aterro sanitário de Luís Correia, Comunidade Santa Luzia e o Abrigo São José, em Parnaíba. Todo esse material doado faz parte do projeto Conexão Solidária, da Associação Piauiense dos Defensores Públicos e distribuído pelo Projeto AMAR com a ajuda do Corpo de Bombeiros.
Ao agradecer na ocasião a confiança da Associação Piauiense dos Defensores Públicos, a APIDEPI, Renan Brito salientou na ocasião que a ação desse sábado, dia 25 de abril, foi uma mistura de sentimentos. Sentimentos de gratidão e de dever cumprido. “Chegamos a locais que não imaginávamos ver. O carinho que recebemos das pessoas é o que nos faz continuar a nossa missão”, disse.

sexta-feira, abril 24, 2020

APIDEP doa cestas básicas e kits de higiene para Projeto Amar de Parnaíba

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Por meio da campanha Conexão Solidária Piauí, a Associação Piauiense das Defensoras e Defensores Públicos (APIDEP) realizou a entrega de 120 cestas básicas e 120 kits de material de higiene nesta quinta-feira (23) para o Projeto Amar, que atua na cidade de Parnaíba, Norte do Estado. O projeto social que recebeu as primeiras doações da campanha foi criado para ajudar famílias vulneráveis, comunidades carentes, moradores de rua e instituições que cuidam de pessoas, como casas de acolhimento e abrigos em todo o litoral piauiense.

Lançada no início do mês de abril, a campanha Conexão Solidária Piauí consiste em prestar apoio para a população mais carente do Estado, que se encontra em situação de vulnerabilidade social, agravada pelos efeitos decorrentes da Covid-19. Se enquadrando nesse perfil, a APIDEP escolheu o Projeto Amar que tem sido referência no auxilio e apoio dos mais necessitados na região norte do Piauí.
O presidente do Projeto Amar, Renan Brito, descreve a emoção de ter recebido as doações das cestas básicas da APIDEP nesse momento de pandemia do novo Coronavírus. “O meu sentimento e dos 38 voluntários do projeto, que desde 2016 atuam de forma voluntária para apoiar os mais vulneráveis do litoral piauiense, é de muita gratidão. Estamos muito felizes com a ajuda da APIDEP, que diante desse período de pandemia, nos auxiliará a ajudar diversas famílias e instituições que estão em situação muito delicada”, disse o presidente do grupo.

Renan Brito ainda destaca que o Projeto Amar estava quase sem recursos para ajudar as famílias vulneráveis da região e que as doações destinadas ao grupo chegaram no momento certo. “Não estávamos com material suficiente para ajudar todas as pessoas e famílias, e as doações da APIDEP chegaram em momento oportuno e irão ajudar nesse período delicado de pandemia da COVID-19”, finalizou o voluntário.
Presidente da APIDEP, Dr. Ludmilla Paes Landim
A presidente da APIDEP, Dr. Ludmilla Paes Landim, externa que é com imensa satisfação que a Associação Piauiense das Defensoras e Defensores Públicos (APIDEP) inicia a entrega de cestas básicas e itens de limpeza em geral para segmentos e grupos sociais vulneráveis que estão enfrentando de forma mais severa os efeitos econômicos decorrentes da pandemia da Covid-19.

domingo, abril 05, 2020

PF entrega donativos a abrigo de idosos em Parnaíba/PI

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A Polícia Federal entregou na sexta-feira (3/4) ao Abrigo de Idosos São José, em Parnaíba/PI, os donativos arrecadados em coleta solidária empreendida pelos servidores policiais e administrativos da unidade.

Foram arrecadados materiais de limpeza e higiene pessoal, destinados ao asseio da Entidade e dos idosos internos.

A Campanha “PF Solidária” foi instituída em caráter permanente e tem como objetivo primordial amparar grupos vulneráveis, em especial entidades filantrópicas e de caráter humanitário atingidas pela escassez de recursos no período emergencial da pandemia ocasionada pelo COVID 19.

Da Redação do Jornal da Parnaíba

quinta-feira, fevereiro 20, 2020

Projeto AMAR realiza ação social no Abrigo São José

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Projeto AMAR entrega material de limpeza e promove Carnaval com idosos no Abrigo São José em Parnaíba (PI).
Na sua primeira ação social com instituições e entidades neste ano de 2020 o Projeto AMAR realizou nesse domingo dia 16 de janeiro a entrega de material de limpeza e higiene para o Abrigo São José, no bairro São Benedito, zona norte de Parnaíba.
Segundo Renan Brito, presidente do Projeto AMAR, os voluntários levaram as doações de fraldas, roupas, material de limpeza e higiene pessoal e cadeira de rodas, além de comidas para os idosos.
Na ocasião e em ritmo de carnaval, os  jovens criaram o Bloquinho do AMAR e ao somde marchinhas dançaram com os idosos. “Para nós voluntários foi muito especial a ação de hoje”, disse Renan Brito. 

