segunda-feira, dezembro 15, 2025

Tartaruga com fraturas no casco e no crânio tem casco refeito com resina odontológica em centro de reabilitação no PI

Cerca de dez tartarugas estão no local para serem tratadas e depois devolvidas para a natureza. Os animais chegam ao local após serem encontrados machucados e com dificuldade para se alimentar e nadar.

Cerca de 10 tartarugas estão em reabilitação para retornar ao mar no litoral do Piauí — Foto: Reprodução/TV Clube
Uma tartaruga da espécie cabeçuda teve o casco restaurado com resina odontológica no centro de reabilitação do Instituto Tartarugas do Delta, Parnaíba, no litoral do Piauí. Segundo os funcionários, o animal chegou até o local com fraturas no casco e no crânio e passou por tratamento durante cinco meses.

“A gente estabilizou com fisioterapia e vitaminas e refizemos o casco para proteger de infecções e estimular a cicatrização. Ela fica no tanque e seguimos avaliando”, explicou o médico veterinário do instituto, Igor Santos.

A espécie, junto com outras nove tartarugas, está em reabilitação no instituto. Os animais chegam após serem encontrados machucados, com cascos rachados e dificuldades para se alimentar e nadar. Eles permanecem em tratamento até poderem retornar ao mar.

Durante a reabilitação, as tartarugas passam por diferentes tanques, cada um com tratamentos específicos. O processo dura, em média, cinco a seis meses, dependendo do estado de saúde do animal.

“Tem o tanque de tratamento intensivo, depois elas vão para outro com menos acompanhamento humano e, no maior, já não têm contato, exceto na hora da alimentação, feita de cima”, detalhou Igo

Além da reabilitação, o instituto atua na conservação das tartarugas marinhas. Três equipes monitoram diariamente todas as praias do Piauí.

“Uma acompanha a Praia do Sal, outra a região de Luís Correia e outra fica em Cajueiro da Praia. Todos os animais encontrados vivos são levados para o centro, passam por triagem e, se necessário, entram no processo de reabilitação”, explicou o veterinário Sergio Marinho.

Ao chegar ao instituto, as tartarugas recebem nomes que fazem referência ao formato do corpo ou à forma como foram encontradas. A última etapa do processo é a devolução ao mar.

Período de desova

A bióloga, Werlanne Magalhães explicou que o período de desova e reprodução das tartarugas marinhas iniciou. Segundo ela, o momento requer a colaboração e conscientização popular.

"No litoral piauiense, a temporada inicia em dezembro, quando sobem as primeiras fêmeas e encerram quando nascem os últimos filhotes. É importante que as pessoas consigam respeitar que, a praia além de ser uma área de lazer, também funciona como um berçário das tartarugas marinhas", afirmou.

*Vitória Bacelar, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena.

Por Vitória Bacelar*, Léo Marques, g1 PI

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