O presidente da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra, falou pela primeira vez sobre
as expectativas de início da vacinação em massa contra o novo coronavírus
(Covid-19). Segundo ele, é possível que essa ação comece já nos primeiros meses
de 2021.
“Não gosto de previsões porque
geram expectativa na população. A humanidade nunca passou pelo que está
passando agora. ‘Ah, mas teve gripe espanhola, peste bubônica, a peste negra na
idade média’. Não há comparação na abrangência, na velocidade de transmissão.
Um pensamento pessoal meu de tudo que tenho visto colocaria minha expectativa
para os primeiros meses de 2021”, afirmou em entrevista ao jornal Extra.
Ele completou: “A Organização
Mundial da Saúde (OMS) tem dito mais para frente um pouco. Não há um consenso.
Pelo que eu tenho acompanhado dos protocolos que estão em desenvolvimento no
Brasil e pelas informações que recebo das pessoas, vamos ter uma expectativa em
relação aos primeiros meses de 2021. Agora, qual mês? Seria leviano tecer algum
comentário, porque estaria gerando uma expectativa que pode não se
concretizar”, acrescentou.
Outros países:
Em outros países, há expectativas
de que a vacinação em massa comece ainda este ano. Em 15 de setembro de 2020, o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que a vacina contra o novo
coronavírus poderia sair dentro de menos de um mês. A revelação foi feita
durante uma sessão de perguntas e respostas com eleitores, transmitida pela
emissora de TV ABC News.
“Estamos muito perto de ter uma
vacina”, disse ele. "Se você quer saber a verdade, a administração
anterior (democrata) levaria talvez anos para ter uma vacina por causa do Food
and Drug Administration (FDA) [órgão que regula alimentos e medicamentos em
território americano] e todas as aprovações. Mas nós estamos perto de obtê-la
dentro de semanas, você sabe, pode levar três, quatro semanas”.
Apesar da declaração positiva,
muitos veículos de imprensa apontam incertezas nesta última revelação de Trump,
já que horas antes ele havia dito ao canal Fox News que o antígeno poderia
ficar pronto em "quatro semanas, mas também poderiam ser oito".
Wandy Ribeiro-ICTQ/Edição:
Jornal da Parnaíba