Fonte: Projeto AMAR. Fotos: Projeto AMAR. Edição:
Jornal da Parnaíba

terça-feira, fevereiro 04, 2020

Projeto AMAR promove dia 16 ação beneficente pelo Abrigo São José

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Abrigo São José em Parnaíba (PI)
Na sua primeira ação beneficente deste ano de 2020 o Projeto AMAR em Parnaíba promove dia 16 a arrecadação de artigos de limpeza e higiene. Segundo Renan Brito, qualquer pessoa pode contribuir doando fraldas geriátricas, hidratantes, desodorantes, perfumes e talco, óleo de girassol, shampoo e condicionador. 
“O Projeto AMAR arrecadará esses itens para que possamos fazer uma grande ação social em prol do Abrigo São José”, diz Brito. Maiores informações: instagram projetoamar.phb e whatsapp (86) 99802-8172.
Fonte: Projeto AMAR. Fotos: BPessoa/Projeto AMAR. Edição: Jornal da Parnaíba

sábado, março 30, 2019

Relatório da Defensoria Pública constata irregularidades no Abrigo São José, em Parnaíba

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Equipe da Defensoria Pública durante o monitoramento realizado no Abrigo São José, em Parnaíba
A Defensoria Pública concluiu o Procedimento para Apuração de Dano Coletivo-PADAC, processo administrativo nº 01822/2018, cujo objeto era averiguar a existência de ameaça ou lesão a interesse ou direito coletivo ou individual homogêneo dos idosos acolhidos no Abrigo São José em Parnaíba-PI.

O relatório final, publicado no diário oficial do Estado do dia 27 de março de 2019, concluiu que há várias irregularidades no Abrigo São José, estando as irregularidades divididas em 05 (cinco) categorias, a saber:
  1. Falta de apresentação de documentação de constituição obrigatório a Instituições de Longa Permanência para Idosos;
  2. Situação imobiliária, destacando-se neste item o fato do abrigo funcionar sem o Atestado de Regularidade do Corpo de Bombeiros, dentre outros;
  3. Situação mobiliária, chamando atenção a inadequação dos móveis dos dormitórios e falta de itens básicos de higienização e acondicionamento dos alimentos;
  4. Quadro de pessoal, sendo este insuficiente e muito aquém das necessidades do local;
  5. Situação dos idosos, que estão sem serviços básicos de lazer e outras atividades exigidas pelo Estatuto do Idoso.
Abrigo São José em Parnaíba 
O procedimento administrativo foi aberto e processado sob a coordenação das Defensoras Públicas Titulares do Núcleo de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência, Dra Sara Maria Araújo Melo e Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti e do Defensor Público Titular da 1ª Defensoria Pública de Parnaíba, Dr Manoel Mesquita de Araújo Neto.

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O trabalho da equipe iniciou em 15 de junho de 2018, tendo ao todo sido realizados três monitoramentos in loco. Contou-se ainda com a coleta de documentos e declarações de várias pessoas, dentre idosos acolhidos e colaboradores que prestam serviço no local.

Para o Dr Manoel Mesquita de Araújo Neto “o trabalho foi desenvolvido da maneira mais cuidadosa e imparcial possível, de maneira que todas as conclusões extraídas foram pautadas por documentação e se encontram no procedimento administrativo”.

A Dra. Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti concluiu que “a situação do Abrigo é preocupante, merecendo uma atenção da Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Estado do Piauí, para empreender as adequações sugeridas pela Defensoria Pública, tudo com a intenção de melhorar a vida dos idosos que dependem do Abrigo São José”.

A Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Estado “será notificada, dando-lhe ciência do conteúdo do relatório, com fixação de prazo de 15 dias para dizer se tem interesse em assinar Termo de Ajustamento de Conduta colimando corrigir as irregularidades apontadas” pontuou a Dra Sara Maria Araújo Melo.

Fonte: Defensoria Pública | Edição: Jornal da Parnaíba

sábado, março 23, 2019

Cerca de 300 casas são atingidas com chuvas em Parnaíba; prefeitura faz plantão

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A previsão é de mais chuvas durante o final de semana em Parnaíba.
Famílias estão sendo acolhidas no Abrigo Casa de Passagem - Foto: Fábio Barros
A Defesa Civil de Parnaíba realizou, na tarde desta sexta-feira (22), reunião para definir estratégias a serem adotadas caso um grande volume de chuva atinja a cidade novamente. O município registrou a maior quantidade de chuva do país nas últimas 24 horas. 

