Com 720 toneladas de cera de carnaúba exportadas, três novas empresas chegam ainda este ano e devem gerar milhares de empregos
Zona de Processamento de Exportação |
A zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí, localizada em
Parnaíba, segue em ritmo acelerado de expansão e fortalecimento econômico. Em
2024, a ZPE registrou um aumento impressionante de 3.500% nas exportações em
relação ao ano anterior, saltando de 20 para 720 toneladas de cera de carnaúba
comercializadas no período.
Segundo o presidente da ZPE Piauí, Álvaro Nolleto, o resultado demonstra o potencial estratégico da zona para o desenvolvimento do estado. “Temos seis empresas que tiveram projetos aprovados pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), sendo que três vão iniciar os investimentos este ano”, destacou.
Conforme o governo, entre os novos empreendimentos confirmados está o
grupo Moinho Piauí, que investirá R$ 40 milhões na produção de fécula de
mandioca. O projeto prevê 50 empregos diretos e mais de 500 indiretos, com
forte impacto positivo para agricultores familiares da região.
Outra novidade é a instalação de uma indústria de processamento de
castanha de caju pelo Grupo Arrey, com investimento de R$ 10 milhões. A fábrica
empregará cerca de 150 pessoas, sendo 90% mulheres, promovendo a inclusão
feminina no setor industrial.
O maior investimento, no entanto, vem da empresa Solatio, do ramo de
energia, que pretende investir R$ 27 bilhões na produção de hidrogênio verde. A
usina deve começar a operar entre o final de 2028 e início de 2029, com
previsão de geração de até 3.000 empregos diretos.
Embora as empresas na ZPE sejam isentas de impostos, o retorno para o
estado se dá por meio da geração de empregos, movimentação da economia local e
estímulo à industrialização. “Com a expansão da ZPE Piauí, a expectativa é que
tenhamos um crescimento similar, atraindo industrias e gerando desenvolvimento
sustentável para o estado”, reforçou Nolleto.
Atualmente, a ZPE Piauí já abriga duas empresas em operação: a
Agrocera, especializada na exportação de cera de carnaúba, e a Ecopellets, que
fabrica madeira ecológica a partir de resíduos vegetais. Juntas, essas empresas
e o Tech Export Hub já empregam mais de 200 pessoas diretamente, sinalizando um
cenário promissor para a economia piauiense.
Por: Islanne Rocha
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