As obras do porto de Luís Correia estão se arrastando e contam apenas com cerca de 10 trabalhadores da empreiteira que ganhou a licitação. Este número é menos de um sexto do total dos operários que iniciou os trabalhos há cerca de 30 dias, após paralisação dos serviços por parte da categoria que reclamava o pagamento de atrasados.
A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada do Piauí (Sintepav), que prevê a paralisação dos trabalhos se o Governo não retomar a obra da empreiteira.
Segundo Regis Freire, presidente do sindicato, antes do protesto dos trabalhadores havia pelo menos 70 operários no canteiro da obra no litoral. Aos poucos este número foi caindo ao ponto de chegar aos cerca de 10 operários citados pela entidade. O pior é que, quem chega ao canteiro de obras tem a falsa impressão de que os trabalhos estão sendo executados de forma normal como deveriam estar acontecendo. Os estranhos estão proibidos de passar de uma cancela que foi montada ainda no início do aterro.
Regis alega que muitos operários trabalhavam em condições difíceis e fizeram várias denúncias à Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), mas o órgão nunca mandou uma equipe para verificar a real condição de trabalho oferecida pelo Governo através da empresa que ele contratou.
No dia 10 de maio os trabalhadores fizeram uma grande manifestação para protestar contra as condições de trabalho e segurança na obra do porto. Na época eles exigiram a presença de técnico em segurança, argumentando que apesar de necessária, nunca apareceu um profissional desta categoria naquela obra. Segundo eles, uma caminhonete já caiu no mar e os trabalhadores tiveram que mergulhar para fazer a retirada do veículo. "Há mais de dois meses alguns trabalhadores foram demitidos, mas até hoje nunca receberam os seus direitos trabalhistas", diz ele.
O sindicalista diz ainda que a construção do píer está sendo feita quase que manualmente pelos operários quando o ideal é que máquinas e equipamentos de última geração sejam usados para construir a doca. O píer é uma passarela sobre a água, suportada por largas estacas ou pilares.
Publicação: Jornal da Parnaíba
Fonte: Diário do Povo
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