O levantamento da prefeitura constatou que cerca de 300 residências foram atingidas com as chuvas. Uma grande parte na região do chamado Piscinão, no bairro Piauí. Até agora são 27 famílias transferidas para abrigos da Prefeitura.
Prefeito Mão Santa visita áreas alagadas - Foto: Fábio Barros
O assessor Fábio Barros informou que as equipes estão trabalhando 24 horas para tentar reduzir as águas do Piscinão. Profissionais da Secretaria de Saúde fazem visitas aos desabrigados e áreas alagadas. 

A assessoria do prefeito Mão Santa informou ainda que na reunião as equipes da Defesa Civil organizaram um plantão, que funcionará durante o período chuvoso. A prefeitura fará um balanço oficial do número de famílias desabrigadas na cidade. Até às 16h de hoje mais de 20 famílias tiveram que deixar suas casas por conta de alagamentos. 

Entre os desabrigados estão crianças e idosos, que foram encaminhados ao abrigo Casa de Passagem. O prefeito Mão Santa esteve nos locais alagados acompanhando os trabalhos da Defesa Civil e decretou situação de emergência no município. 

Os bairros  em situação mais crítica são o bairro Do Carmo, próximo a Capitania dos Portos, conjunto Betânia, Ilha de Santa Isabel, São José, Bairro de Fátima e Vazantinha.

Previsão de chuvas
Na tarde desta sexta não choveu em Parnaíba. No entanto, conforme previsão do tempo caiu outro temporal durante a noite toda.  O professor de Climatologia, Werton Costa, disse que em 24 horas choveu em Parnaíba mais do que estava previsto para chover em um ano inteiro.

O especialista afirma que final de semana as chuvas no litoral continuarão intensas. Para este sábado (23) a previsão é de tempo nublado com chuva a qualquer momento. A temperatura máxima será de 33°C e a mínima de 25°C. 
 
Por Izabellla Pimentel/Cidade Verde | Edição: Jornal da Parnaíba

sexta-feira, dezembro 21, 2018

OAB ajuíza ação pedindo intervenção no abrigo São José

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Ajuizada ação civil pública que pede intervenção no abrigo São José, em Parnaíba.
OAB denuncia "condições sub-humanas" e pede interdição de abrigo de idosos
O abrigo São José, localizado na cidade de Parnaíba-PI, possui atualmente 17 idosos, sendo fato público e notório, divulgado pela mídia e nas redes sociais, das condições precárias, mesmo após as reformas anunciadas, que chega quase meio milhão de reais, conforme matérias jornalísticas.

A OAB - Subseção Parnaíba, desde 2016, tem promovido visitas e atividades lúdicas junto ao abrigo São José e tem constatado as condições sub-humanas em que vivem os abrigados e na data 14 de setembro de 2018 a OAB- Subseção Parnaíba fez mais uma visita ao abrigo e na oportunidade oficiou ao Corpo de Bombeiros Militar para fazer a INSPEÇÃO e EMITIR RELATÓRIO das condições do citado abrigo, além de oficiar a Vigilância Sanitária para fazer a INSPEÇÃO TÉCNICA, doc. Anexo.
Abrigo São José em Parnaíba
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Os RELATÓRIOS DE VISTORIAS e INSPEÇÃO TÉCNICA foram produzidos, sendo que A VIGILÂNCIA SANITÁRIA E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, respectivamente, encarregadas deste mister, fizeram chegar a OAB- PARNAÍBA as INFORMAÇÕES TÉCNICAS QUE NOTICIAM O RISCO DE VIDA DOS IDOSOS E DA SITUAÇÃO PRECÁRIA ENCONTRADA NO ABRIGO, após a reforma anunciada em agosto deste ano.

A entidade vem apresentando graves deficiências no que tange à sua adequação às normas sanitárias e medidas mínimas de segurança exigidas na legislação vigente ao longo dos anos.

E ao cabo de três anos de visita por parte deste órgão da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL- Subseção Parnaíba, verifica-se que não há, por parte do GOVERNO DO ESTADO, responsável pelo abrigo, qualquer intenção de regularizar sua situação, de forma que, diante de todo esse desprezo, abandono, descaso pelo bem-estar dos abrigados, ferindo a dignidade da pessoa humana, a única alternativa restante é esta que se perfaz agora, com o AJUIZAMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA em face do Estado do Piauí para INTERDIÇÃO DO ABRIGO SÃO JOSÉ, que foi protocolada nesta quinta-feira-feira, 20/12/2018, processo nº 0804133-54.2018.8.18.0031, que tramita na 4ª Vara Cível desta cidade, doc. Anexa.

Diante desta situação gravíssima relatada, esta Subseção da OAB não pode e não deve se omitir da defesa intransigente dos DIREITOS HUMANOS dos abrigados.

Assim, faz-se necessário o ajuizamento da presente demanda para RESTABELECER O MÍNIMO PARA UMA REINTEGRAÇÃO SOCIAL, OU PELO MENOS POSSIBILITANDO CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA UM FINAL DE VIDA DIGNA, A DIGNIDADE NÃO ENVELHECE.

