Outro ponto relatado é a aquisição de 17.730 agendas, que teriam características semelhantes às usadas para promoção pessoal do prefeito, o que pode indicar desvio de finalidade.
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Francisco Emanuel (PP) | Foto: Reprodução / GP1
O Tribunal de Contas do
Estado do Piauí suspendeu os pagamentos da Prefeitura de Parnaíba à empresa
Grafcolor Editora Indústria de Papel Ltda., após analisar uma denúncia que
aponta graves irregularidades na adesão às Atas de Registro de Preços nº 001/2023
e 002/2023, utilizadas para contratar serviços gráficos destinados à Secretaria
de Educação.
A denúncia, apresentada por Bruno Souza Santana, relata que os contratos, que somam R$ 3.718.571,10, não foram cadastrados nos sistemas do TCE-PI nem divulgados no Portal da Transparência, impedindo o controle externo e configurando violação ao princípio da publicidade.
Também foram apontados
indícios de sobrepreço, ausência de justificativa de preços e falta de pesquisa
de mercado, contrariando exigências da Lei nº 14.133/2021.
Outro ponto relatado é
a aquisição de 17.730 agendas, que teriam características semelhantes às usadas
para promoção pessoal do prefeito, o que pode indicar desvio de finalidade e
uso indevido de recursos públicos. A unidade técnica do TCE-PI confirmou a
falta de publicidade dos contratos e a insuficiência de informações sobre a
execução contratual, inclusive com suspeitas de entrega parcial ou divergente
dos materiais adquiridos, além de possíveis manipulações em planilhas. Os
empenhos analisados totalizam R$ 2.581.009,01, dos quais R$ 1.771.318,31 já
foram pagos às empresas Grafcolor, Gráfica J S Sobrinho Ltda. e Rei Gráfica e
Editora Ltda., enquanto o valor mais alto, R$ 810.295,10, ainda não havia sido
quitado.
Com isso, o TCE-PI
determinou a suspensão do contrato vinculado ao Empenho nº 721006 e proibiu
novas despesas relacionadas às referidas atas até o julgamento final do caso.
Também ordenou que o prefeito de Parnaíba apresente, em até 15 dias úteis, toda
a documentação que comprove a regularidade das adesões, incluindo pesquisa de
preços, justificativas, parecer da Controladoria, notas fiscais e comprovantes
de entrega dos materiais às escolas.
Além disso, foram
determinadas intimações e citações do prefeito, do secretário de Educação, da
secretária executiva do Fundo Municipal de Educação, do controlador geral e dos
representantes legais das três empresas contratadas, para que apresentem defesa
no prazo legal. Após essa etapa, o processo retornará à unidade técnica para
nova análise e, em seguida, seguirá para o Ministério Público de Contas emitir
parecer.
Por Tamyris Leal | Fonte: JTNEWS

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