O governo estadual diz que o reajuste de 6,81% ultrapassaria o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Professores alegam que o governo desobedece o piso dos professores ao ão pagar o reajuste concedido pelo Ministério da Educação.
É impressionante como as prioridades são invertidas
no Piauí. Até hoje, 12 de março, os alunos da rede estadual de ensino não
assistiram ainda a uma aula sequer por causa da greve dos professores,
que já dura duas semanas. No entanto, é a pauta política - a
sucessão estadual, mais especificamente - que domina a agenda, quando deveria
ser a educação, ou a falta desta.
Os professores reivindicam o ,
extensivo aos aposentados e pensionistas, mas o governo só concedeu o aumento
aos professores que estão na ativa e, mesmo assim, sob a forma de auxílio
alimentação, alegando os impedimentos impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Por que os professores aposentados deveriam ser
excluídos da proposta de aumento? Por acaso eles não se alimentam, e assim como
o restante da categoria, não têm despesas com transporte, moradia, remédios,
vestuário? Descartar quem trabalhou a vida inteira pela educação e, agora,
deveria gozar de merecida aposentadoria é, no mínimo, desumano.
Hoje deve haver uma audiência de conciliação entre
o governo e os representantes do magistério. Espera-se que haja entendimento
entre as partes para que os alunos possam, finalmente, iniciar o ano letivo com
um atraso já de dois meses, se comparados aos alunos da rede privada.
Por Cláudia Brandão/Cidade Verde | Edição: Jornal
da Parnaíba
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