A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL- SUBSEÇÃO PARNAÍBA NA DEFESA INTRANSIGENTE DA ADVOCACIA E DA SOCIEDADE.

Parnaíba, 20 de dezembro de 2018.

JOSÉ DE SOUSA LIMA  – Presidente

Fonte: Página do Facebook da OAB Subseção Parnaíba | Edição: Jornal da Parnaíba

sábado, julho 28, 2018

Idosos sofrem com condições precárias em abrigo no litoral do Piauí

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Congelador enferrujado serve para guardar alimentos dos idosos (Foto: Reprodução/Piauí TV 1ª Edição)
Com obra inacabada, idosos ainda vivem em condições precárias em abrigo São José no Litoral do Piauí; A obra teve o prazo de 90 para a conclusão, mas que já está com 8 meses e ainda não foi finalizada. A Sasc comunicou que estão acontecendo os últimos reparos e que concluirá até o dia 15 de agosto.

Cozinha com moscas. Freezer e geladeira enferrujados e madeiras com cupins, assim passam o dia os idosos do único abrigo de Parnaíba, no Litoral do Piauí. A obra inacabada no local foi matéria no mês de junho, na qual mostrou que a situação insalubre do local e quando existiam 17 internos, pois um deles acabou falecendo vítima de uma pneumonia, como mostra a certidão de óbito.
Para cuidar dos 16 idosos o Abrigo são José dispõe de 27 funcionários (Foto: Reprodução/Piauí TV 1ª Edição)
Segundo o promotor Cristiano Peixoto, a morte será apurada. O Ministério Público quer saber se o falecimento tem relação com os problemas enfrentados pelo abrigo há oito meses, desde quando se iniciou uma obra de reforma.

“O que a gente observa desde o início dessa obra, é uma inadequação de se fazer uma reforma desse porte com os idosos dentro. São pessoas que têm uma saúde frágil. Então, é poeira, juntou com o inverno, tem a condição do mofo com poeira. Isso pode ter causado a pneumonia e precisa ser investigado, sim”, afirmou Cristiano Peixoto.
Certidão de óbito mostra que o idoso morreu de pneumonia. (Foto: Reprodução/Piauí TV 1ª Edição)
Dona Adalgisa tem 97 anos, lúcida e em poucas palavras ela resume o que está acontecendo quando perguntado sobre a reforma. “Está muito custosa. Começa, depois para. E a limpeza por aqui está parada”, desabafou Adalgisa Albuquerque.

Na primeira denúncia, de acordo com uma denunciante, que preferiu não se identificar, a situação na qual se encontra o abrigo é de descaso e falta de estrutura mínima aos cuidados dos idosos. Ela relatou que tinha larvas no ouvido de um dos idosos.

“Tinha um idoso deitado em uma cama, sem os lençóis e rodeado de xixi. Ele estava todo molhado e no chão tinha uma porção de xixi. E aquilo foi muito marcante. Eu fiquei muito triste, muito assustada. Ela tinha um curativo na orelha e parecia que não tinha sido trocado há muito tempo. E uma pessoa de lá me falou que saiam larvas da orelha dele”, disse a testemunha.
Reforma do Abrigo São José foi orçada no valor de mais de 400 mil e teve prazo para entrega de 90 dias. (Foto: Reprodução/Piauí TV 1ª Edição)
A obra do abrigo São José, orçada em quase meio milhão de reais, era pra ser entregue em um prazo 90 dias. No dia 7 de junho, a diretora informou que até julho a reforma seria finalizada. Mas até agora, a realidade continua a mesma.

A parte dos alojamentos, antes sem teto forçou os idosos a ficarem no compartimento de forma improvisada durante meses. Atualmente, os quartos já foram concluídos. O local está com acessibilidade e com telhado em todos os ambientes.
“Realmente houve um atraso, mas os idosos já estão todos em seus aposentos, que era o de maior necessidade. Está faltando só algumas finalizações, mas acredito que o prazo pra concluir continua sendo até o final de julho”, garantiu a diretora.

O Ministério Público do Piauí instaurou um procedimento para apurar o caso e notificou o Tribunal de Contas do Estado do Piauí, o Governo do Estado e a empresa responsável pela obra. Somente a empresa respondeu os ofícios do órgão e informou as dificuldades em receber os pagamentos por parte do Estado.
“Não é só a questão da obra em si. O governo precisa olhar para toda estrutura", disse o promotor Cristiano Peixoto sobre as obras do abrigo. (Foto: Reprodução/Piauí TV 1ª Edição)
No documento, a construtora chegou a culpar, em partes, a presença dos idosos no local para justificar o atraso na conclusão. “Não é só a questão da obra em si. O governo precisa olhar para toda estrutura. É uma geladeira e um freezer totalmente enferrujados, o carro que leva e trás os idosos com os pneus careca”, explicou Cristiano Peixoto.

