O turista piauiense,
nordestino, o brasileiro está descobrindo a Rota das Emoções. Antes era o
europeu que mais procurava o destino para conhecer os três paradisíacos
santuários no Ceará, Piauí e Maranhão, agora o "turista de casa"
resolveu apostar no passeio.
O Cidadeverde.com conversou
com profissionais que trabalham na Rota e nos 13 anos - data instituída
oficialmente pelo Sebrae, órgão que abraçou a causa - eles contam os gargalos e
avanços de um dos destinos que se consagrou nos três estados. Em página no
Instagram com a hastag #rotadasemocoes já existem mais de 15 mil publicações de
visitantes. Imagens impressionantes. Para a matéria, flagrantes do fotógrafo
Chico Rasta, um dos profissionais mais respeitado no estado que trabalha com a
natureza e eventos.
Segundo Carina
Camara, presidente do Litoral Piauiense Convention and Visitors Bureau –
IPC&VB, aumentou em 50% o fluxo de turistas nacionais e internacionais nos
últimos dois anos. Ela que preside uma entidade criada para fortalecer o
turismo no estado falou dos avanços e entraves na Rota das Emoções. O roteiro
foi criado oficialmente há 13 anos (2005/2018), mas antes era explorado, e leva
turistas do mundo inteiro para visitar de forma integrada o Parque Nacional de
Jericoacoa (CE), a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (PI) e o
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
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A presidente do Litoral Piauiense Convention Bureau, Carina Camara |
"Aumentou
consideravelmente. Nos últimos dois anos teve um aumento de mais de 50%, isso
contando com o mercado nacional e internacional. O internacional deu uma
diminuída, mas este ano ele voltou com mais força. Não sei exatamente o motivo,
se foi o valor do dólar, do euro. Eles (turistas) voltaram em quantidade muito
grande. Este ano, por exemplo, tivemos problema de superlotação nos meses de
julho e agosto. Deixamos de vender por falta de hotel, não tinha vaga onde
colocar cliente", disse Carina Camara.
Segundo a presidente
do Litoral Piauiense Convention Bureau, cada turista sai apaixonado pelo
passeio e reforça a propagação de boca a boca. Para conhecer a rota básica
precisa de pelo menos oito dias (sete noites). Não é necessário fazer todo o
percurso. Trechos partem de Fortaleza, no Ceará, ou de São Luis, no Maranhão.
Há pacotes desde light, rústico, de aventura, a luxo. Dependendo do tipo de
passeio coletivo ou privado, o custo pode variar de R$ 2 mil a 30
mil.
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Gerente de reservas Helena Manssur |
Aventura ecológica
"Sol, mar,
dunas, praia, muita aventura e romantismo". É o slogan de uma das agências
de turismo que faz pacote para a rota. O passeio - na maioria das agências -
inclui visitas aos lençóis maranhenses na famosa Lagoa Azul e do Peixe e pôr do
sol em vistas panorâmica. O turista conhece também o rio Preguiças em lancha
voadora, passando por comunidades de pescadores. No Delta de Parnaíba, único
das Américas, o visitante passeia por igarapés, dunas e ilhas com paradas
de banho de rio e mar, além de caminhar pelas dunas e ilha das Canárias. Em
Parnaíba, há visitas a Barra Grande, em passeio pela orla de Luis Correia,
passando por praias de Atalaia, Coqueiro, Maramar, Árvore Penteada e Macapá. Em
Jeri, há rotas de bug até a Lagoa Azul e Pedra Furada.
Melhorar comunicação
e infraestrutura
É unanimidade entre
as operadoras de viagens. O Piauí precisa investir mais na divulgação da rota.
Carina destaca que tanto o Maranhão como o Ceará investem pesado na propaganda
do destino turístico.
A questão da
infraestrutura, a presidente ressaltou que é preciso investir mais na coleta de
lixo, abastecimento de água e estradas.
Reativar a Agência
para gerir a rota
Marcos Fonteles, da
Eco Adventure Tour, ex-superintendente de Turismo de Parnaíba, destacou a
importância de reativar a Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável
(ADRS), que é o órgão para fomentar o turismo nos três estados.
"Ficamos
decepcionados com a não assinatura do acordo para a Agência funcionar
plenamente. Isso prejudica a rota e deixa de fomentar o turismo da regiã
meramente por questões política".
Para a gerente de
reservas Helena Manssur, o mês de agosto é marcante por turistas da Rota.
Segundo ela, há um publico fiel que vem todo ano da Polônia, da Alemanha,
turistas Italiano, Ingleses, da América do Sul, principalmente da Argentina,
Colômbia e Espanha.
"Temos toda uma
estrutura, todo staff, principalmente para quem vai praticar o Kitesurf, além
de informações necessárias sobre área de risco. Devido a procura para a Rota
das Emoções como do pessoal de Kite, tivemos que ampliar o número de apartamentos
e diversificar nossos serviços", ressaltou Helena Manssur.
Veja imagens aéreas.