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Presidente do Hospital Marques Basto, Mirocles Véras |
O presidente do Hospital Marques Basto, Mirocles Véras, fez um apelo contundente durante entrevista ao Jornal da TV Costa Norte, nesta quinta-feira (03.04), ao denunciar a falta de repasses de recursos oriundos de emendas parlamentares destinados diretamente à instituição, mas que, por trâmites burocráticos, precisam passar pela Prefeitura Municipal de Parnaíba. A ausência de respostas por parte do prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, segundo Mirocles, coloca em risco a continuidade de importantes obras e serviços voltados ao tratamento de pacientes oncológicos, cardíacos e neurológicos.
Mirocles destaca que os recursos em questão não são do município, nem
do estado, e sim verbas federais carimbadas, provenientes de emendas dos
deputados Júlio César, Florentino Neto, Júlio Arcoverde, Átila Lira, entre
outros. “Esse recurso não é da Prefeitura. Ele foi conquistado por nós,
diretamente no Ministério da Saúde e no Parlamento. O papel da Prefeitura é
apenas repassar”, afirma.
O problema, segundo ele, é que os repasses foram descontinuados ainda
na gestão anterior, e agora, com o novo prefeito, Francisco Emanuel, a situação
permanece indefinida. “Eu tentei marcar com o prefeito, não consegui. Isso me
preocupa. Eu falo com o ministro da Saúde e não consigo falar com o prefeito da
minha cidade”, desabafa Mirocles.
O Hospital Marques Basto é referência no Norte do Piauí e tem se
destacado no enfrentamento às filas da alta complexidade, especialmente na
oncologia, cardiologia e neurologia. Em 2024, a instituição foi o segundo
hospital que mais contribuiu para a redução da fila estadual de cirurgias
eletivas. “Somos um hospital filantrópico que presta um serviço essencial à
população, não estamos atrás de favor, mas do que é de direito”, pontua.
Além da assistência em saúde, o hospital gera mais de 600 empregos
diretos e indiretos, abriga programas de residência médica, estágios e formação
de mais de 200 estudantes por mês. “Estamos falando de assistência, de ensino e
de geração de renda. A instituição precisa ser respeitada”, reforça.
A cobrança de Mirocles se estende ao papel do prefeito Francisco
Emanuel: “Não se trata de vontade política, é uma obrigação legal. O dinheiro
está lá. Está guardado. Só precisa ser repassado para a finalidade que lhe foi
designada: cuidar de vidas.”
A expectativa, segundo ele, é de que o impasse seja resolvido em breve. “Tenho esperança de que o prefeito se sensibilize, nos receba e autorize esses repasses. Porque, no fim das contas, quem sofre não é a instituição. É o povo. É o paciente.”
Fonte Bernardo Silva
Um comentário:
Engraçado, por que ele não reclamou quando quem mandava na prefeitura era uma certa deputada? Só agora depois desse embrulho todo, é que ele soube reclamar
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