O Piauí ocupa 16% do território do Nordeste, é
banhado pelo maior rio que nasce e termina nesta região do Brasil, concentra os
maiores volumes de água depois do Maranhão e Bahia, tem terras férteis, a maior
taxa de escolarização de jovens e adultos na região, mas ainda assim os números
de sua economia teimam em patinar ou, em situações de agudeza, em despencar.
Não há respostas simples para uma situação tão
complexa demais. Contudo, as vantagens competitivas naturais do Estado não são
o bastante. A ausência de infraestrutura nas regiões que mais se desenvolvem ou
com maior potencial de crescimento é um exemplo clássico do desinteresse
institucional por desenvolvimento de fato.
Um ambiente pouco preparado e até hostil a
investimentos nos deixa para trás. Na base na economia estadual, a agropecuária
se ressente atualmente em razão da estiagem, mas como outros setores da
economia, vê seu dinamismo perdido na selva da burocracia, na ausência de
planejamento de longo prazo e de uma visão de futuro que não mire apenas a
próxima eleição.
Deu-se esse fenômeno em 1993, quando o PIB cresceu
impressionantes 18%, impulsionado pelo bom desempenho da safra. Mas esse será
um falso brilhante, porque no conjunto, nossa economia está como um sujeito
perdido em uma mata fechada: andando em círculos, mas sem sair do lugar, isso
porque temos surtos de crescimento, combinados com grandes períodos de uma
endêmica depressão econômica. Mudar essa realidade é o grande desafio a ser
aceito pelos políticos, pela sociedade piauiense, pelos seus empresários e
pelos que trabalham e produzem.
jornaldaparnaiba.com | Por Por Claudio Barros/Jornal Meio Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário