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Vereador Jacinto Costa, de 53 anos |
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O delegado Herbster Santos, da cidade de Parnaíba e responsável pelo
caso, afirmou que a adolescente também é considerada vítima. Os celulares dela
e do vereador foram apreendidos.
“A atual companheira dele tem 17 anos de idade. Ele tem mais de 50, uma
diferença de idade bastante significativa. Acreditamos que ela seja vítima
dele. Pela situação, ela nega, mas acreditamos que, com o tempo, relatará o que
vem sofrendo”, declarou o delegado.
As investigações começaram em 2021, quando Jacinto Costa foi apontado
como suspeito de abusar de duas irmãs menores de idade. Na época, o caso foi
arquivado por falta de provas. No entanto, novos indícios levaram a Polícia
Civil a solicitar o desarquivamento do inquérito, pedido que foi acatado pelo
Ministério Público do Piauí (MPPI).
De acordo com o delegado, uma das principais provas obtidas
recentemente foi o conteúdo do diário de uma das vítimas, no qual ela relatava
os abusos.
“Há também uma questão de violência psicológica, de pressão financeira
e social, já que o investigado possui grande influência na cidade. Por esses
motivos, as vítimas e seus familiares negaram os fatos inicialmente. Porém,
conseguimos reunir novas evidências — entre elas, anotações extraídas do diário
de uma das adolescentes”, explicou Herbster Santos.
Jacinto é irmão do atual prefeito reeleito do município, Apolinário
Costa Moraes (PSB). A polícia acredita que a influência política do vereador
tem contribuído para o silêncio e a intimidação das vítimas.
Segundo o Ministério Público do Piauí, também foi determinado o
afastamento cautelar de Jacinto Costa do cargo de vereador.
“O juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Buriti dos Lopes,
Arilton Rosal Falcão Junior, deferiu todos os pedidos do MPPI, incluindo a
decretação da prisão preventiva de Jacinto Moraes, cumprida na tarde desta
segunda-feira, 19 de maio, além de seu afastamento cautelar do cargo de
vereador. Há evidências de que o investigado tenta influenciar a narrativa das
vítimas e usa sua função pública para constranger ou desqualificar depoimentos”,
informou o MPPI.
Por Jade Araujo/Cidade Verde com edição Jornal da Parnaíba
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