A informação foi confirmada em entrevista exclusiva ao jornalista Carlos Mesquita pelo advogado de defesa, Sammai Cavalcanti.
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Lucélia Maria, acusada de envenenar duas crianças | Reprodução/TV Meio |
O QUE ACONTECEU?
Lucélia Maria foi liberada da Penitenciária Feminina de Teresina na noite de segunda-feira (13), após ser detida desde agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba, no litoral do Piauí.
A decisão da 1ª Vara Criminal de Parnaíba ocorreu após a apresentação
de um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML). O documento, elaborado cinco
meses após a morte das crianças, concluiu que não havia vestígios de veneno nos
cajus que, supostamente, teriam sido entregues às crianças pela vizinha.
A AUDIÊNCIA
Em entrevista exclusiva ao jornalista Carlos Mesquita, o advogado de Lucélia, Sammai Cavalcanti, falou que a audiência de instrução ocorre no dia 23 de janeiro. Vai ser o momento em que as partes do processo judicial vai apresentar provas e argumentos perante à juíza do caso.
“Muito sofrimento, calor, chorava demais por uma coisa que eu não fiz.
Fiz aniversário de 53 anos na cadeia. Eu fui presa injustamente e perdi tudo.
Tá tudo destruído, até minhas roupas destruíram. Nunca dei sacola de caju para
ninguém. Eu cheguei da rua e fui presa. Agradeço a Deus porque eu e meu filho
não morremos”, disse Lucélia Maria.
O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL
A Polícia Civil informou que, no momento da prisão, havia indícios
suficientes para justificar a detenção de Lucélia. Ela já possuía histórico de
envolvimento em incidentes de envenenamento de animais e mantinha uma relação
conturbada com os vizinhos. Durante depoimento, Lucélia admitiu ter aprendido
com o irmão a usar veneno (chumbinho) para matar morcegos.
Sobre a demora na apresentação do laudo pericial dos cajus, o advogado
explicou: “A demora é um problema estatal, não da defesa. Lucélia tem poucos
recursos financeiros e está pagando o advogado de forma parcelada. A perícia
deveria ter sido realizada pelo estado. Após cinco meses, o laudo foi
apresentado na última quinta-feira”.
Cavalcanti também destacou a ausência de provas: “A negativa total de
autoria de Lucélia é evidente. Não havia no processo o laudo pericial. Agora,
na audiência de instrução, vamos utilizar as testemunhas do Ministério Público
para demonstrar a inocência de Lucélia. Acredito que teremos uma sentença absolutória”.
Por: Ananda Soares | meionews
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