sexta-feira, julho 31, 2009

Estranho: Promotor, depois de pedir indenização, se afasta.Veja

Maurício Gomes de Souza, está afastado da promotoria de Cocal por um prazo de três meses
O promotor de Cocal, Maurício Gomes de Souza, está afastado da promotoria de Cocal por um prazo de três meses, depois que impetrou a ação com um pedido de indenização de R$ 250 milhões contra o Estado e a Emgerpi, às famílias atingidas pela enxurrada da barragem Algodões I.
O governador Wellington Dias disse que compete ao Judiciário definir os valores de indenização e assegurou que o Estado vai recorrer se houver decisão condenatória. "Ele está cumprindo o seu papel de fazer a defesa das famílias", emendou o governador.
Ontem, o promotor passou o dia em uma audiência pública na sede da Câmara Municipal de Cocal, mas foi confirmado o seu afastamento da comarca por três meses. A justificativa é que o promotor pediu licença para estudar para fazer um concurso para juiz federal. Ele tinha direito a férias.As informações da Promotoria em Cocal é que o afastamento de Mauricio Gomes não vai atrapalhar em nada o andamento das ações, porque a ação com pedido de indenização já foi impetrada. "Não terá nenhum prejuízo para a ação e o afastamento do promotor é para se preparar para o concurso", informou uma funcionária da Promotoria em Cocal.
Wellington Dias falou ontem, durante uma visita a uma fábrica na zona sul de Teresina, que o Governo se antecipou à Ação do Ministério Público e já está indenizando as famílias vítimas da tragédia da Barragem de Algodões. De acordo com o governado o pedido de indenização do promotor Maurício Gomes, de Cocal, no valor de R$ 250 milhões, deverá ser revista pela Justiça. Wellington Dias se referia ao pagamento de R$ 5 mil que o Governo Federal está realizando para as famílias atingidas em Cocal e em Buriti dos Lopes, para que elas possam recuperar os prejuízos materiais como eletrodomésticos e outros.
Segundo o governador o Brasil tem apenas um Judiciário e quando há uma falha das partes "esta falha é corrigida por outra. Eu não posso lidar com isso, podem pedir até um bilhão", afirmou o governador. A indenização cobrada pelo promotor diz respeito aos danos materiais, morais e coletivos, além de R$ 1 milhão por vítima fatal, até agora confirmados oito e um desaparecimento de uma garota.
Muitas famílias no entanto não estão satisfeitas com a nova estrutura residencial que está sendo construída pelo Governo do Estado. Elas alegam que as casa não seguem o mesmo padrão e tamanho das residências que foram, destruídas pela enxurrada da barragem.
Wellington Dias disse que "é possível que uma ou outra possa ter uma perda muito maior que aquilo que a gente ta recuperando, mas, pelo menos aquilo que é essencial nós já fizemos".
Segundo o governador compete ao Judiciário a decisão dos valores cobrados e que o estado está cumprindo seu papel: "O judiciário vai tratar disso, o estado tem consciência que estamos cumprindo lá com a nossa parte. Recebi agora a primeira parte do relatório relacionado ao diagnóstico do que aconteceu ali, to aguardando aqui a outra parte e enfrentaremos com naturalidade defendendo a tese do estado".
Diário do Povo/PI.

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