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quarta-feira, setembro 24, 2025

Investidor recua e hidrogênio verde no Piauí se revela ilusão momentânea

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Apesar dos discursos otimistas e dos anúncios de megaprojetos envolvendo hidrogênio verde no Piauí, o setor ainda não decolou como prometido. A explicação está no crescente medo dos investidores frente aos altos custos, incertezas regulatórias e à falta de infraestrutura adequada no Brasil para viabilizar a cadeia produtiva dessa nova matriz energética. Nos últimos anos, o Piauí se apresentou como uma das vitrines nacionais do hidrogênio verde, com empresas estrangeiras anunciando investimentos bilionários.

No entanto, até agora, pouco saiu do papel. Segundo especialistas do setor energético, o cenário ainda é marcado por “expectativa exagerada e pouca viabilidade prática”.  ” O hidrogênio verde ainda é uma aposta de longo prazo. Exige investimentos massivos em energia renovável, água em abundância e logística de exportação. O Piauí tem potencial, mas falta tudo o que é necessário para tornar esse potencial realidade”, afirma um analista do setor, sob condição de anonimato.

Outro ponto que afasta investidores é a ausência de uma política clara de incentivos e de um mercado consumidor consolidado. Sem garantias de demanda, as promessas de produção em larga escala soam, para muitos, como um salto no escuro. Com isso, o entusiasmo que chegou a cercar o estado  impulsionado por conferências, visitas diplomáticas e planos grandiosos  começa a dar lugar à frustração. A verdade é que, por enquanto, o hidrogênio verde no Piauí ainda é mais marketing do que mercado. 

Encarando/Silas Freire

sexta-feira, setembro 12, 2025

Parnaíba celebra legado de Tiago José, primeiro deputado negro do Piauí

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Parnaíba e o primeiro deputado negro de classe trabalhadora do Piauí

Pujança econômica da cidade forjou representação na Alepi

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) faz a sua quinta instalação nas cidades piauienses como parte das comemorações dos 190 anos do Poder. O evento chega a Parnaíba, o segundo município mais populoso, que, durante quase um século, teve a economia mais dinâmica do Piauí. Esse cenário contribuiu para que os parnaibanos tivessem vários quadros na Casa Legislativa, entre eles, o primeiro negro de origem trabalhadora, o ex-deputado Tiago José.


Presidente do Sindicato dos Estivadores, ele foi eleito em 1958 depois de três candidaturas frustradas para a Alepi. Tiago José foi uma das lideranças sindicais mais articuladas do Piauí, durante as décadas de 1940 e 1960. A professora de História da Universidade Federal do Piauí, Marylu Oliveira, pesquisou sobre as movimentações do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), partido pelo qual o ex-deputado foi eleito, durante essas décadas, e explica como uma liderança com o perfil de Tiago José conseguiu chegar ao Legislativo.


Reapresentação nacional na política

“Parnaíba tinha grandes casas comerciais que movimentavam a área portuária quando o Rio Parnaíba era navegável. Além de famílias muito ricas, essa realidade contribuiu para que houvesse muitos sindicatos atuantes na cidade, desde o final do século XIX. Há pesquisas mostrando que o movimento sindical de Parnaíba era mais forte do que o de Teresina”, elucida Marylu Oliveira.


Outro componente importante era a tutela que o então presidente Getúlio Vargas exercia sobre esses sindicatos e, depois da redemocratização, sobre o PTB. Apesar de eleito apenas em 1958, Tiago José já era um importante ator político nacional no Piauí. Em 1951, por exemplo, ele foi convidado para representar sindicatos de trabalhadores e patronais em reunião com Getúlio Vargas para tratar da crise financeira que assolava o estado por conta da queda de exportações da cera de carnaúba. Além disso, visando maior competitividade, sindicatos de Teresina decidiram retirar o apoio a seus candidatos para conseguir a eleição de Tiago José.


Economia de Parnaíba forjou representação na Assembleia


Tiago José não foi o único representante de Parnaíba que chegou à Alepi influenciado pela pujança econômica do município. Se por um lado Getúlio Vargas incentivava a organização dos trabalhadores, por outro, também apoiava a organização de comerciantes e industriais. Por conta disso, o PTB tinha um deputado estivador, mas também teve ex-deputados como José Alexandre Caldas Rodrigues, irmão do ex-governador Chagas Rodrigues, e o ex-prefeito João Orlando de Morais Correia.


Este, faz parte de uma das famílias que contribuíram para a força econômica de Parnaíba desde as primeiras décadas de exploração econômica da navegação do rio que leva o mesmo nome da cidade. A família Moraes foi protagonista de atividades como indústria e comércio e, na política, gerou quadros como os ex-deputados Moraes Sousa, Mão Santa, Zé Filho e a atual parlamentar Gracinha Mão Santa (PP).


