Parlamentar critica políticos que tentam ser donos de obras
Sua fala foi de reação, pois, segundo a mesma, há quem
tente se apropriar das melhorias feitas na Lagoa do Bebedouro. Gracinha Mão
Santa lembra que o ponto turístico de Parnaíba tem sido beneficiado há mais de
oito anos com ações de diversos entes públicos e que isso permitiu que um local
que era ponto de violência se transformasse em um atrativo que já recebeu três
Natais na cidade litorânea.
“Precisamos evoluir. Existe quem faz a primeira [obra], quem faz a
segunda, quem faz a terceira, quem faz a quarta, quem faz até a quinta e, se
Deus quiser, que cada vez prospere mais. Às vezes, as pessoas menosprezam muito
quem está nos ouvindo. A gente tem que ter esse cuidado, porque nós somos
parlamentares. Aqui na tribuna, devem ser ditas verdades”, disse Gracinha Mão
Santa.
Ela se colocou como exemplo em casos de projetos do OPA (Orçamento
Participativo Digital) que beneficiam Parnaíba. “A gente quer agradecer também
as entregas. [O governador] entregou [obras do] OPA. Alguns deputados e alguns
vereadores dizem que são suas. Eu também podia dizer que são minhas, que
coincidiu com um requerimento, mas não, eu agradeço ao governador, às
associações e ao orçamento participativo. Agradeço por coincidir muitas obras
com as quais eu tenho o requerimento. Mas eu não posso dizer que são minhas. Eu
posso dizer que lutei muito por elas e que, graças a Deus, foram contempladas
de outra forma. Às vezes, não foi contemplada como eu pedi, mas eu não preciso
da obra, quem precisa da obra é o povo”, afirmou a deputada.
Gracinha Mão Santa lembrou que o mês de agosto tem campanhas
importantes. O agosto dourado incentiva à amamentação, o agosto laranja
conscientiza sobre a esclerose múltipla e o agosto lilás foca no combate à
violência doméstica. Ela cobrou que um projeto de lei ordinária de sua autoria
entre logo em vigor para contribuir na última temática. A matéria assegura às
vítimas de violência doméstica e familiar o direito a uma comunicação prévia
quando houver o relaxamento de prisão ou de medida protetiva de urgência
aplicada contra o violentador.
No entanto, a deputada defende que medidas de mudança cultural e
educativas são mais importantes para a questão. “As tecnologias aumentam. A
mulher pode pedir até socorro, mas parece que tem mais medo de pedir socorro.
Então, nós mulheres também [precisamos] nos apoiar. Julgar menos, acolher mais e
lutar mais. Levar isso para a nossa vida, desde a educação de filhos e de
netos, porque aí sim a gente consegue que esses índices diminuam, é com a
educação da família”, defendeu Gracinha Mão Santa.
A parlamentar ainda utilizou a palavra para parabenizar as cidades de
Teresina, Parnaíba e Cocal que fizeram aniversário no mês de agosto. “Lembrando
que, ao mesmo tempo, que a gente sempre dá os parabéns, a gente tem que se
lembrar do compromisso, da responsabilidade e do trabalho”, disse Gracinha Mão
Santa.
Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles
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