Duplo homicídio em porto foi motivado por disputa entre facções, diz delegado

O DHTL de Luís Correia está investigando a morte de Douglas J. da S. Vasconcelos e de um homem identificado como “Caíque”, ocorrida na noite de sábado (15) em uma embarcação no Porto do Toteles.

Segundo o delegado João Filipe, responsável pelas investigações, quatro suspeitos foram presos em flagrante e outros já foram identificados. A investigação apontou que o episódio não foi um ataque aleatório contra pescadores, como chegou a ser cogitado inicialmente.

“A motivação desse crime é uma disputa territorial entre facções criminosas. No primeiro momento, se cogitou que as vítimas fossem pescadores, mas com o aprofundamento das investigações identificamos fortes indícios de envolvimento de pelo menos duas das vítimas com o tráfico de drogas e com a facção rival da que atacou”, detalhou.

O local do crime é um porto utilizado tanto para atividades de pesca quanto, segundo a polícia, por criminosos que tentam se misturar à rotina dos trabalhadores. “Existe atividade lícita das embarcações de pesca, mas também há utilização por facções criminosas”, acrescentou.

Leia também:

• PM desmonta esquema ligado a duplo latrocínio horas após crime em Luís Correia;
• Quatro suspeitos por participação em duplo homicídio em embarcação são presos no Piauí;
• Duplo homicídio é registrado em porto de Luís Correia durante a madrugada;
• Duplo homicídio e tortura em Luís Correia pode estar ligado à criança baleada em Parnaíba;
• Seis suspeitos de participação em duplo homicídio são presos em Luís Correia.

O delegado confirmou também que os autores do ataque chegaram pelo rio.

“Eles chegaram em uma pequena embarcação, pela água, para surpreender os rivais. Pescadores que estavam no local foram contidos, mas não foram feridos”, disse. A origem exata da embarcação não foi detalhada para não comprometer investigações em andamento.

Questionado sobre a possibilidade de o crime configurar um “tribunal do crime”, o delegado afirmou que a análise segue em curso. “O que temos até agora de elementos concretos é que foi uma execução de rivais.  Se foi tribunal do crime ou não, isso continua sendo analisado”, esclareceu.

As investigações continuam para identificar mandantes, apoiadores e demais envolvidos na execução. A Polícia Civil mantém diligências na região, e novas prisões devem ocorrer nos próximos dias.

Por Rayane Venancio | cidadeverde