Tiago José, no entanto, foi vítima do golpe militar. Ele estava na primeira lista de presos políticos que os militares publicaram no Piauí. Na Assembleia, deputados eleitos em 1962 tiveram os seus mandatos cassados. As ações se deviam à proximidade que esses líderes estaduais tinham com o presidente cassado, João Goulart, e outras lideranças nacionais que organizavam passeatas e outros movimentos contra o golpe.

Parnaíba é um  pólo  de transformação do Piauí, garantem parlamentares

"Esse orgulho, de ser um polo importante no Nordeste e núcleo econômico do norte do Piauí, tem muito da coragem e do amor que a família Moraes Sousa sempre teve por Parnaíba. Política não pode ser jogo. Tem que ser ação. A política, quando feita com responsabilidade e compromisso, é a maior ferramenta de transformação que existe. É por meio dela e do diálogo que conseguimos trazer recursos, obras, infraestrutura, saúde e educação para o nosso povo”, defende Gracinha Mão Santa.


Também representante da Planície Litorânea, o deputado Rubens Vieira (PT) projeta o fortalecimento da grande contribuição que Parnaíba dá à economia piauiense. “Parnaíba é a 2ª maior cidade do Piauí, uma cidade histórica, que tem uma cultura que ajudou a construir esse estado [...] Ela agora tem uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação), que tem um trabalho enorme na região e já estão instalando o hidrogênio verde. Tem a questão do sonho que é o Porto de Luís Correia. Então, Parnaíba, que tem um comércio pujante, ajuda muito a economia do Piauí”, defende o parlamentar


Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles

Na China, Rafael busca financiamento com banco do BRICS para hidrovia do Parnaíba e Porto Piauí

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O governador foi recebido pela presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Foto: Reprodução/Secom PiauíGovernador Rafael Fonteles busca financiamento para projetos no Novo Banco de Desenvolvimento (Foto: Juliana Oliveira)
No quinto dia da missão internacional na China para atração de investimentos e estabelecimento de parcerias, o governador Rafael Fonteles participou, nesta quinta-feira (11), em Xangai, de reunião com a direção do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank – NBD), o banco do Brics. Recebida pela presidente do NBD, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a comitiva piauiense busca financiamento para o projeto da Hidrovia do Rio Parnaíba e para o Porto Piauí.

“Apresentamos ao Brics esses dois grandes projetos buscando financiamento e apoio para as iniciativas que vão impulsionar a logística, a economia e a inclusão social do nosso estado”, afirmou Rafael Fonteles.

O projeto da Hidrovia do Rio Parnaíba visa revitalizar a navegação do rio, principalmente na região de Uruçuí, conectando-a ao litoral até o Porto Piauí, em Luís Correia, para facilitar o escoamento da produção agrícola (soja, milho, algodão). Até o momento, o projeto já tem garantidos R$ 1 bilhão, recursos oriundos da privatização da Eletrobras, em 2022.

Já o Porto Piauí foi inaugurado em dezembro de 2023 e prepara-se para, ainda este ano, realizar sua primeira exportação de minério de ferro.

O NDB foi criado pelos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como instituição multilateral orientada pela cooperação sul-sul. Rafael lembrou que o banco já financiou projetos no estado. “No Piauí, já temos parcerias de sucesso com o NBD, que, com o BNDES, financiou parques eólicos, fortalecendo nossa matriz renovável”, concluiu o governador.

Encontros com empresas de energias renováveis

O governador Rafael Fonteles assinou, nesta quinta-feira (11), em Xangai, na China, um memorando de entendimento (MoU) com a empresa chinesa TBEA Group para desenvolver projetos estratégicos voltados à produção de hidrogênio verde e à implantação de usinas fotovoltaicas no estado.

O governador também teve encontros com as empresas de energia renovável SPIC e Envision Energy.

Estudantes piauienses na Alemanha

A missão oficial de Rafael Fonteles e sua comitiva no exterior termina nesta sexta-feira (12), na Alemanha. Em Berlim, o governador terá reunião no Ministério Federal da Economia e Ação Climática e fará visita à Embaixada Brasileira.

Ainda em Berlim, o chefe do Executivo estadual também se encontrará com 10 alunos da rede pública do Piauí que estão realizando intercâmbio conquistado no Seduckathon 2025, projeto da Secretaria da Educação (Seduc) que premia desempenho escolar e criatividade em tecnologia.

Fonte: Secom Piauí

segunda-feira, setembro 01, 2025

Mar de algas: risco à vista no litoral do Piauí?

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Massa flutuante de Sargassum no Oceano Atlântico. Fonte: OOL - University South Florida.

Nos últimos anos, o mundo tem acompanhado com apreensão um fenômeno que cresce em escala e intensidade: os cinturões de algas que se acumulam em regiões costeiras, ameaçando ecossistemas, atividades econômicas e até a saúde humana. A notícia recente sobre o cinturão recorde de sargaço no Atlântico — com risco de atingir praias do Norte e Nordeste do Brasil — traz à tona uma preocupação que já começa a se materializar também no litoral piauiense.

O Delta do Parnaíba e as praias do Piauí, como Luís Correia e Cajueiro da Praia, não estão imunes a esse processo. Pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), liderados pela Dra. Maria Gardênia Sousa Batista, que pesquisa algas na região há pelo menos 25 anos, já observaram a chegada de espécies dos gêneros Sargassum e Cladophora nessas áreas. Trata-se de um alerta que conecta a realidade local a um fenômeno global.

Pesquisadoras visitando praias piauienses. Dra. Maria Lannari (UFRG) - de preto; Eng.Amb. Paula André - de azul e: Dra Gardênia Batista (UESPI). Foto: Arquivo pessoal Dra. Gardênia Batista.

Algas marinhas são organismos fundamentais nos oceanos: produzem oxigênio, servem de abrigo para peixes e invertebrados, e fazem parte da base da cadeia alimentar marinha. Contudo, em determinadas condições, podem se multiplicar de forma descontrolada. É o que acontece com os chamados “marés verdes” e “marés douradas”, compostas por grandes massas de macroalgas flutuantes, como espécies dos gêneros Ulva e Sargassum.

Segundo a Dra. Marianna Lanari, do Instituto de Oceanografia da Universidade do Rio Grande, essas algas de deriva podem desempenhar papel ecológico positivo, funcionando como refúgio e fonte de alimento para organismos marinhos. Mas, em excesso, formam conglomerados espessos que alteram a dinâmica costeira, reduzem a entrada de luz na água, geram condições de anóxia (falta de oxigênio) e liberam compostos tóxicos, inclusive gases de efeito estufa.

Algumas das algas encontradas já correspondem a espécies da massa flutuante. Fonte: Arquivo pessoal (Dra. Gardênia Batista)

Casos como a “Maré Verde” de Qingdao (China, 2008) ou os acúmulos de algas na Bretanha (França, 2009) já mostraram o potencial de causar prejuízos à pesca, ao turismo e à saúde pública.

Por que o Piauí está em risco?

O litoral do Piauí é pequeno em extensão, mas de enorme relevância ambiental e econômica. O Delta do Parnaíba, único delta em mar aberto das Américas, é berçário de inúmeras espécies marinhas e importante atrativo turístico. A chegada massiva de sargaço poderia impactar:

  • Ecossistemas sensíveis: os bancos de algas competem com a vegetação aquática local, sufocando habitats costeiros e alterando a biodiversidade;
  • Pesca artesanal: redes podem ficar obstruídas, e espécies de interesse econômico sofrem com a degradação de seus refúgios;
  • Turismo: praias cobertas por algas em decomposição perdem sua atratividade, além do mau cheiro gerado pela liberação de gases como o sulfeto de hidrogênio (H₂S);
  • Saúde pública: a decomposição libera compostos que podem provocar dores de cabeça e problemas respiratórios em populações costeiras.

Os fatores que intensificam esse fenômeno estão relacionados às mudanças climáticas: aumento da temperatura da água, alteração do regime de chuvas, maior aporte de nutrientes e acidificação dos oceanos.

O monitoramento realizado por equipes locais já aponta a necessidade de maior atenção. Tanto a comunidade científica quanto órgãos ambientais devem atuar em conjunto para acompanhar a dinâmica das algas e propor soluções.

Uma das alternativas em discussão é o aproveitamento sustentável dessa biomassa algal. De acordo com especialistas, o sargaço poderia ser utilizado na produção de biocombustíveis, carvão, bioplásticos e até na indústria têxtil. Assim, aquilo que representa ameaça pode se tornar também recurso — desde que haja tecnologia e políticas adequadas.

Uma ameaça real para o Piauí

O avanço do cinturão de sargaço no Atlântico é um lembrete de que fenômenos globais não respeitam fronteiras. O litoral piauiense, embora pequeno, possui grande vulnerabilidade diante desse risco. O Delta do Parnaíba, com sua biodiversidade singular, e as praias turísticas da região podem sofrer impactos ecológicos, sociais e econômicos significativos se o fenômeno se intensificar.

Por isso, ciência, políticas públicas e conscientização da sociedade precisam caminhar juntas. O mar de algas que se aproxima pode ser tanto uma ameaça devastadora quanto uma oportunidade de inovação sustentável. O futuro do nosso litoral depende das escolhas que fizermos agora.

Por Francisco Soares Filho | cidadeverde

quinta-feira, agosto 14, 2025

Exportações da ZPE Piauí atingem recorde de mil toneladas entre janeiro e agosto de 2025

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A Zona de Processamento de Exportação do Estado do Piauí (ZPE Piauí) atingiu, nesta terça-feira (12 de agosto), a marca de 1 milhão de quilos (mil toneladas) de cera de carnaúba exportadas no período de janeiro a agosto de 2025. O resultado representa um avanço recorde nas exportações do Estado, considerando que, em todo o ano de 2024, foram exportadas 720 toneladas.

