"É uma estrutura de baixo custo. São sacos de areia colocados em um formato que funciona como degraus, de forma que, quando a onda vem, ela perde energia gradualmente. Diferente de um muro reto, essa estrutura reduz a força da onda, evitando que ela destrua tudo. Essa solução já funciona em outros lugares", explicou a bióloga Liliana Souza. Segundo Liliana, se nenhuma medida for tomada, as praias podem desaparecer.
"Se não forem implementadas estruturas para dissipar a energia das
ondas, como faz o bagwall, Macapá pode desaparecer. A tendência é o nível do
mar continuar subindo se nada for feito, especialmente com as mudanças
climáticas e a urbanização", ressaltou. Um morador da região relatou que o
avanço do mar já alterou significativamente o cenário nas últimas décadas. Ele
também critica a omissão do poder público em resolver o problema.
"O Macapá historicamente sofre com o avanço do mar. O que era
considerado o antigo Macapá já foi engolido pelo mar. Praças, escolas, casas,
restaurantes, toda a estrutura que existia há 30, 40 anos, já se foi. Hoje,
Macapá e Maramar continuam correndo o risco de perder mais colégios e bares. Há
uma negligência por parte das autoridades, que não enxergam a gravidade da
situação e não tomam providências", relatou o morador.
"Pelo jeito que aconteceu agora, eu não tenho mais condições.
Preciso de ajuda", desabafou.
O secretário de Assistência Social do município de Luís Correia, Tiago
Silva, confirmou ao Cidadeverde.com que enviaria equipes ao local para coletar
as demandas das pessoas atingidas pela "ressaca".
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Ressaca do mar invade bares e restaurantes em Luís Correia |
Veja como estavam as praias no Carnaval de 2023:
Por Rebeca Lima e Roberto Araújo
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