Corrupção, traição,
ingratidão, mentira, deslealdade, infidelidade, calúnia, falsidade, injúria…
são alguns termos entre tantos mil que se fazem presentes na ação política
brasileira.
O filósofo grego
Aristóteles (384 a. C.) definiu “política” como “a ciência da felicidade
humana”. A felicidade consistiria numa certa maneira de viver, no meio que
circunda o homem, nos costumes e nas instituições adotadas pela comunidade à
qual pertence. O objetivo da política é primeiramente, descobrir a maneira de
viver que leva à felicidade humana e, depois, a forma de governo e as
instituições sociais capazes de a assegurarem. Ainda segundo ele “o homem,
quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando
afastado da lei e da justiça”.
Na sociedade brasileira os
homens e mulheres se afastaram das leis e da justiça. No seio dela e da família
perderam-se os valores essenciais para uma vida sadia. Por isso mesmo é que o
atual momento é de profunda crise. Não só política. Estamos consumidos por um
turbilhão de indecências e excrescências!
A institucionalização da
corrupção comprovada pela Operação Lava Jato revela o quão sofisticado se
tornou o crime eleitoral. Políticos dos mais diversos partidos inovaram na
forma de “comprar” o mandato.
Diante desse cenário, me
questiono: A sociedade contribuiu para o caos vivido? Sem dúvida. A nossa
representação política é muito ruim. Desde os protestos de junho de 2013 que os
brasileiros gritam que “você não me representa” referindo-se à classe política,
ressalvado de raríssimas exceções. Mas afinal quem escolhe o político? Sob que
condições se dá esta escolha? Não se pode eximir a culpa do eleitor, no
entanto também não se pode deixar de reconhecer a indecência que se vincula aos
interesses do nosso sistema político, apodrecido!