Maurício Gomes de Souza, está afastado da promotoria de Cocal por um prazo de três mesesO promotor de Cocal, Maurício Gomes de Souza, está afastado da promotoria de Cocal por um prazo de três meses, depois que impetrou a ação com um pedido de indenização de R$ 250 milhões contra o Estado e a Emgerpi, às famílias atingidas pela enxurrada da barragem Algodões I.
O governador Wellington Dias disse que compete ao Judiciário definir os valores de indenização e assegurou que o Estado vai recorrer se houver decisão condenatória. "Ele está cumprindo o seu papel de fazer a defesa das famílias", emendou o governador.
Ontem, o promotor passou o dia em uma audiência pública na sede da Câmara Municipal de Cocal, mas foi confirmado o seu afastamento da comarca por três meses. A justificativa é que o promotor pediu licença para estudar para fazer um concurso para juiz federal. Ele tinha direito a férias.As informações da Promotoria em Cocal é que o afastamento de Mauricio Gomes não vai atrapalhar em nada o andamento das ações, porque a ação com pedido de indenização já foi impetrada. "Não terá nenhum prejuízo para a ação e o afastamento do promotor é para se preparar para o concurso", informou uma funcionária da Promotoria em Cocal.
Wellington Dias falou ontem, durante uma visita a uma fábrica na zona sul de Teresina, que o Governo se antecipou à Ação do Ministério Público e já está indenizando as famílias vítimas da tragédia da Barragem de Algodões. De acordo com o governado o pedido de indenização do promotor Maurício Gomes, de Cocal, no valor de R$ 250 milhões, deverá ser revista pela Justiça. Wellington Dias se referia ao pagamento de R$ 5 mil que o Governo Federal está realizando para as famílias atingidas em Cocal e em Buriti dos Lopes, para que elas possam recuperar os prejuízos materiais como eletrodomésticos e outros.
Segundo o governador o Brasil tem apenas um Judiciário e quando há uma falha das partes "esta falha é corrigida por outra. Eu não posso lidar com isso, podem pedir até um bilhão", afirmou o governador. A indenização cobrada pelo promotor diz respeito aos danos materiais, morais e coletivos, além de R$ 1 milhão por vítima fatal, até agora confirmados oito e um desaparecimento de uma garota.
Muitas famílias no entanto não estão satisfeitas com a nova estrutura residencial que está sendo construída pelo Governo do Estado. Elas alegam que as casa não seguem o mesmo padrão e tamanho das residências que foram, destruídas pela enxurrada da barragem.
Wellington Dias disse que "é possível que uma ou outra possa ter uma perda muito maior que aquilo que a gente ta recuperando, mas, pelo menos aquilo que é essencial nós já fizemos".
Segundo o governador compete ao Judiciário a decisão dos valores cobrados e que o estado está cumprindo seu papel: "O judiciário vai tratar disso, o estado tem consciência que estamos cumprindo lá com a nossa parte. Recebi agora a primeira parte do relatório relacionado ao diagnóstico do que aconteceu ali, to aguardando aqui a outra parte e enfrentaremos com naturalidade defendendo a tese do estado".
Diário do Povo/PI.
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