O estado do Piauí é o segundo em exportação de mel do Brasil. O volume das exportações foi de US$ 5,62 milhões somente no primeiro semestre deste ano.
O Piauí atingiu um volume de exportação de mel da ordem de US$ 5,62 milhões. Esses números são referentes ao primeiro semestre de 2010, e classificam o Estado como o segundo maior exportador de mel do país, perdendo apenas para São Paulo, que, nos seis primeiros meses deste ano, exportou algo em torno de US$ 8 milhões.
A média de preço de comercialização do mel foi de US$ 2,87/kg. Esse valor foi recorde e indica um aumento no preço de venda do produto em relação ao ano passado.
Dezenove países importaram mel do Brasil no primeiro semestre deste ano. O principal destino das exportações brasileiras do produto foram os Estados Unidos, que responderam por mais da metade, 51,3%, do total comercializado, tendo comprado o mel a US$ 2,81/kg.
O principal mercado na Europa foi a Alemanha, que importou mais de um quarto (26,4%) do total de mel comercializado, a um valor de US$ 2,94/kg. O terceiro maior destino do mel foi o Reino Unido. Para esta região o mel foi comercializado a US$ 2,87/kg. O melhor preço foi pago pelo Canadá, que importou mel do Brasil a US$ 3,24/kg.
Em dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae Nacional, apenas duas empresas piauienses participaram das exportações de mel. Em todo o país, trinta e cinco empresas trabalharam com a venda externa do produto, sendo que apenas quinze delas comercializaram o equivalente a 91,6% do total exportado pelo Brasil. As empresas piauienses estão entre as que mais exportaram, com uma média acima de US$ 500 mil.
Conforme explica o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae no Piauí, Francisco Holanda, existe um trabalho voltado para o desenvolvimento da apicultura no Piauí. “Atendemos cerca de 2500 produtores, distribuídos em três projetos: Apis Araripe, Apis Serra da Capivara e Apis Região Norte”, pontua.
Holanda destaca ainda que esses trabalhos envolvem duas entidades representativas do setor: a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro, Casa Apis, e a Associação dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes. As cooperativas, que recebem apoio do Sebrae no Piauí, são orientadas para o investimento no setor de exportação. “O investimento na qualidade da produção e a procura por agregar valor ao mel colaboraram para esse excelente índice de exportações apresentado pelo Piauí”, reitera o gerente.
Exportações por Estado
Em junho de 2010, o maior exportador entre os Estados foi São Paulo, com US$ 2.054.423,00, recebendo US$ 2,82 por quilo de mel, abaixo do preço médio de US$ 2,91/kg. O segundo exportador foi o Piauí, com US$ 1.326.676,00, ao preço de US$ 2,95/kg. O Ceará ficou em terceiro lugar, com US$ 1.066.224,00, ao valor de US$ 3,05/kg, o maior preço recebido. Santa Catarina foi o quarto exportador, com US$ 475.733,00. O Rio Grande do Sul ficou em quinto lugar, com US$ 225.716,00, ao preço de US$ 2,79/kg. O sexto e o sétimo exportadores foram, respectivamente, Minas Gerais (US$ 199.314,00 e US$ 2,96/kg) e a Bahia (US$ 194.936,00 e US$ 2,99/kg). Detalhes na Planilha 6.
Destino das exportações em junho
Os Estados Unidos foram o principal destino das nossas exportações de mel, US$ 2.541.537,00, respondendo por quase a metade (45,9%) da receita total das exportações, ao preço de US$ 2,88/kg. A Alemanha foi o nosso segundo mercado de mel, com uma receita de US$ 1.726.170,00, significando quase um terço (31,1%) do valor total exportado, ao preço de US$ 2,91. O Reino Unido absorveu 10,9% (US$ 601.925,00) das nossas exportações de mel, pagando US$ 2,89/kg. O quarto destino foi US$ 257.209,00, pagando o melhor preço pelo nosso mel: US$ 3,30/kg. Os outros países importadores de mel do Brasil foram Bélgica, Coréia do Sul, Espanha, França, Japão, e Suíça. Ver Planilha 7.
