De acordo com relatos, a movimentação irregular
acontece principalmente à noite, embora ocorrências também sejam registradas
durante o dia. A situação compromete a segurança de visitantes, moradores das
proximidades. Além do uso e tráfico de entorpecentes, há registros de
prostituição e vilipêndio de sepulturas, crime previsto no Código Penal com
pena de até três anos de prisão, e pessoas morando no local.
O problema vai além da segurança pública e expõe um
quadro grave de abandono social. Muitos dos frequentadores vivem em situação de
miséria, dependência química ou não têm onde morar, alguns chegaram a fixar
residência dentro do próprio cemitério. Apesar do cenário, há iniciativas
voluntárias e comunidades terapêuticas atuando na tentativa de oferecer algum
tipo de suporte a essas pessoas.
O Ministério Público do Estado do Piauí acompanha a
situação e busca articular ações integradas para combater o avanço do problema
e recuperar o espaço. Segundo o promotor Rômulo Cordão, o cenário em Parnaíba
guarda semelhanças com o que ocorre na conhecida Cracolândia de São Paulo
. “É bem semelhante ao que vimos em são Paulo, a cracolândia, aqueles
bolsões onde os usuários de drogas, pessoas ligadas ao crime e pessoas em
situação de rua se reúnem e praticam toda sorte de delitos, não somente
utilização de drogas; mas o tráfico de drogas”, ressaltou.
A reversão desse cenário exige políticas públicas
consistentes, voltadas tanto à recuperação dos espaços urbanos quanto à
reintegração social de populações em situação de risco. pra tanto, se faz
necessário devolver dignidade ao local e às pessoas afetadas por essa realidade
cada vez mais visível e preocupante em Parnaíba.
Por: Daniel Santos | PCN
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