Jean Jaques Sampaio é um dos 27 funcionários do abrigo São José. Há mais de 10 anos, ele afirmou que todos esperavam uma reforma mais completa. “A reforma completa, ela vai acontecer naturalmente, porque essa reforma que foi comtemplada agora ficou um pouco a quem do que o abrigo precisa”, disse o assistente administrativo.

A Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc) comunicou que os serviços de reforma do Abrigo de Idosos São José foram concluídos e que falta apenas a limpeza de todo espaço com previsão de 15 dias, ou seja, na primeira quinzena de agosto. E sobre a morte do idoso, a Secretaria informou que está averiguando a situação.

Por Kairo Amaral, G1 PI | Edição: Jornal da Parnaíba

terça-feira, junho 19, 2018

Defensoria Pública detecta irregularidades no Abrigo São José em Parnaíba

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Defensoria Pública realiza monitoramento e detecta irregularidades em abrigo de idosos de Parnaíba.
Equipe da Defensoria Pública durante a visita ao Abrigo São José
O Núcleo Especializado de Defesa e Atenção ao Idoso e da Pessoa com Deficiência da Defensoria Pública do Estado do Piauí realizou no último dia 15,  monitoramento no Abrigo São José que acolhe idosos no município de Paranaíba. A ação aconteceu na data em que transcorre o Dia Mundial de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa.

Participaram do monitoramento as Defensoras Públicas do Núcleo do Idoso, Dra. Sara Maria Araújo Melo, Titular da 1ª Defensoria Pública do Idoso e Dra. Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti, Titular da 2ª Defensoria Pública do Idoso e os Defensores Públicos Dr. Manoel Mesquita de Araújo Neto, Titular da 1ª Defensoria Pública Regional de Parnaíba e Dr. Giovanni Jervis Diógenes e Medeiros, Titular da 7ª da Defensoria Pública Regional de Parnaíba e Gerente da Defensoria Regional da referida Comarca.

As Defensoras e Defensores, acompanhados de equipe de colaboradores, encontraram inúmeras irregularidades no abrigo, que é vinculado à Secretaria de Assistência Social do Estado (SASC).
Abrigo São José
“A diligência faz parte do cronograma previsto pelo Plano de Monitoramento e Ação Defensorial,  para analisar a situação dos idosos em situação de abrigamento no Estado do Piauí. Em visita ao abrigo, pudemos constatar extremas carências, de ordem estrutural, de corpo de trabalho  humano insuficiente,  mobiliário bastante deteriorado, muitos eletrodomésticos antigos e outros tantos sem funcionamento, ausência diária de assistente social e nutricionista, apenas um cuidador por dia para se responsabilizar pelos cuidados de 18 idosos, sendo que existem idosos abrigados com grau de dependência elevado, dentre outros itens que especificaremos no relatório. Enfim, situação alarmante e que merece nossa atenção e ação. Instituições de longa permanência precisam atender aos requisitos previstos nos diplomas legais e é nesse viés que a Defensoria Publica procura efetivar a tutela dos idosos enquanto instituição de acesso à Justiça. Esse trabalho de monitoramento do Abrigo São José é resultado de uma união de esforços das Defensorias do Idoso de Teresina com as Defensorias de Parnaíba, notadamente a titularizada pelo Dr. Manoel Mesquita, às quais agradecemos imensamente. Agradecemos também ao Dr Giovanni Jervis, Gerente das Defensorias de Parnaíba e a todos os Defensores que nos deram o suporte necessário. Contamos também com o apoio indispensável da assistente social da Defensoria, Valéria Miranda e da equipe de Comunicação, na pessoa de Lázaro Lemos, que fez o registro do material que subsidiará o relatório, além da equipe do Núcleo do Idoso de Teresina”, informou Dra. Sarah Miranda.
A obra inacabada está orçada em mais de R$ 400 mil e foi iniciada em novembro de 2017 com prazo de 90 para ser concluída. (Foto: Reprodução/TV Clube)
“Foi emblemática a participação da Defensoria no dia 15 de junho, Dia de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, no Abrigo São José, em Parnaíba, tendo em vista não só as inúmeras denúncias que recebemos acerca da situação em que se encontram os idosos nesse abrigo, quanto na situação caótica que pudemos visualizar. Foi um primeiro passo dado pela Defensoria Pública no sentido das ações de combate à violência, aos maus tratos e nesse caso específico de preservação da dignidade humana, de defesa do hipervulnerável. Pudemos ver que ali estão abrigados muitos em situação de dependência e nenhum deles, apesar da dependência total de alguns, foi interditado, tendo ainda esses idosos que conviverem com uma obra, relativa a reforma do espaço. A Defensoria, como Instituição de defesa, não pode ficar silente nem inerte diante de uma situação daquelas, então vamos pensar conjuntamente a ação que devemos tomar em relação aqueles idosos que estão em condições sub-humanas” reforça Dra. Sara Melo.
“A inspeção realizada no Abrigo São José demonstrou que ele se encontra em uma situação precária. Não possui funcionários nem recursos suficientes para cuidar dos idosos com dignidade, além de possuir uma estrutura física ruim, não adaptada, nem adequada para os cuidados com pessoas idosos”, ratifica Dr. Giovanni Jervis.
O Defensor Público Dr. Manoel Neto também deu seu parecer sobre o monitoramento. “A inspeção foi suficiente pra demonstrar a situação periclitante que se encontra o Abrigo São José. É fácil perceber que não há o mínimo em estrutura de pessoal e muito menos estrutural para garantir dignidade aos idosos acolhidos. Ainda avaliaremos todas as informações obtidas na visita para decidirmos a forma de atuação mais adequada a restaurar a dignidade dos cidadãos que necessitam do serviço prestado no Abrigo”, destaca.