“Alcançar a marca de mil toneladas exportadas antes mesmo do fim do ano é um feito histórico para a ZPE Piauí, que demonstra a força da nossa produção e a capacidade do Piauí de se destacar no cenário internacional”, afirmou Álvaro Nolleto, presidente da ZPE Piauí.

Exportações da ZPE Piauí (Foto: Tadeu Sampaio)

Outro dado relevante é que a ZPE Piauí consolidou relações comerciais com 12 países em um momento em que o Brasil busca ampliar sua presença no comércio exterior diante dos novos desafios geopolíticos. Os destinos das exportações abrangem pelo menos quatro continentes — América do Norte, Europa, África e Ásia —, o que tem contribuído para o fortalecimento da cultura exportadora no contexto da economia piauiense.

O produto exportado para esses países é a cera de carnaúba, fabricada pela indústria Agrocera, instalada no parque fabril da ZPE Piauí, com despacho realizado pela Área de Despacho Aduaneiro da ZPE Piauí.

Álvaro Nolleto destacou ainda que as perspectivas para os próximos anos são promissoras. Das sete empresas autorizadas pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) a se instalarem na ZPE Piauí, pelo menos duas já iniciaram as providências para o começo das obras de implantação de suas plantas industriais: a Solatio, voltada para a produção de hidrogênio verde, e a Delta Brazilian Starch, especializada na fabricação de produtos alimentícios derivados da fécula de mandioca.

As demais empresas autorizadas atuarão nos seguintes segmentos: beneficiamento de castanha de caju (Arrey Foods), produção de mel de abelha (Via Natural), montagem de tratores (Sadim Tratores), fabricação de cosméticos (Pratic Hair), produção de fertilizantes marinhos (MBF Fertilizantes) e geração de energia a partir de hidrogênio verde (Green Energy).

sábado, agosto 02, 2025

Porto Piauí avança com R$ 7 bilhões em investimentos até 2030

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Com foco em exportações, hidrogênio verde e sustentabilidade, projeto busca integrar modais no Nordeste.

O Porto Piauí, localizado em Luís Correia, no litoral do estado, avança como uma das principais apostas logísticas do país para os próximos anos. Com um investimento previsto de R$ 7 bilhões até 2030, entre recursos públicos e privados, o complexo portuário integra um amplo plano de infraestrutura com o objetivo de transformar o Piauí em um hub regional.

As operações iniciais estão previstas para dezembro de 2025, com o desembarque de fertilizante marinho extraído localmente. No primeiro quadrimestre de 2026, começa a movimentação de minério de ferro com navios de pequeno porte utilizando o cais multipropósito de 150 metros, que  já foi concluído. “O Piauí já exporta mais de 7 milhões de toneladas de soja, farelo de soja e milho, além de ser o maior exportador de mel do Brasil. Com o porto, poderemos reduzir custos logísticos e abrir novas oportunidades para o estado e toda a região”, afirma Raimundo Dias Jr., CEO do Porto Piauí.

A área de influência do terminal abrange mais de mil municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, representando cerca de 50% do PIB agregado do Nordeste e do Tocantins. A integração com a Hidrovia do Parnaíba, que passou a ser administrada pelo governo estadual em 2024, amplia o alcance logístico do porto e permite alternativas intermodais para o escoamento de cargas. A gestão da hidrovia também foi incorporada à Companhia Porto Piauí, ampliando sua responsabilidade como autoridade portuária e operadora hidroviária.

Além do cais, o complexo conta com sede administrativa, pátio para contêineres, canal dragado a sete metros de profundidade e infraestrutura básica. Projetos estruturantes em fase de chamamento público ou com contratos já firmados incluem terminais para granéis líquidos, carga geral, derivados de hidrogênio verde e amônia — este último com investimento estimado em mais de € 550 milhões. As chamadas públicas seguem em expansão, com novos estudos para terminais de H2V em andamento.

Dois novos terminais devem ser lançados até o início de 2026. Está previsto um para granel sólido agrícola e fertilizantes, e outro para granel sólido mineral, voltado à exportação de minério de ferro em larga escala. “Já estamos implantando um terminal inicial para granel sólido mineral com solução de transhipment, mas planejamos uma estrutura maior à medida que as jazidas forem confirmadas”, explica Dias Jr. As reservas em processo de certificação ficam a menos de 80 km do porto e têm potencial estimado de até 1 bilhão de toneladas.

Sustentabilidade é um dos pilares do projeto

O foco do porto é em eficiência ambiental e transição energética. Um dos destaques é o Greenet Park, projeto voltado à produção de hidrogênio verde a apenas 20 km do terminal, selecionado em chamada pública para instalação de terminal dedicado. “O Porto Piauí nasce com DNA 100% verde e digital, comprometido com operações de baixo impacto e práticas sustentáveis desde a origem”, afirma o CEO.

O fertilizante marinho, por exemplo, será coletado na costa piauiense e transportado por embarcações menores, reduzindo emissões em comparação ao modelo tradicional de importação por grandes navios oceânicos.

