A denúncia foi ajuizada em 27 de janeiro pelo promotor Adriano Fontenele, da Promotoria de Luís Correia.
Advogado Humberto Chelotti Gonçalves, conhecido pela alcunha de “Doutor”
O advogado Humberto Chelotti Gonçalves, conhecido pela alcunha de
“Doutor”, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Piauí acusado
dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse
irregular de arma de fogo e corrupção de menores. A peça foi ajuizada em 27 de
janeiro deste ano pelo promotor Adriano Fontenele Santos, da Promotoria de
Justiça de Luís Correia.
Humberto Chelotti foi preso na última quinta-feira (06) pela Polícia Civil do Piauí em Cajueiro da Praia, Litoral do estado, sob a suspeita de realizar o transporte de armas, drogas e de membros de uma célula da facção criminosa Tudo Neutro (TDN), ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a corporação, os membros da organização criminosa possuem envolvimento com uma série de homicídios registrados em novembro de 2024 no povoado Barra Grande.
Conforme exposto na representação ministerial, Francisco das Chagas
Vieira da Silva, vulgo Horrível, e Francisco das Chagas Silva Goes, chamado de
Cheira Pau, são apontados como os principais autores desses crimes, e foram
alvos de uma operação da Polícia Militar deflagrada em 30 de novembro de 2024.
Durante as diligências, os policiais localizaram um carro modelo Hilux SW4, de
propriedade do advogado, e que estava sendo usado para dar fuga a Francisco
Vieira.
O indivíduo foi localizado pelos agentes e preso, e teve uma pistola de
9 mm, munições, e uma espingarda de calibre 12 e porções de maconha
apreendidos. No momento da captura, ele informou que o carro que havia lhe
deixado estava seguindo rumo à Cajueiro da Praia, e após mobilização dos
policiais, o veículo foi interceptado.
No momento da abordagem, Humberto Chelotti conduzia o veículo na
companhia de um menor de idade identificado pelas iniciais D. A. de A., e
também levava diversas drogas, incluindo LSD e R$ 960 em dinheiro, obtido
através da comercialização de drogas. Dessa forma, o representante ministerial
pediu o recebimento da denúncia contra o advogado.
Ainda no dia 30 de novembro de 2024, em depoimento à autoridade
policial, o menor que estava no mesmo carro que o advogado admitiu que Humberto
fazia transporte ilícito de entorpecentes. Na época, o advogado foi ouvido como
testemunha, em que se passou por mero responsável por transfer em Barra Grande,
refutando ter envolvimento com o grupo criminoso.
Entretanto, testemunhas relataram a atribuição do advogado como
responsável pelo transporte do grupo e de drogas, como é possível ver a seguir:
“Que Humberto, conhecido como ‘Doutor’, não é faccionado, mas faz o ‘corre’ de drogas em Barra Grande e Cajueiro [...] Que o ‘Doutor’ também já fez transporte de droga para o Sérgio, principalmente no Maranhão; Que já teve uma vez que a interroganda foi com o ‘Doutor’ para o Ceará no ano passado; Que nessa época foram em Fortaleza buscar meio quilo de ‘óleo’; Que nunca foram parados em barreiras, pois o carro passava sossegado”, afirmou a testemunha.
Diante desses elementos, a Polícia Civil concluiu a participação ativa
de Humberto Chelotti nas práticas criminosas relacionadas ao TDN, especialmente
sua atuação em rotas interestaduais do tráfico de drogas.
Por: Carolina Matta | gp!
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