O Plano de Monitoramento que vem sendo executado pelo Núcleo Especializado do idoso e da Pessoa com Deficiência da DPE-PI, prevê visitas aos abrigos  de idosos obedecendo a um cronograma que será finalizado no mês de outubro do corrente ano. Além do Abrigo São José, em Parnaíba,  já foram monitorados o Abrigo São Lucas e a Vila do Ancião, na capital, devendo ainda o trabalho ser estendido para outros locais de abrigamento de idosos, como a  Casa Frederico Ozanam, Abrigo Manaim, Casa São José e Casa Santana, todos em Teresina.

“Trata-se de uma ação de importância fundamental para que a Defensoria Pública possa detectar irregularidades e implementar ações voltadas para a garantia de direitos dos idosos que se encontram em situação de abrigamento, muitos dos quais possuem o perfil do público-alvo da Instituição. Temos a certeza que o empenho das nossas Defensoras e dos nossos Defensores, assim como das equipes de colaboradores inseridos nesta ação, chegaremos a resultados que nos permitam buscar e garantir melhor qualidade de vida para essas pessoas, que merecem ter uma velhice tranquila, com dignidade, tendo todos os seus direitos respeitados”, afirma a Defensora Pública Geral, Dra. Francisca Hildeth Leal Evangelistas Nunes.

Jornal da Parnaíba | Fonte: Defensoria Pública do Estado do Piauí

quinta-feira, junho 07, 2018

Obra inacabada deixa idosos em situação insalubre no único abrigo de Parnaíba

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A obra de responsabilidade do Governo do Estado do Piauí foi iniciada no ano passado e deveria ser concluída em 90 dias. O Ministério Público já instaurou procedimento.
A obra está orçada em mais de R$ 400 mil e foi iniciada em novembro de 2017 com prazo de 90 para ser concluída. (Foto: Reprodução/TV Clube)
Secretária de Assistência Social e Cidadania (SASC) informou que a obra será concluída ainda no final deste mês e que condições físicas e estruturais são delicadas, mas que já estão sendo resolvidas.

A falta de estrutura e uma reforma inacabada no Abrigo São José único abrigo de idosos de Parnaíba, litoral do Piauí, tem comprometido o bem-estar e saúde dos 17 idosos internos da instituição. Segundo relato de visitantes do local, há ainda falhas no trato com a higiene dos idosos.
Reforma inacabada prejudica situação dos idosos do abrigo São José, em Parnaíba. (Foto: Reprodução/ TV Clube)
De acordo com uma denunciante que preferiu não se identificar a situação na qual se encontra o abrigo é de descaso e falta de estrutura mínima aos cuidados dos idosos.

“Tinha um idoso deitado em uma cama, sem os lençóis e rodeado de xixi. Ele estava todo molhado e no chão tinha uma porção de xixi. E aquilo foi muito marcante pra mim. Eu fiquei muito triste, muito assustada. Ela tinha um curativo na orelha e parecia que não tinha sido trocado há muito tempo. E uma pessoa de lá me falou que saiam larvas da orelha dele” disse a testemunha.

Outra testemunha que visitou o abrigo recentemente relatou que haviam poucos funcionários trabalhando na instituição, e apenas uma técnica em enfermagem para cuidar de todos os idosos.

“O que eu pude observar, o que foi mais marcante, foi justamente a falta de equipe, uma equipe ideal pra atender toda a demanda ali daquele espaço, dos idosos. Existe apenas uma técnica em enfermagem, uma pessoa pra atender os idosos e fazer todos os curativos. Antigamente, existia uma abertura maior para o voluntariado. Agora com essa nova gestão está mais restrita. Chegando próximo de zero” contou a testemunha.

