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Rodrigo Santos Cruz (Foto: Arquivo Pessoal / Facebook) |
“Agora estou tendo que lutar contra o sistema: fui desclassificado de um concurso que fiquei em primeiro lugar na vaga reservada para pessoas negras”, disse Rodrigo que é natural de Teresina-PI. Ele acredita que a etapa de identificação teria sido realizado através de um processo precário, formado por 03 pessoas, incluindo uma pessoa branca na banca de avaliação. Segundo ele, o processo consiste somente em perguntar se o candidato se considera negro e em gravar o mesmo.
Rodrigo prestou concurso para o cargo de analista, concorrendo por meio de cotas para candidatos pretos ou pardos, ficando em primeiro lugar conforme o resultado da classificação.
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Rodrigo Santos Cruz (Foto: Arquivo Pessoal / Facebook) |
"É absurdo e revoltante ter que ler uma sentença de um juiz que simplesmente julga ‘improcedente’ o meu apelo”, disse o jovem em uma postagem feita nas redes sociais.
Além dos preconceitos que sofreu de outras pessoas, Rodrigo sente que é vítima de racismo por parte da administração pública, o que lhe motivou a fazer o desabafo em suas redes sociais onde expôs sua indignação sobre o caso e relatou diversos acontecimentos que o marcaram na sua infância, devido a sua cor de pele.
“Você vive toda a sua infância e parte da juventude em uma família racista por que sua mãe parda casa com um homem preto e está rodeado de primos brancos, então é obrigado a ouvir aqueles velhos insultos carregados de deboche como “neguin” “macaco”, “pila preta”, vindos da própria família. Criança não tem muita noção disso, ainda mais eu que vim de um ambiente social bastante pobre em tudo: bens materiais e apoio emocional. Eu tive que ser alfabetizado embaixo de um pé de manga, pois a escola tinha poucas salas e era muita gente. A duras penas e com boa vontade de um e de outro, fui tentando não largar os estudos, sempre fui curioso, gostava e gosto muito de estudar. Em determinado momento fui tomando consciência de que eu fui e sou discriminado pelo fato de ser negro e vi que muitos são até hoje, inclusive são assassinados nesses tristes trópicos”, desabafou Rodrigo.
O candidato tenta sensibilizar a justiça para que possa rever a decisão.
Além dos preconceitos que sofreu de outras pessoas, Rodrigo sente que é vítima de racismo por parte da administração pública, o que lhe motivou a fazer o desabafo em suas redes sociais onde expôs sua indignação sobre o caso e relatou diversos acontecimentos que o marcaram na sua infância, devido a sua cor de pele.
“Você vive toda a sua infância e parte da juventude em uma família racista por que sua mãe parda casa com um homem preto e está rodeado de primos brancos, então é obrigado a ouvir aqueles velhos insultos carregados de deboche como “neguin” “macaco”, “pila preta”, vindos da própria família. Criança não tem muita noção disso, ainda mais eu que vim de um ambiente social bastante pobre em tudo: bens materiais e apoio emocional. Eu tive que ser alfabetizado embaixo de um pé de manga, pois a escola tinha poucas salas e era muita gente. A duras penas e com boa vontade de um e de outro, fui tentando não largar os estudos, sempre fui curioso, gostava e gosto muito de estudar. Em determinado momento fui tomando consciência de que eu fui e sou discriminado pelo fato de ser negro e vi que muitos são até hoje, inclusive são assassinados nesses tristes trópicos”, desabafou Rodrigo.
O candidato tenta sensibilizar a justiça para que possa rever a decisão.
Campo Maior Em Foco l Edição: Jornal da Parnaíba
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