"Tem que se verificar se ela agiu com dolo ou se a filha pegou a arma escondido", disse delegado Zanatta.
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Matheus Zanatta – Foto: Alef
Leão/ GP1 |
O objetivo é saber
como a filha obteve acesso a arma usada no crime, que pertence à policial
penal, Lúcia Maria de Sousa Simplício, e se há envolvimento da servidora
pública na trama criminosa.
De acordo com o delegado, as
investigações que estão a cargo da Delegacia de Homicídios, Tráfico de Drogas e
Latrocínio (DHTL), já identificaram que a acusada fez um empréstimo de R$ 12
mil com as vítimas. Essa é a principal hipótese, até o momento, que possa levar
à motivação do crime.
“O que nós levantamos é que ela
pegou arma da mãe dela para praticar o duplo homicídio e tentativa de
homicídio. Possivelmente, a mãe dela também vai responder por ter entregue essa
arma de fogo para a filha, mas ainda não existe indícios de que ela tenha
participado ativamente dos homicídios juntamente com a filha. Tem que se
verificar se ela agiu com dolo ou se a filha pegou escondido essa arma, então
toda essa situação será explicada”, explicou o delegado Matheus Zanatta.
O superintendente de Operações
Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Matheus Zanatta,
pontuou ainda que as duas vítimas (D. R. S de S. e J. de M. V. L.), haviam sido
presos pela Polícia Rodoviária Federal um dia antes de terem sido executados.
Eles foram abordados e flagrados com
R$ 84 mil entre dinheiro e folhas de cheques. Na ocasião, os dois foram
conduzidos para a Central de Flagrantes de Parnaíba, os valores foram apreendidos
e os suspeitos foram liberados posteriormente.
“Das três pessoas, duas delas já
têm passagens, inclusive, por crimes violentos, e existem indícios de que eles tivessem
envolvimento com organização criminosa.
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Foto: Reprodução / Facebook
Essa pessoa que sobreviveu é o Pedro, ele está internado e não corre risco de morrer. Nós ainda não o ouvimos, mas o fato é que a acusada estava devendo as vítimas, que foram cobrá-la. Há uma informação de que as vítimas estavam com uma Hilux, que seria da família da Isabelle, mas isso precisa ser confirmado na instrução do inquérito”, completou.
Entenda o caso
O GP1 apurou que a família da
acusada realizou um empréstimo com uma das vítimas, que era agiota, mas, para
tanto, deixou um veículo modelo Hilux como garantia. Contudo, em razão da
demora para a quitação da dívida, a vítima afirmou que iria negociar o carro da
família, a fim de sanar a dívida que havia sido feita, no valor de R$ 12 mil, o
que motivou a ira de Isabelle Cristina Simplício Brandão.
Isabelle então marcou um encontro
com o agiota na tarde do dia 14 de fevereiro, sob a alegação que iria pagá-lo,
porém quando a vítima chegou até a Rua Boa Vista, no bairro São Benedito, em
Parnaíba, Isabelle sacou a arma e atirou, atingido dois homens, que morreram na
hora, além de uma terceira pessoa identificada como Pedro, que foi socorrida para
o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA).
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Logo após o crime, ela retornou
para casa e empreendeu fuga na madrugada do dia 15 para o município de
Camocim-CE, onde acabou sendo presa pela Polícia Militar do Estado do Ceará.
Após a prisão, ela manteve-se em silêncio e não revelou detalhes do crime.
Fonte: GP1
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