Direção do abrigo
A diretora do abrigo São José, Tânia Rodrigues, negou a informações da denúncia e que, segundo ela, dois enfermeiros e um técnico de enfermagem fazem revezamento dos serviços.

“Nós temos o posto que atende a todos eles, que fica próximo daqui. Parte de medicação tem, parte de alimentação tem. Temos dois enfermeiros e um técnico em enfermagem, e quando precisam de qualquer assistência, a gente leva no médico, o médico atende e é feito todo o procedimento” afirmou a diretora.

O local passa por uma reforma, obra de responsabilidade da Secretária Estadual de Assistência Social e Cidadania (SASC) e orçada em mais de R$ 400 mil. A coordenação do abrigo informou que a obra foi iniciada em novembro de 2017. A previsão inicial era de que a obra fosse entregue dentro de 90 dias, mas já se passaram sete meses e a obra não foi concluída. Segundo a diretora do abrigo, alguns quartos foram finalizados e a reforma está prevista para ser finalizada entre julho e agosto deste ano.

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) instaurou um procedimento para apurar o caso e será noticiado ao Tribunal de Contas e ao Governo do Estado.

“Esses procedimentos têm prazo para acabar. Dentro do prazo do procedimento a gente quer ver se essa obra termina, quero um compromisso por parte do Estado, da Secretaria de Assistência Social, por parte da construtora para a conclusão dessa obra. E não só isso, também vou requerer à Secretaria mais funcionários. Por que segunda a diretora, os que têm não são suficientes para cuidar adequadamente dos idosos que estão ali” disse o Promotor de Justiça Cristiano Peixoto.

Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC)
A Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC) informou que as obras seguem o cronograma planejado, e que o local possui condições físicas e estruturais delicadas que estão sendo resolvidas. De acordo com a Sasc, no período chuvoso a obra passou por um atraso e que as famílias que estavam no local foram removidas, ficando apenas algumas que resistiram à mudança e preferiram ficar na unidade. A reforma deve ser concluída no fim deste mês, ainda conforme a Secretaria.

Jornal da Parnaíba com informações do G1 PI

quinta-feira, maio 10, 2018

Santa Casa de Misericórdia completa 122 anos de serviços prestados

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Santa Casa de Misericórdia foi fundada em 26 de Abril de 1896, sendo o primeiro hospital de Parnaíba.
Santa Casa de Misericórdia em Parnaíba (Foto: PHB Drones)
Memória Centenária: a Santa Casa de 122 anos
A data de 26 de abril de 1896 marca a fundação da Santa Casa de Misericórdia bem como o inicio da acolhida de doentes e peregrinos em Parnaíba, historicamente com os mesmos ideais de tantas outras que foram criadas no Brasil. Se ao longo dos anos a atenção na prestação da saúde pública não foi satisfatória a filantropia em Parnaíba foi essencial e o torna reconhecida pelos 122 anos de existência da Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba, comemorados neste ano de 2018.

A oportunidade de escrever sobre a história da Santa Casa deve-se agradecer ao médico Candido Atayde, conhecedor do importante papel desse hospital na saúde pública de Parnaíba. O conhecimento acumulado permite narrar trechos históricos da sua criação do funcionamento dessa instituição. Dele tiramos o nosso raciocínio.
Santa Casa de Misericórdia em Parnaíba - Foto: PHB Drones
Como afirma o historiador Pierre (Norá, 1978) quando me pronuncio sobre a Santa Casa é comparada a um monumento que expressa identidade e apoio dado aos menos favorecidos. Na verdade evidencia saber um pouco mais pela arquitetura de expressão imperial mais também pelo o que não é visto, ou seja, a sua idade centenária. Os 121 anos de existência a Santa Casa trata-se de recuperação de informações fundamental para a reconstrução da historia da cidade e da trajetória do jurista Manuel Fernandes de Sá Antunes o idealizador da instalação do hospital em Parnaíba.

Antes da sua fundação, nômades marginais empolgados pela conquista de liberdade por meio da Lei Áurea viviam como indigentes atirados nas vias públicas de Parnaíba, o numero foi crescendo operando-se sobre os libertos o rotulo de perturbadores da ordem. Dr. Manuel Fernandes de Sá Antunes apanhado pela recorrência da sensibilidade sobre que vinha ocorrendo no final do século XIX na cidade de Parnaíba, redigiu os primeiros estatutos usando a base das funções estatutárias de entidades filantrópicas e os ideais assistenciais da Princesa Leonor e do teólogo Frei Miguel de Contreras de Portugal e concedeu a Santa Casa o local de amparo.
Fundada em 26 de Abril de 1896, o primeiro hospital de Parnaíba - Foto tirada anos 40 - Arquivo de Helder Fontenele)
Para o seu funcionamento foi eleita à primeira diretoria com nomes que se constituiu entre pessoas de grande valor representativo e empresarial.  Assim foram eleitos: Provedor: Paulo Robert Singlehurst. Vice-provedor: Dr. Luis Antonio de Moraes Correia, Sub-secretário: José Alves de Seixas Pereira. Tesoureiro: Antonio Martins Ribeiro. Procurador Geral: Dr. Manuel Fernades de Sá Antunes. Mordomos: Joaquim Antonio dos Santos, Joaquim Antonio de Amorim Filho, Egidio Osório Porfírio da Motta, Manoel Fernandes Marques, Josias Benedito de Moraes, Francisco José de Seixas, José da Silva Ramos Filho, Dr. Francisco de Correia.

