A desertificação do sul do Piauí avança rapidamente e o poder público dorme sobre essa questão.A desertificação é um problema que avança em algumas áreas do país e está preocupando os ambientalistas. No Piauí, o município de Gilbués concentra uma área de 631 quilômetros de solo degradado, considerada a maior do Nordeste do Brasil, onde há grandes extensões de terras comprometidas.
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Semar-PI) criou o Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas em Gilbués (Nuperade). A timidez do projeto apresentado mostra a incapacidade do estado em lidar com essa questão. Para o estudo foram utilizados R$ 90 mil no ano passado. O investimento total previsto para garantir o combate à desertificação é de R$ 229,9 mil, valor muito aquém das reais necessidades para uma área tão extensa, sem contar que existe recursos sobrando para o programa junto ao Ministério do Meio Ambiente.

O Piauí não é o único a não tratar com seriedade a questão, a execução orçamentária do principal programa diretamente relacionada à prevenção da desertificação na região do semi-árido brasileiro, que recebe o nome de “combate à desertificação do semi-árido”, caminha a passos lentos. A rubrica é administrada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Dos R$ 19,4 milhões autorizados em orçamento para este ano (maior quantia já prevista desde pelo menos 2004), apenas R$ 65,3 mil foram desembolsados até o começo de abril. A quantia não representa sequer 1% do total para o decorrer de 2009.
Reportagem do Fantástico, da Rede Globo, exibida no último domingo, mostrou que as regiões em volta do semi-árido também podem se tornar desérticas, caso a situação climática não se altere e o poder público não atue urgente com ações eficientes.
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