sábado, agosto 09, 2025

R$ 995 milhões: Projeto de revitalização do Rio Parnaíba vai recuperar mais de 900 km

O trecho navegável contemplado vai de Uruçuí, importante polo agrícola, passando por Guadalupe e Teresina, até Luís Correia, no litoral, integrando-se ao Porto Piauí.

Delta do Rio Parnaíba, em Parnaíba (Pl). Crédito: Chico Rasta/ MTur

O Rio Parnaíba, símbolo natural e econômico do Piauí, vai passar por sua maior intervenção já registrada. Um investimento de R$ 995 milhões, garantido pelo novo PAC do governo federal, vai financiar um amplo projeto de recuperação que abrange mais de 900 km de extensão, com ações ambientais, sociais e econômicas para devolver vitalidade ao “Velho Monge” e impulsionar o desenvolvimento regional.

O projeto foi oficializado nesta quarta-feira (6), em cerimônia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com a presença do governador Rafael Fonteles e do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés. Durante o evento, o ministro confirmou oficialmente o repasse.

“Depois de aprovado no comitê, entrego ao governador Rafael a garantia de R$ 995 milhões da política de revitalização do presidente Lula. Com isso, esse grande sonho do Piauí começa a virar realidade”, afirmou Waldez Góes.

Rafael Fonteles destacou que a obra é estratégica por envolver diversas frentes: revitalização das nascentes, recomposição florestal das margens, dragagem, derrocagem, implantação de esgotamento sanitário, ações de educação ambiental, regularização fundiária e fiscalização.

“O nosso Velho Monge vai finalmente receber a atenção que merece. É uma obra ambiental, social e econômica fundamental, que vai garantir a recuperação e a plena navegabilidade do rio”, declarou o governador.

O trecho navegável contemplado vai de Uruçuí, importante polo agrícola, passando por Guadalupe e Teresina, até Luís Correia, no litoral, integrando-se ao Porto Piauí. A proposta é transformar o Parnaíba em um corredor de transporte e desenvolvimento, beneficiando comunidades ribeirinhas e fortalecendo a competitividade logística do estado.

Além de impulsionar o transporte hidroviário, as ações de recomposição ambiental vão contribuir para o combate à desertificação, o uso sustentável da água e a promoção da justiça hídrica para as populações que dependem do rio.