Em 1º de novembro de 2024, foi realizada a primeira cirurgia de coleta de múltiplos órgãos, envolvendo a doação de um fígado, dois rins e duas córneas de um jovem de 28 anos, vítima de um acidente de moto.
“Agora, o HEDA se consolida como referência na captação de córneas na
região”, destaca Nadja Miranda de Freitas, coordenadora do Núcleo de Córneas de
Parnaíba. “Esses números refletem um avanço significativo na conscientização
sobre a doação de órgãos no estado”, acrescenta.
Criado em 2020, o Núcleo de Captação de Córneas do HEDA é certificado
pelo Banco de Tecidos Oculares (BTOC) do Hospital Getúlio Vargas (HGV), cujas
captações são realizadas em parceria com o Instituto Médico Legal (IML) e apoio
da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).
E para o ano de 2025, Wal França, diretora-geral do HEDA, anunciou a
criação de uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para
Transplante (CIHDOTT).
“Essa comissão será responsável por promover e coordenar o processo de
doação, garantindo que seja realizado de forma ética, transparente e eficiente,
respeitando os direitos dos pacientes e suas famílias”, explica.
Em 1º de novembro de 2024, foi realizada a primeira cirurgia de coleta
de múltiplos órgãos, envolvendo a doação de um fígado, dois rins e duas córneas
de um jovem de 28 anos, vítima de um acidente de moto.
Após a confirmação da morte encefálica, a família do doador autorizou a
doação e enfatizou o impacto positivo dessa decisão. O procedimento foi
realizado por uma equipe de 15 profissionais de saúde e durou cerca de duas
horas.
“É muito reconfortante saber que o João vive em outras pessoas”, revela
Fátima Castro, representante da família de João Paulo, primeiro doador de
múltiplos órgãos do HEDA. “Conversem com a família sobre a doação de órgãos,
essa é uma decisão que pode transformar a dor da perda em esperança para muitas
pessoas”, pontua.
No ano passado, profissionais do HEDA participaram do curso Diagnóstico de Morte Encefálica, que abordou critérios essenciais, protocolos técnicos e a importância de uma comunicação ética e sensível com as famílias, o que deve “refletir diretamente no aumento das doações de órgãos em 2025, ampliando as chances de salvar vidas e transformando realidades”, acredita Nadja.
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