
É a educação contextualizada, através da transferência de tecnologias com um olhar na própria realidade dos assentados.
A boa-nova, que está mudando a vida de jovens com idade média de 18 anos, vem do Projeto Agroecológico Terra Viva, desenvolvido pela Embrapa Meio-Norte. O trabalho começou em 2007, com a mobilização, organização da comunidade e a elaboração do plano de ação. Hoje, as ações estão voltadas à implantação total do projeto.
Paralelamente às ações de transferência de tecnologias, está sendo estruturado o sistema produtivo do projeto, que prevê a produção de hortaliças e frutas orgânicas com o máximo possível de aproveitamento dos recursos naturais da área, e o mínimo de utilização de insumos industrializados. "Esse é o grande diferencial do sistema", diz o assistente de pesquisa Pedro Neves, responsável pela execução do projeto.
O sistema produtivo do projeto, segundo ele, vai girar em três eixos: produção de composto orgânico e adubação verde; preservação de corredores ecológicos; e comercialização dos produtos com selo de origem. Na horta, que está sendo implantada numa área de 1,2 hectare, serão produzidos alface, rúcula, cenoura, tomate, beterraba, pimentão, banana e mamão.
Sérgio Vieira de Oliveira, de 18 anos, é um dos jovens mais entusiasmados com a horta agroecológica. Nascido numa família de cinco irmãos, ele aposta no projeto e prevê uma mudança radical na vida dos jovens da comunidade. "Essa nova forma de trabalhar, procurando preservar o ambiente, vai nos ajudar a seguir a vida com a consciência do que é certo na agricultura em comunidade", acredita.
O Terra Viva tem um orçamento de R$ 36 mil, e é financiado pela Fundação Kellogg, através do Projeto Mandu – Movimento de Articulação Norte Piauiense para o Desenvolvimento Sustentável. O Mandu é coordenado pela Embrapa Meio-Norte, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Care Brasil e Instituto Flora Vida.
Para levar as ações adiante, um novo projeto, através do PAC Embrapa, no valor de R$ 75 mil, já foi elaborado e está em fase de análise. A proposta prevê o incremento das ações de transferência de tecnologias e o beneficiamento da produção. A equipe do projeto é formada pelos pesquisadores Cristina Arzabe (coordenadora ) e Herony Mehl e o assistente de pesquisa Pedro Neves.
Mais informações pelo telefone (86) 3315-1200 ou através dos e-mails arzabe@cpamn.embrapa.br e pneves@cpamn.embrapa.br.
FONTE: Embrapa Meio-Norte
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