O projeto foi incluído no Novo PAC como obra prioritária do governo federal. Entre as etapas concluídas estão a dragagem do canal de acesso e a construção do cais. Outras licitações já em andamento incluem obras de urbanização, cercamento, sistemas alfandegários, sinalização e o aprofundamento do canal para 11 metros até o final de 2025.

Com capacidade estimada para movimentar até 27 milhões de toneladas por ano em 2035, o porto atuará com granéis, contêineres, fertilizantes, pescados e derivados de hidrogênio verde. Também está prevista a implantação de uma unidade de processamento de pescado e investimentos em cabotagem e multimodalidade. “Estamos construindo um porto para o presente e o futuro, com foco em eficiência, sustentabilidade e inclusão do Piauí na cadeia global de valor”, conclui Dias Jr.

Investe Piauí

A Investe Piauí, sociedade de economia mista criada em 2021 por meio da Lei 7.495, é ligada à Secretaria de Fazenda e tem papel central na articulação dos investimentos para o porto. Criada na gestão do governador Rafael Fonteles, a empresa coordena projetos de infraestrutura e busca parceiros estratégicos para consolidar o estado como um polo logístico e energético.

Por: Gabriela Lousada | portalbenews

domingo, julho 06, 2025

MPF pede anulação de licenças de usina de hidrogênio verde no Piauí e multa pode chegar a R$ 1 milhão

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O empreendimento está localizado na cidade de Parnaíba (PI).

Construção de usina de hidrogênio verde no Piauí (Foto: Governo do Piauí)

O Ministério Público Federal (MPF) propôs uma ação civil pública pedindo a anulação das licenças prévia e de instalação, concedidas à usina de produção de hidrogênio verde (H2V) da empresa Solatio Hidrogênio Piauí Gestão de Projetos Ltda. O empreendimento está localizado na cidade de Parnaíba (PI).

O MPF constatou a ausência de autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a falta de consulta prévia, livre e informada das comunidades tradicionais afetadas pelo empreendimento. De acordo com o ministério, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) teria excluído a Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba como área de influência.

“O MPF também apontou o fracionamento indevido do licenciamento ambiental, que dividiu atividades intrinsecamente relacionadas ao projeto, e a ausência de outorga para o uso de recursos hídricos do Rio Parnaíba, um rio federal, sem a qual não é permitida a captação de água e o lançamento de efluentes”, informou o MPF.

Além disso, foi constatado que a audiência pública convocada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semarh) não observou o prazo mínimo legal entre a convocação e a realização da audiência pública, e o edital de convocação não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

O MPF requereu, em caráter de urgência, a suspensão imediata dos efeitos das licenças e a interrupção das obras pela empresa, sob pena de multa diária de R$1 milhão.

O Ministério Público Federal pediu ainda que, em um eventual futuro licenciamento ambiental, este seja conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com participação do ICMBio, consulta às comunidades tradicionais, outorga de recursos hídricos e a devida rastreabilidade das fontes de energia.

Indústria

A obra, executada pela multinacional espanhola Solatio Energia Livre, iniciou há uma semana a supressão vegetal e limpeza de 154 hectares dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Piauí, em Parnaíba, no litoral do estado.

Com um investimento estimado em R$ 27 bilhões, a usina deverá produzir 400 mil toneladas de hidrogênio verde e 2,2 milhões de toneladas de amônia verde por ano em sua capacidade total

sábado, junho 07, 2025

Piauí firma acordo com empresa para terminal de amônia no Porto de Luís Correia

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Projeto prevê exportação de hidrogênio verde e geração de empregos no litoral piauiense

Porto de Luís Correia
O governador Rafael Fonteles assinou, nesta sexta-feira (6), durante a Brazil Energy Conference 2025, um acordo com a empresa europeia Green Energy Park para a instalação de um terminal industrial de amônia e derivados do hidrogênio verde no Porto Piauí, localizado em Luís Correia.

O contrato, com vigência de 25 anos, estabelece uma parceria estratégica entre o governo estadual e a Green Energy Park, visando transformar o Porto Piauí em um dos mais modernos pontos de exportação de combustíveis limpos, com destaque para o hidrogênio verde, especialmente voltado ao mercado europeu.

Contrato tem vigência de 25 anos

A iniciativa inclui o desenvolvimento de projetos de engenharia e análises econômicas em parceria com a Companhia de Terminais Alfandegários do Estado (Porto Piauí). A expectativa é que o terminal impulsione a economia regional, gerando empregos e atraindo novos investimentos para a cadeia logística de suprimentos.

Bart Georges Maria Biebuyck, diretor executivo da Green Energy Park, destacou que o terminal será um dos mais avançados do mundo para a exportação de hidrogênio verde. Atualmente, oito engenheiros na Europa estão trabalhando no projeto, e nos próximos meses será apresentada à população do Piauí a concepção do terminal.