Inicialmente a irmandade esteve alojada numa casa de uma porta e duas janelas, com essa estrutura a Santa Casa funcionou três anos sendo obrigada a procurar novo local já que a demanda de pacientes em pouco tempo superlotou o prédio da Rua Maranhão hoje Darcy Araujo.  A Cerca de um beneficio era necessário encontrar condições de lhe dar com a diversificação das mazelas por isso foram instaladas novas estruturas físicas, outras áreas médicas, reforma dos laboratórios, ampliação do quadro funcional etc. Nessas circunstancias o hospital foi transferido para o edifício do Cel. Pacífico Castelo Branco, centro, na Av. Álvaro Mendes comprado pelos diretores funcionando até hoje. A nova estrutura assumia maior responsabilidade junto à comunidade. Na concepção do jurista o empreendimento precisava manter-se pelo processo de solidariedade. O estudante João Maria Marques Basto após finalizar o curso de medicina retornou a Parnaíba para assumir o cargo de diretor médico da Santa Casa.
Foto atual com a nova pintura da Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba (Foto: Helder Fontenele)
O incremento das internações estimula o intercambio, por tanto as novas ideias contempla novos serviços disponíveis entre os quais: anestesiologia, cardiologia, clinica medica, Clinica cirúrgica, eletrocardiograma, ginecologia e obstetrícia, pediatria, psquiatria, ambulatorial e internação. É nesse ambiente de alteração que a atual diretoria foi eleita no dia 21 de fevereiro de 2015 até 2018 para dar prosseguimento a esta luta centenária.  O que se observa é a tomada da consciência da sociedade sobre a relevância e valorização do hospital como forma de instrumentá-lo dentro do seu ambiente de atuação.

Consolidando-se dificuldades na área da saúde, a Santa Casa pode ser medida pela consciência de quem está inserido na composição política e econômica do Estado e entidades estruturais da sociedade. O hospital possui uma história rica que se conduz na evolução dos favores e auxílios médicos. A iniciativa de criá-la partiu da elite econômica parnaibana, onde quer que “haja dor seja física ou moral” á muito tempo foi desconsiderado o atendimento pautado na condição social, o que nos parece é que desde início a Santa Casa integra a história dos abrigos que vieram garantir moradia, mobilização pela esperança. “Quando se fala em abrigar, acolher, somos remetidos ao princípio ético do respeito ao outro nas relações sociais.  Para respeitar, È necessário reconhecer a presença do outro como igual, em sua humanidade”. (Rios, 2006, p. 15).

A conclusão que se chega é que a historia da Santa Casa interage com a internação de pacientes excluídos no meio social resultando espaço para a situação de abandono. Em Parnaíba o final do século XIX foi marcado pela instalação da Santa Casa como obra de atitudes individuais garantindo expectativa de vida aos desamparados em que a saída lhe oferecia consideração, privilegiando para o seu ajustamento e reajustamento no meio social. O diagnóstico feito pelos historiadores acerca do lugar de memória pode ser interpretado como pista para Historia. “Revelou-se, por fim, um conjunto de desafios e riscos vividos por aqueles que se lançam a investigar a história do tempo presente”. (GONÇALVES, 2012 P.43).

Dessa forma a Santa Casa é um espaço que surge para relembrar a História da filantropia em Parnaíba, por ela pode se pautar uma nova realidade colocando a função da saúde na pauta de preocupações do poder publico, e da sociedade civil possibilitando ainda novos olhares para história.

BIBLIOGRAFIA
ATAYDE, Candido Almeida. Relato histórico: Almanaque da Parnaíba. 1994, nº 61
BAPTISTA, Myrian Veras. Abrigo: comunidade de acolhida e socioeducação. Instituto Camargo Corrêa. Coletânea abrigar; 1-São Paulo, 2006.
GONÇALVES, Janice. Pierre Norá e o tempo presente: entre a memória e o Patrimônio cultural. Históriæ, Rio Grande, 3 (3): 27-46, 2012.

Por Paulo Afonso Ferreira – Jornalista e historiador.
Edição: Jornal da Paranaíba