Até o momento, seis pessoas da mesma família foram mortas no litoral do Piauí.
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Perito Geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí. | Jéssica Machado/ Reprodução Redes sociais |
"Eu não posso afirmar que é o preso, aí a situação de investigação, mas, posso afirmar que pelo método de assinatura, nós somos diante um serial killer. Sem sombra de dúvida. Isso é característica principal. Quem é, o que, é resolvido lá com a investigação e com o Ministério Público", afirmou o perito.
O primeiro caso ocorreu em agosto de 2024, onde dois irmãos faleceram após comerem cajus. Na época, a vizinha da família, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi presa suspeita de cometer o crime. No início de janeiro de 2025, outras quatro pessoas da mesma família foram a óbito após consumirem um arroz requentado e o padrasto de duas das vítimas, Fancisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso apontado como autor.
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Relação entre ambos os casos./Arte: Jéssica Machado |
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UM SERIAL KILLER
"A assinatura, você mata sempre do mesmo jeito. Todo serial
killer, ele mata várias pessoas em série, por isso que chama Serial Killer,
foram mortas várias em série. Além disso, você tem o método, sempre
daquela forma. Então método e assinatura tá? E é matando pessoas que não têm
nenhuma relação com alguém de dígamos, de inimizade, de alguma coisa, é o matar
por matar. Serial Killer ele mata pela maldade nata, pela amoralidade que tem o
sociopata, psicopata. Não tem empatia pelo outro. [...] São pessoas que
morreram com veneno, inocentes, criancinhas, inclusive. Isso não é
característica do inimigo, isso de alguém que tem a maldade nata, ou seja, não
tem aquelas emoções que tem normalmente o ser humano comum É a moral não tem
empatia e tem assinatura e método"", explicou o médico legista.
Conforme o perito, os cajus consumidos por Ulisses Gabriel e João
Miguel estão sob exames para determinar se estavam contaminados ou não. Ele
realçou que o resultado pode sair durante este fim de semana. "A
polícia científica dará resposta de cada um desses exemplos e esse vai sair
logo assim, como a gente tá trabalhando nos exames também do próprio suspeito e
de mais alguns que tem", disse.
EXUMAÇÃO
Foram encontrados terbufós, semelhante ao raticida conhecido como
“chumbinho”, no organismo das vítimas que comeram o arroz. O médico
relatou que o produto também foi encontrado, em uma dose muito alta, em um
gato. Diante das novas vertentes, a polícia estuda a exumação do corpo do
ex-companheiro de Francisca Maria, que morreu em 2023.
“A gente tá estudando o caso. Vou receber alguns documentos do
Ministério Público, da delegacia, talvez precisa pegar algumas informações com
a família, com quem está lá ainda. [...] O que eu tenho é que ele morreu com os
náuseas e vômitos. Devo ter acesso ainda hoje ou amanhã a declaração de óbito
da época, ver o que está escrito pelo médico que declarou", afirmou.
Por: Jéssica Machado | meionews
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