O acúmulo de lixo, a proliferação de insetos, e água em seus abrigos, forçam a locomoção desses animais. Somente em 2022 foram registrados 6 mil acidentes com animais peçonhentos no Piauí, e neste ano já são 466 ocorrências.
Em 2023, a Coordenadoria de
Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já contabilizou
um total de 466 ocorrências em todo o estado, sendo 236 relacionadas a
escorpiões, 38 com aranhas e 51 envolvendo serpentes.
“Geralmente os acidentes
envolvendo animais peçonhentos ocorrem durante o ano todo, mas ficam mais
evidente nesse período das chuvas por conta da maior proliferação de acúmulo de
outros insetos que servem de alimento para esses animais, como o escorpião, por
exemplo”, explica Francisco Moraes, técnico da Coordenadoria de Vigilância
Ambiental.
Em 2022, dos 6.161 acidentes com
animais peçonhentos registrados em todos os municípios piauienses, 4.226 foram
de pessoas picadas por escorpiões e 273 por aranhas. Além do tempo frio, o especialista
explica que descarte de lixo e entulho próximo a áreas residenciais é outro
fator para a proliferação desses animais.
“O lixo propicia a criação de
insetos que atraem escorpiões e aranhas para as casas. É importante sempre
manter os arredores das residências limpo de resto de construções, tocos de
árvores e de mato, porque tudo isso propicia não só os animais peçonhentos, mas
moscas e mosquitos que podem transmitir outras doenças”, pontuou Moraes.
A orientação do especialista é
que a população sempre evite manipular qualquer tipo de animal peçonhento. Em
caso de picada, deve-se procurar com urgência uma unidade de saúde para ser
iniciado o tratamento com o antídoto ou soro que corresponda à espécie,
principalmente se a pessoa já estiver apresentando algum sintoma.
“Chamamos a atenção da população
para o perigo do escorpião, principalmente em crianças e idosos. Às vezes os
sintomas são leves, mas para esses dois públicos, a situação pode se agravar
pois geralmente leva a um quadro de taquicardia e a pessoa pode até morrer por
conta da reação ao veneno que é injetado”, enfatizou o técnico.
Outra instrução que pode auxiliar
nos casos de acidentes com animais peçonhentos é a identificação da espécie.
Para facilitar o diagnóstico mais preciso para a aplicação do soro ou antídoto
mais adequado, recomenda-se que, se possível, a vítima leve uma fotografia do
animal responsável pela picada.
Da Redação
redacao@cidadeverde.com
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