Resultados preliminares de um estudo feito no Brasil sugerem que a Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, é eficaz contra a variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus no fim de 2020 e já presente em ao menos 17 Estados.
O imunizante teria se mostrado
efetivo contra a nova cepa em estudos feitos com o soro de pessoas vacinadas,
segundo afirmou à agência Reuters uma fonte envolvida nas pesquisas que não
quis se identificar. Os estudos com soro geralmente avaliam se os anticorpos
presentes no sangue do imunizante são capazes de neutralizar o vírus.
Conforme a Reuters, a fonte não
divulgou mais dados nem informou quando os resultados serão divulgados
publicamente ou em um artigo científico. A informação sobre esses achados
preliminares foi confirmada pelo Estadão com pessoas envolvidas nas pesquisas.
De acordo com essas fontes, além
dos dados das pesquisas em laboratório, com o soro dos vacinados, resultados
preliminares de estudos de efetividade também demonstraram redução de casos
graves entre idosos, o que indicaria que a vacina está tendo eficácia no País
mesmo em meio à disseminação da nova cepa do coronavírus.
Os estudos de efetividade são os
chamados testes "de vida real", em que a eficácia da vacina é
avaliada ao ser aplicada em massa na população. De acordo com as fontes, bons
resultados já estão sendo observados em locais como os Estados de São Paulo e Pernambuco.
Cepa perigosa. Pesquisas recentes
mostram que a variante P.1 é duas vezes mais transmissível do que as cepas
predominantes no Brasil durante a primeira onda. Segundo os estudos, ela teria
ainda probabilidade de 25% a 61% maior de escapar da imunidade desenvolvida,
com base em uma contaminação prévia e aumentaria em dez vezes a carga viral nas
células do doente.
Na semana passada, fontes também
informaram à imprensa que o imunizante Covishield, desenvolvido pela
Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânica AstraZeneca, se mostrou
eficaz contra a cepa P.1. Os dados dos testes, porém, não foram apresentados.
Os resultados são prometidos para esta semana. Em ambos os casos, a comunidade
científica cobra que os resultados detalhados sejam divulgados para que a
eficácia da vacina contra a P.1 seja conhecida. Os dois imunizantes já têm sido
utilizados, desde janeiro, na campanha nacional de vacinação.
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Fonte: Estadão Conteúdo l Edição:
Jornal da Parnaíba
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