Trinta e cinco empresas exportaram mel no primeiro semestre de 2010. Apenas quinze empresas responderam por 91,6% do valor das exportações de mel brasileiro no primeiro semestre deste ano, assim distribuídas: quatro de São Paulo, três de Santa Catarina, duas do Rio Grande do Sul, duas do Piauí, duas do Ceará, uma do Paraná e uma do Rio Grande do Norte. Outras seis empresas responderam por 7,9% da receita de exportação nos seguintes Estados: três do Piauí, uma do Ceará, uma do Paraná e uma de Minas Gerais. Quatorze empresas exportaram somente 0,6% da receita total.
Exportações para a Europa
Treze empresas exportaram mel para a União Europeia no primeiro semestre de 2010, sendo quatro de São Paulo, uma de Santa Catarina, uma do Ceará, uma do Paraná e uma do Rio Grande do Sul. Entretanto, quatro empresas, sendo duas de São Paulo, uma de Santa Catarina e uma do Ceará, responderam por 67% do valor total exportado.
Exportações no primeiro semestre
Nos seis primeiros meses deste ano, já foram exportadas 10,15 mil toneladas de mel, gerando uma receita de US$ 29,13 milhões. O preço médio foi de US$ 2,87/kg de mel, superior aos US$ 2,47/kg pagos no mesmo período de 2009. O valor da exportação por Estado foi o seguinte: São Paulo (US$ 7,67 milhões), Piauí (US$ 5,62 milhões), Ceará (US$ 4,75 milhões), Rio Grande do Sul ( US$ 4,70 milhões), Santa Catarina (US$ 3,16 milhões), Piauí (US$ 1,62 milhão), Paraná (US$1,50 milhão); Minas Gerais (US$ 161,33 mil); Bahia (US$ 194,94 mil) e Maranhão (US$ 106,26 mil). Os melhores preços foram os recebidos pelo Paraná (US$ 3,000/kg) e o Ceará (US$ 2,99/kg de mel) e o menor preço foi o recebido pelo Rio Grande do Norte (US$ 2,45/kg). Ver Planilhas 2 e gráficos, em apenso.
Destino das exportações nos seis primeiros meses
Dezenove países importaram mel do Brasil no primeiro semestre deste ano. O principal destino das exportações brasileiras de mel foram os Estados Unidos, que responderam por mais da metade, 51,3%, do total comercializado, com uma receita de exportação US$ 14,95 milhões, a um preço de US$ 2,81/kg de mel. O nosso principal mercado na Europa foi a Alemanha, que importou US$ 7,68 milhões de mel do Brasil a um preço de US$ 2,94/kg, equivalendo a mais de um quarto (26,4%) do total das nossas exportações. O terceiro destino do nosso mel foi o Reino Unido, com US$ 3,83 milhões, ao preço e US$ 2,87/kg. O melhor preço foi pago pelo Canadá, que importou US$ 898,94 mil em mel do Brasil, a US$ 3,24/kg. Mais informações na Planilha 3 e gráficos anexos.
Exportações e cera e própolis
Em junho de 2010, as “Exportações de outras ceras de abelhas” (NCM 1521.9019), US$ 290.721,00, referentes à 2.780 kg, reduziram 35,3% em valor e 52,2% em peso em relação a junho de 2009. O preço médio foi de US$ 104,58/kg, 35,6% superior inferior aos US$ 77,02/kg pagos em junho do ano passado. A China foi o primeiro destino das nossas exportações, com US$ 144.958,00. O nosso segundo mercado foi o Japão, que importou US$ 121.513,00. São Paulo assumiu a liderança, com um valor exportado de US$184.597,00, seguido por Minas Gerais (US$100.979,00). Os outros exportadores foram o Paraná (US$ 4.710,00) e o Rio Grande do Sul (US$ 435,00). Ver tabela 11 e 12 do arquivo anexo.
Em junho, as exportações de cera e abelha em bruto/própolis (NCM 1521.9011) geraram uma receita de US$ 47.031,000, equivalentes a 528 quilos ao preço de US$ 89,07, superior aos US$ 77,00/kg pagos em junho do ano passado. Vale destacar que as classificações (NCM 1521.9019) e (NCM 1521.9011) não possibilitam uma análise mais precisa do mercado de cera de abelha e de própolis por, muitas vezes, comportarem produtos distintos sob a mesma classificação.
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Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Com informações do Sebrae e Meio Norte
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