quinta-feira, maio 07, 2009

Tabuleiros Litorâneos produzirá dendê

Haverá a implantação de dois projetos de plantio de dendê no estado do Piauí: Toboleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe

Durante reunião com o superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Piauí, Guilherme Almeida Gonçalves de Oliveira, e empresários do grupo paraense Marborges Agroindústria S.A., o governador Wellington Dias e o vice-governador Wílson Martins acertaram a implantação, inicialmente em caráter experimental, de dois projetos de plantio de dendê nos perímetros Tabuleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe.
Esses dois projetos serão desenvolvidos em áreas de 10 hectares cada e representam o primeiro passo da produção de dendê em larga escala no Piauí, que poderá fabricar o tradicional óleo comestível e também o biocombustível processado a partir da extração do óleo de dendê.
O governador afirmou aos empresários e ao superintendente da Codevasf no Piauí que tem total interesse em apoiar esta iniciativa e acredita que o dendê possa ser produzido no Estado. “No que precisar, contem com o nosso apoio”, declarou Wellington Dias, autorizando a mobilização de uma equipe da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) para acompanhar a visita, in loco, da missão empresarial aos perímetros irrigados.
Os representantes do Grupo Marborges Agroindústria S.A., acompanhados de técnicos e autoridades, estarão nos Platôs de Guadalupe e Tabuleiros Litorâneos nesta quinta e sexta-feira (7e 8).
Profissionais da Embrapa Meio-Norte, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Codevasf também estão envolvidos com o processo de implantação da cultura do dendê no Piauí e acompanharão os empresários nessas visitas de campo.
Segundo Guilherme Oliveira, caso o experimento seja bem sucedido, o projeto de produção será implantado em área de 2.500 hectares, num dos dois perímetros. O superintendente da Codevasf acrescentou que tanto o óleo comestível quanto o biocombustível de dendê têm grande viabilidade econômica no mercado interno e em nível de exportação. Ele informou que ambos os subprodutos têm alto valor agregado e podem representar importante base econômica agroindustrial no futuro, contribuindo decisivamente para o processo de desenvolvimento do Estado.
A ideia, consensualmente discutida durante a reunião, realizada nessa quarta-feira (6), no Salão Azul do Palácio de Karnak, é adotar o modelo produtivo baseado no funcionamento de uma empresa âncora - no caso a Marborges Agroindústria S.A. Essa âncora, portanto, se associaria a pequenas empresas agroindustriais ou pequenos irrigantes, de modo a ampliar as possibilidades de geração de emprego e renda em torno da cultura do dendê.
Primeiro lugar
O óleo comestível de dendê é derivado da palma, fruto produzido pelo dendezeiro, que é uma espécie de palmeira de grande porte, de origem africana, apresentando seu melhor desenvolvimento em regiões tropicais, com clima quente e úmido, precipitação pluviométrica elevada e bem distribuída ao longo do ano.
Atualmente, o óleo de dendê ocupa o primeiro lugar na produção mundial de óleos. Sendo também o primeiro óleo vegetal em volume comercializado no mercado mundial, o óleo de palma serve de importante suporte a dois grandes setores: a indústria alimentícia e a oleoquímica. O óleo vegetal a partir da palma é ainda um dos mercados agroindustriais nacionais que tem apresentado maior crescimento nos últimos anos. É uma cultura perene, pois continua produzindo por mais de 30 anos consecutivos.
Fonte: Ccom

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