A CEO da Green Energy Park no Brasil, Ludmila Nascimento, informou que a empresa já conta com uma equipe atuando no litoral piauiense e planeja ampliar seu quadro de colaboradores para atender às demandas do projeto. Ela ressaltou que o terminal terá um impacto significativo no desenvolvimento da região e será o primeiro terminal de amônia da área.

sexta-feira, maio 30, 2025

Em Dubai, Rafael Fonteles anuncia início da primeira etapa das obras da usina de hidrogênio verde em Parnaíba

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O governador esteve reunido com investidores em Dubai e apresentou imagens mostrando o início das obras de construção da planta industrial da Solatio no litoral piauiense.

Foto: Juliana Oliveira

Em sua última agenda no Oriente Médio, o governador Rafael Fonteles anunciou, nesta sexta-feira (30), em Dubai, para representantes e investidores do Emirados Árabes Unidos, o início da primeira etapa das obras de instalação do parque industrial da Solatio na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba para a implantação do projeto de produção do hidrogênio verde no Piauí. As máquinas já estão atuando na limpeza do terreno, etapa que deve durar de seis a sete meses.

Rafael celebrou, junto aos investidores, mais um passo importante para consolidar o estado como um polo estratégico na produção de energia verde. “É um grande projeto de transição energética, que impacta o mundo pela grandiosidade e pela descarbonização que ele vai proporcionar para o meio ambiente. E a ZPE de Parnaíba, o Piauí, o Nordeste, o Brasil sendo protagonista desse projeto, gerando trabalho, emprego e renda para o nosso povo”, ressaltou o governador.

Foto: Juliana Oliveira

O presidente da Solatio, Pedro Vaquer, esteve presente no encontro, em Dubai, e afirmou que este será o maior projeto de hidrogênio do mundo. “Hoje temos um momento simbólico para poder mostrar as obras começando, com a limpeza do terreno lá dentro da ZPE de Parnaíba. É um momento histórico, porque o que começou como sonho, há dois anos, agora se torna realidade”, comemorou.

Os investidores árabes demonstraram interesse no projeto, ao ver potencial de crescimento e de sucesso. “Fiquei muito feliz e estou ansioso para visitar a instalação para avançarmos, porque eu vi ali um grande potencial e tenho clientes que querem investir nesse projeto”, comentou H.E. Mohammad Khalifa Al Qamzi, representante de investidores árabes.

Foto: Juliana Oliveira

Primeira etapa das obras

A primeira etapa das obras consiste na limpeza de 154 hectares para a instalação da usina que irá produzir hidrogênio verde e amônia. As atividades na área seguem rigorosamente as diretrizes ambientais e contam com o acompanhamento de profissionais especializados, como engenheiros civis, agrônomos, biólogos e médico veterinário, garantindo a segurança no trabalho e a preservação da fauna e da flora local.

De acordo com Pablo Aguiar, engenheiro da empresa contratada pela Solatio para fazer a supressão vegetal da área, a limpeza está sendo feita com diversas medidas ambientais. “Dentre as ações utilizadas, estão o uso de sons para afugentar animais, paralisação imediata em caso de identificação de ninhos ou tocas ativas, preservação total de espécies ameaçadas (como aroeira e amburana), registro de todos os animais resgatados, coleta de mudas e preparo de viveiros para o remanejo adequado da flora, além do isolamento da área para proteger a população de qualquer tipo de acidente”, afirma.

Capacidade da usina

Com capacidade de geração de 3 GW por ano, a usina deverá gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos. A produção será voltada, principalmente, para os mercados da Europa e da Ásia, que apresentam crescente demanda por combustíveis sustentáveis. O projeto está alinhado à Missão 5 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que foca na bioeconomia, descarbonização e segurança energética.

A autorização para instalação na ZPE foi assinada em março deste ano pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A empresa também já recebeu a licença prévia da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Indústria em expansão

A indústria do hidrogênio verde é considerada uma das mais promissoras soluções para os desafios das mudanças climáticas, por ser baseada na produção de energia sem emissões de carbono, usando fontes renováveis. O hidrogênio pode ser armazenado e transportado em diferentes formas, como gás comprimido, líquido, amônia ou metano sintético





sexta-feira, maio 09, 2025

MPF investiga projeto de Hidrogênio Verde no Piauí por possíveis irregularidades

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Ação visa apurar impactos socioambientais do projeto da empresa Solatio em Parnaíba.

Ministério Público Federal (MPF)

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigativo para apurar possíveis irregularidades e impactos socioambientais relacionados ao projeto H2V Piauí, da empresa Solatio, que planeja instalar uma usina de produção de hidrogênio verde (H2V) no município de Parnaíba, localizado a apenas 2 quilômetros do Delta do Rio Parnaíba, uma Área de Proteção Ambiental (APA) no estado. A iniciativa surge em resposta a denúncias que indicam potenciais prejuízos a comunidades tradicionais de pescadores artesanais e trabalhadores rurais, além de riscos ao ecossistema local.

