No começo da tarde desta quinta-feira (2), o HEDA confirmou, por meio
de nota (leia no final da matéria) a morte de uma das crianças, um menino
de 1 ano e 8 meses. Duas mulheres uma de 17 anos e outra de 41 anos
tiveram alta, equanto as demais vitímas seguem hospitalizadas: uma delas é
Francisca Maria Silva, mãe dos meninos mortos com veneno no caju e sua filha de
apenas 3 anos, que estão em estado grave.
“Eles fizeram o recolhimento dos materiais tendo em vista que tudo
indicava a intoxicação alimentar. A polícia já conseguiu identificar essas
pessoas que fizeram as doações e a informação preliminar que se tem é que são
pessoas já que fazem esse tipo de filantropia há bastante, tempo naquela
comunidade. Foi levantado que já é comum eles fazerem esse tipo de doação, não
só para essa família, mas para várias pessoas da comunidade”, explica o
delegado Célio Benício, diretor de policiamento do interior do Piauí.
Segundo o delegado Célio Benício, uma criança de 11 anos está
consciente e a polícia deve colher o depoimento nos próximos dias.
“Apenas uma criança de 11 anos está em estado de consciência.
Tratando-se de uma criança o momento é delicado ainda. Ela se encontra
hospitalizada e a equipe de investigação terá todo cuidado devido para
conversar com ela. É muito cedo para descartar qualquer hipótese. É uma
investigação complexa então é muito cedo para descartar qualquer possiblidade
do que tenha vindo a acontecer. A gente acredita que com o tempo, inclusive com
a recuperação dessas pessoas, elas possam trazer informações relevantes para
conclusão dessa investigação”, disse o delegado.
A investigação também busca detalhes sobre a informação de que o
aquífero onde os peixes foram recolhidos estivesse contaminado. Outro
ponto que está sendo levado em consideração é uma possível ligação entre o
envenenamento de duas crianças da mesma família em agosto de 2024.
Os nove envenenados são familiares e amigos de Ulisses Gabriel, de
8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram depois de comerem cajus
envenenados. O jovem de 18 anos que morreu ontem era tio de Ulisses e João
Miguel. A polícia investiga se existe alguma ligação entre os casos.
“Essa situação está sendo inclusive averiguada pela equipe. E essa
situação vai ser trazida a essa investigação para verificar se há alguma
relação ou não. Isso vai ser feito pela equipe do delegado Abimael”, encerra.
O laudo toxicológico deve sair em até 10 dias.
Nota à Imprensa
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) lamenta profundamente o
falecimento de I. D. S., de apenas 1 ano e 8 meses, que deu entrada
sob os cuidados do hospital nesta quarta-feira (1ª). Expressamos nossas
mais sinceras condolências à família neste momento de imensa dor.
A equipe multidisciplinar do HEDA atuou com total dedicação, seguindo
todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor
atendimento à criança desde sua admissão na unidade.
O HEDA reafirma seu compromisso com a saúde e bem-estar da população,
bem como com a transparência em todas as suas ações. Não obstante, em
conformidade com a legislação pertinente à privacidade, não serão
divulgados detalhes adicionais sobre o caso.
Atenciosamente,
Dr. Carlos Teixeira
Diretor técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)
Por Jade Araujo e Gorete Santos
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