Correia Lima tem julgamento adiado pela 4ª vez

Defensor Público Ulisses Brasil Lustosa (Foto: Thiago Amaral)

Foi adiado o 4º julgamento de Correia Lima no "Caso dos Queimados"; Defensor público alegou ao juiz Antonio Noleto que não teve tempo de ler o processo, que tem mais de 2.000 páginas. Atualmente o ex coronel cumpre pena em regime semi aberto na Penitenciária Mista de Parnaíba Dr. Fontes Ibiapina.

O juiz da 1º Vara do Tribunal do Júri, Antonio Noleto, acaba de adiar, pela quarta vez o julgamento do ex-coronel José Viriato Correia Lima, que seria julgado pelo Caso dos Queimados. O adiamento foi a pedido do defensor público Ulisses Brasil Lustosa, que alegou não ter tido tempo para ler o processo, que tem duas mil páginas.

O juiz acatou o pedido e adiou para 04 de fevereiro. Correia Lima é acusado do assassinato dos representantes comerciais Hélio Araújo Silva e Einaldo Liberal Xavier Júnior e seria julgado pelos crimes de homicídio, sequestro, formação de quadrilha. O crime ocorreu no dia 06 de março de 1998, na localidade Taboca do Pau Ferrado.

"Estamos prontos para este julgamento desde muito tempo. É meu dever fazer o julgamento sob pena de prevaricar. Mas, em respeito ao princípio da plenitude de defesa, não posso continuar com esse julgamento", explicou o juiz Antônio Noleto.

O advogado de Wendel Oliveira, que defendia o ex-militar, abandonou o processo, por isso foi nomeado um defensor público para o caso, que alegou não ter tido tempo hábil para ler o processo.

Para o promotor de acusação, José Eliardo Cabral, este é mais um artifício de defesa para prorrogar o julgamento do Correia Lima. Ele revelou que o processo tem duas mil páginas, mas que a maioria é de carimbos, despachos de expediente, cópias de material de investigação, certidões e tirando tudo isso, o defensor teria que ler apenas umas 200 páginas em 22 dias.

Durante o julgamento, Correia Lima intimidou os cinegrafistas e fotógrafos e proibiu que fossem divulgadas imagens suas.

Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Yala Sena e Leilane Nunes/Cidade Verde