De acordo com despachos do procurador da República Tranvanvan da Silva Feitosa, foram expedidos ofícios a dois órgãos federais, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O prazo para que esses órgãos apresentem informações detalhadas sobre o projeto da Solatio e a documentação disponível é de 20 dias. O ofício enviado ao ICMBio solicita esclarecimentos sobre possíveis implicações do projeto em áreas de conservação sob sua responsabilidade, enquanto à ANA foram requisitados dados sobre o uso dos recursos hídricos e os efeitos do empreendimento na bacia hidrográfica da região.


O MPF busca instruir sua investigação com base em uma notícia-fato sobre os impactos da usina de hidrogênio verde, que integra grandes empreendimentos de produção de energia na região. Apesar das promessas de uma transição energética sustentável, a procuradoria enfatiza que os direitos das populações locais e a preservação dos ecossistemas não podem ser desconsiderados. A apuração ocorre em um contexto de crescente atenção internacional sobre a transição energética, especialmente com a COP 30 programada para novembro de 2025 em Belém (PA).

A ação do MPF foi motivada pela Carta das Comunidades, Instituições e Movimentos Sociais do Piauí, que expressou "profunda preocupação" pela falta de consulta e informações acessíveis sobre o projeto da Solatio. Vale mencionar que, em um tempo recorde, o governo do Estado concedeu a licença de instalação para a empresa apenas seis dias após a audiência pública que apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), permitindo que a construção da usina inicie, com um investimento estimado em R$ 27 bilhões e a promessa de gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos. O governador Rafael Fonteles destacou a importância do empreendimento, afirmando que ele trará benefícios concretos para a população local.

Fonte: Com informações O Correio Diário

terça-feira, maio 06, 2025

Ministra Marina Silva diz que hidrogênio verde do Piauí será fundamental para “transição global”

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Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva

A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, concedeu entrevista ao Cidadeverde.com durante o programa “Bom Dia Ministra”, na manhã desta segunda-feira (5), em Brasília. A gestora dialogou com jornalistas de todas as regiões do país e avaliou o impacto da produção do Hidrogênio Verde para a transição energética global.

Em março deste ano o conselho nacional das zonas de processamento de exportação (CZPE), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, aprovou um projeto da empresa Solatio para a produção de hidrogênio verde e amônia verde na zona de processamento de exportação (ZPE) de Parnaíba. A iniciativa prevê um investimento de R$ 27 bilhões e a geração de 2,7 mil empregos diretos e indiretos, com capacidade de geração de 3 GW por ano.

A transição energética será um dos pilares da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) que será realizada em novembro, em Belém. Como etapa preparatória para a COP 30, o governo realiza a partir de amanhã a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Durante o evento mais de 2635 propostas serão analisadas e servirão de base para a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e para a construção do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima).

Questionada sobre o impacto do projeto de hidrogênio verde que será instalado no estado, Marina Silva avaliou positivamente a planta da fábrica estruturada no Piauí.

“A transição energética é até um eixo específico dentro da conferência, nós vamos precisar substituir energia fóssil de carvão de petróleo, gás, por energia limpa que vem do sol, que vem da água, que vem do vento, da biomassa e também a partir dessas fontes de geração, temos que fazer aí todo o processo do hidrogênio verde. Claro que é importante a contribuição que os estados estão dando, os estados do nordeste já dão uma grande contribuição com solar e energia eólica e agora o hidrogênio verde ter essas plantas. As plantas são um processo inovador e necessário, não apenas para o Brasil, mas para a transição energética, da matriz energética global”, afirmou.

Marina Silva comentou também sobre os dados positivos de redução do desmatamento na região do Matopiba.

“Um outro ponto importante é, além da transição energética, são as ações voltadas para o fim do desmatamento. Nós, no começo do governo do presidente Lula, o Cerrado estava com uma curva de alta de desmatamento, principalmente aí na região do Matopiba, com um esforço muito grande. Nós começamos a empurrar essa, digamos, essa ascendência, essa linha para baixo e agora nós estamos conseguindo reduzir desmatamento no Cerrado. Mas é fundamental que o esforço continue sendo feito, porque a ação de mitigação é na agenda de energia, na agenda de desmatamento, na agenda de transporte, de agricultura. Em todos os setores do governo. A nossa meta de redução de emissão de CO2, ela está até 2035 entre 59 a 67% para todos os gases de efeito estufa”, concluiu.

Por Tarcio Cruz | cidadeverde

domingo, abril 20, 2025

ZPE Piauí registra crescimento de 3.500% nas exportações e atrai novos investimentos

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Com 720 toneladas de cera de carnaúba exportadas, três novas empresas chegam ainda este ano e devem gerar milhares de empregos

Zona de Processamento de Exportação | Foto: Divulgação/ Governo do Piauí

A zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí, localizada em Parnaíba, segue em ritmo acelerado de expansão e fortalecimento econômico. Em 2024, a ZPE registrou um aumento impressionante de 3.500% nas exportações em relação ao ano anterior, saltando de 20 para 720 toneladas de cera de carnaúba comercializadas no período.

