
Depois do sucesso alcançado na produção de frutas e legumes nos tabuleiros litorâneos, há cinco anos a piscicultura está ganhando força no local. O projeto, coordenado pela Embrapa Meio Norte, iniciou utilizando dois tipos de peixes, a tilápia, um típico peixe de água doce encontrado com facilidade em açudes e lagos, e o pirarucu, um peixe de origem amazônica que é conhecido pela sua resistência.
Foram colocados nos canais 256 peixes, apenas três morreram no experimento e todo o restante chegou a alcançar um peso acima da média normal. Francisco Seixas, responsável pelo projeto, explica que o ambiente apresenta condições favoráveis para o cultivo, as tilápias chegaram a atingir 800 gramas em poucos dias, e o pirarucu, em alguns casos, chegou a crescer 1 kg por mês. “O desenvolvimento das tilápias foi surpreendente, mais rápido do que esperávamos, em apenas 150 dias alguns peixes chegaram a pesar cerca de 800 gramas, mas chama atenção o pirarucu, já que foram retirados do canal peixes de até 200 kg”, afirmou.
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Com o sucesso do projeto a idéia agora é integrar agricultura irrigada e piscicultura. O coordenador do projeto Tabuleiros Litorâneos explica que todos os produtores do local terão direito a um trecho do canal para a produção de peixes. “Atualmente são cerca de 70 produtores no local e todos serão beneficiados, basta manifestar interesse em produzir”, afirmou Francisco Suassuna.
Para os técnicos e pesquisadores, o principal fator para atingir melhores resultados foi a qualidade da água, que por apresentar dupla finalidade e uma constante renovação aumenta a produção. “Se apenas 10% dos 2.800 km dos canais irrigados de toda a região Nordeste desenvolvesse um projeto como esse, a produção seria significativa, e outro fator facilitador da produção nesse ambiente é a desnecessária liberação de licenças ambientais”, afirmou José Seixas.
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Fonte: Wellington Alencar
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