A Secretaria Municipal de Saúde de Parnaíba informou na manhã desta segunda-feira (08/08), que investiga um novo caso suspeito de varíola dos macacos, transmitida pelo vírus monkeypox. O órgão não forneceu detalhes sobre o paciente ou seu estado de saúde. Ao todo, a cidade possui três casos em investigação. No Piauí, há um caso confirmado e seis suspeitos.
De acordo com a secretária de
saúde de Parnaíba, Leidiane Pio, um homem de 60 anos está internado no Hospital
Nossa Senhora de Fátima, onde evolui positivamente. Outro, de 31 anos, está em
tratamento domiciliar e passa bem.
As amostras desses dois pacientes
foram enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen),
que encaminhou os exames para a Fundação Ezequiel Dias, em Minas Gerais, onde
serão analisadas.
“Ontem (domingo) tivemos a
comunicação através da Vigilância de Epidemiologia do município que mais um
caso está sendo investigado. Foi suspeito, então prontamente foi notificado,
investigado e, a partir de hoje, começa o monitoramento. A partir de hoje, a
equipe de epidemiologia já inicia com protocolo, fazendo monitoramento e também
entrando em contato pra fazer a coleta desse material”, contou Leidiane.
Pacientes com suspeita de varíola
dos macacos precisam passar por três exames: de sangue, da coleta de pus ou
líquido das bolhas formadas e da crosta da bolha na pele.
O Laboratório Central do Piauí
(Lacen-PI) é responsável pelo diagnóstico da sífilis ou herpes pelo sangue.
Depois, amostras da pústula e crosta são encaminhadas para diagnóstico fora do
estado.
Um caso confirmado no Piauí
Na última quinta-feira (04/08), a
Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirmou o primeiro caso de varíola dos
macacos no Piauí. O paciente é um homem de 46 anos, de Batalha, que teve
contato com pessoas que estiveram fora do Brasil e apresentou os sintomas em 3
de julho. Ele cumpriu isolamento de 21 dias, já está recuperado dos sintomas e
não teve sequelas.
O superintendente de atenção à
saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, garantiu que as outras pessoas da cidade com
as quais o paciente teve contato já foram visitadas e não apresentaram qualquer
sintoma. Ele orientou as pessoas para que, a qualquer sintoma, uma unidade de
saúde seja procurada (veja informações sobre os sintomas ao fim da reportagem).
A varíola dos macacos é
transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as
secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.
O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da
placenta.
Conforme a Organização Mundial de
Saúde (OMS), o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e
o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode
chegar até a 21 dias. A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser
dividida em dois momentos.
Primeiro, acontece o período de
invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:
- Febre;
- Dor de cabeça forte;
- Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”);
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
- Falta de energia intensa.
Terminado o período de invasão,
começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas
marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.
As feridas costumam se concentrar
no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés,
na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.
Fonte: G1-PI
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