Segundo o presidente da ZPE Piauí, Álvaro Nolleto, o resultado demonstra o potencial estratégico da zona para o desenvolvimento do estado. “Temos seis empresas que tiveram projetos aprovados pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), sendo que três vão iniciar os investimentos este ano”, destacou.

Conforme o governo, entre os novos empreendimentos confirmados está o grupo Moinho Piauí, que investirá R$ 40 milhões na produção de fécula de mandioca. O projeto prevê 50 empregos diretos e mais de 500 indiretos, com forte impacto positivo para agricultores familiares da região.

Outra novidade é a instalação de uma indústria de processamento de castanha de caju pelo Grupo Arrey, com investimento de R$ 10 milhões. A fábrica empregará cerca de 150 pessoas, sendo 90% mulheres, promovendo a inclusão feminina no setor industrial.

O maior investimento, no entanto, vem da empresa Solatio, do ramo de energia, que pretende investir R$ 27 bilhões na produção de hidrogênio verde. A usina deve começar a operar entre o final de 2028 e início de 2029, com previsão de geração de até 3.000 empregos diretos.

Impacto econômico indireto

Embora as empresas na ZPE sejam isentas de impostos, o retorno para o estado se dá por meio da geração de empregos, movimentação da economia local e estímulo à industrialização. “Com a expansão da ZPE Piauí, a expectativa é que tenhamos um crescimento similar, atraindo industrias e gerando desenvolvimento sustentável para o estado”, reforçou Nolleto.

Atualmente, a ZPE Piauí já abriga duas empresas em operação: a Agrocera, especializada na exportação de cera de carnaúba, e a Ecopellets, que fabrica madeira ecológica a partir de resíduos vegetais. Juntas, essas empresas e o Tech Export Hub já empregam mais de 200 pessoas diretamente, sinalizando um cenário promissor para a economia piauiense.

Por: Islanne Rocha

terça-feira, março 25, 2025

Missão Europeia de Ciência e Tecnologia chega a Parnaíba

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Foram iniciadas, nesta segunda-feira (24), na cidade de Parnaíba, as atividades da Missão Europeia de Ciência e Tecnologia no Piauí, com representantes de diversos países europeus, como Alemanha, Espanha, Lituânia e Polônia. A delegação visitou a Estação de Aquicultura da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), onde conheceu projetos voltados à sustentabilidade e biotecnologia, desenvolvidos por professores e bolsistas da instituição.

Na ocasião, os integrantes da comitiva também participaram de um painel sobre cooperação e mobilidade científica e de uma reunião institucional com o reitor da UFDPar, João Paulo Sales Macedo, e o vice-reitor Vicente de Paula Censi Borges.

O secretário de Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação do Piauí, André Macedo, destacou que a missão representa uma grande oportunidade para o estado se inserir em redes internacionais de conhecimento.

“Estamos recebendo esta comissão da União Europeia para tratar de ciência, tecnologia e inteligência artificial. Até quinta-feira (27), essa comitiva estará no Piauí para trocarmos experiências. Eles estarão no nosso litoral, visitando a nossa Zona de Processamento de Exportação, a ZPE, junto também com a nossa Universidade Federal do Delta do Parnaíba e, em seguida, vêm para Teresina”, explicou.

João Xavier, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), reforçou que a presença da delegação europeia simboliza o reconhecimento do potencial científico e tecnológico do estado. Para ele, a missão amplia as possibilidades de cooperação acadêmica, empresarial e institucional, com impactos concretos para a internacionalização da pesquisa piauiense e para a formação de redes que possam atrair investimentos, promover a mobilidade de pesquisadores e transformar conhecimento em desenvolvimento.

A programação segue no dia 25 de março, com visitas técnicas ao Porto Piauí, à ZPE de Parnaíba, ao Hub de Hidrogênio Verde e à unidade da Embrapa Meio-Norte. No dia seguinte, em Teresina, a comitiva participa de encontros institucionais com universidades, centros de inovação e representantes do governo estadual. A missão terá encerramento no dia 27, com o Painel “Internacionalização: Oportunidades de Cooperação e Mobilidade Científica e Tecnológica”, na UFPI. As inscrições podem ser feitas no endereço: https://sia.pi.gov.br/missao-de-oficiais-para-ciencia-tecnologia-e-inovacao-ao-piaui/.

A Missão Europeia de Ciência e Tecnologia no Piauí é organizada pela Secretaria de Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação (SIA), Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), com coorganização da União Europeia. Conta ainda com o apoio da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Unidade Meio-Norte (Embrapa Meio-Norte), Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí (Investe Piauí), Piauí Instituto de Tecnologia (PIT), Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex), Zona de Processamento de Exportação do Piauí (ZPE Parnaíba), Coordenadoria de Comunicação Social do Governo do Estado do Piauí (CCom) e Secretaria de Governo do Piauí (Segov).