sexta-feira, abril 26, 2013

Há algo de errado por aqui!


O Piauí ocupa 16% do território do Nordeste, é banhado pelo maior rio que nasce e termina nesta região do Brasil, concentra os maiores volumes de água depois do Maranhão e Bahia, tem terras férteis, a maior taxa de escolarização de jovens e adultos na região, mas ainda assim os números de sua economia teimam em patinar ou, em situações de agudeza, em despencar.

Não há respostas simples para uma situação tão complexa demais. Contudo, as vantagens competitivas naturais do Estado não são o bastante. A ausência de infraestrutura nas regiões que mais se desenvolvem ou com maior potencial de crescimento é um exemplo clássico do desinteresse institucional por desenvolvimento de fato.

Um ambiente pouco preparado e até hostil a investimentos nos deixa para trás. Na base na economia estadual, a agropecuária se ressente atualmente em razão da estiagem, mas como outros setores da economia, vê seu dinamismo perdido na selva da burocracia, na ausência de planejamento de longo prazo e de uma visão de futuro que não mire apenas a próxima eleição.

Em 2016, quando finalmente o atual ciclo de seca chegar ao seu final, o Piauí deverá experimentar um enorme crescimento econômico.

Deu-se esse fenômeno em 1993, quando o PIB cresceu impressionantes 18%, impulsionado pelo bom desempenho da safra. Mas esse será um falso brilhante, porque no conjunto, nossa economia está como um sujeito perdido em uma mata fechada: andando em círculos, mas sem sair do lugar, isso porque temos surtos de crescimento, combinados com grandes períodos de uma endêmica depressão econômica. Mudar essa realidade é o grande desafio a ser aceito pelos políticos, pela sociedade piauiense, pelos seus empresários e pelos que trabalham e produzem.

jornaldaparnaiba.com | Por Por Claudio Barros/Jornal Meio Norte

Nenhum comentário: