Segundo o IBGE, mais de 90% dessa atividade é desenvolvida por meio da
agricultura familiar.
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Foto: Geirlys Silva |
Investimentos feitos pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) nos
últimos anos têm fortalecido a produção de ovinos e caprinos no Piauí. O estado
tinha, em 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o terceiro maior rebanho de caprinos do Brasil, com 1,9 milhão de
cabeças. O Piauí também se destaca na criação de ovinos, com 1,7 milhão de
animais, configurando como o quarto maior rebanho do Nordeste. Juntos, os
rebanhos de ovinos e caprinos somam 3,6 milhões, fazendo do estado, o terceiro
maior criador na região Nordeste.
Ainda segundo o IBGE, mais de 90% dessa atividade é desenvolvida por
meio da agricultura familiar. Nesse cenário, a Secretaria da Agricultura
Familiar (SAF) desenvolve ações produtivas que consolidam o fortalecimento
organizacional dos produtores rurais que praticam essa atividade.
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Foto: Geirlys Silva |
Dentre as ações desenvolvidas pela SAF, responsáveis auxiliar na
geração de renda e organização das famílias no campo, está o Projeto Viva o
Semiárido (PVSA), que investiu mais de R$ 20 milhões em ações e incrementou
cerca de R$ 4,3 milhões na renda anual para os agricultores, beneficiando um
universo de 2 mil famílias em 39 municípios.
O superintendente de Ações e Apoio à Agricultura Familiar da SAF, Clébio
Coutinho, citou que o projeto teve papel importante para uma qualificação na
produção de caprinos e ovinos, o que passou a estimular a comercialização e
possibilitou às famílias melhorar as condições sociais.
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Foto: Geirlys Silva |
“Recentemente, nós executamos o Projeto Viva o Semiárido. Os
investimentos foram aplicados na construção de centros de manejo, na
implantação de pastagens, na aquisição de rebanhos de cabeças, de matrizes e
reprodutores, visando melhorar a genética dos rebanhos dos agricultores
familiares. Um conjunto de investimentos para fortalecer essa atividade não
apenas em bases produtivas dos agricultores, mas também em ações de apoio à
comercialização”, apontou o gestor.
O aumento da renda tem feito com que os jovens que vivem no campo priorizem
essa ação e permaneçam na agricultura familiar. Um exemplo é a agricultora
Suzana Coelho. Ela, que participou de capacitações pelo PVSA, é atualmente
presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais da Chapada Vale do Rio Itaim
(Coovita), localizada no município de Betânia do Piauí. Ela aponta que a
comercialização de caprinos e ovinos tem auxiliado na renda da sua casa,
melhorado a qualidade de vida, e permitindo que ela permaneça na sua cidade
natal.
“Por meio da comercialização do que é produzido na roça, as pessoas
conseguem tirar sua renda, não ficam mais à mercê de outros comércios, ou até
mesmo de estar trabalhando fora. Foi uma grande porta que mostrou para mim e
para outros jovens que eles poderiam permanecer em suas cidades trabalhando. Com
a agricultura familiar, pelo comércio de ovino e caprino, conseguimos
conquistar nossas coisas”, relatou Suzana.
Atualmente, por meio do apoio da SAF, a cooperativa comercializa a
produção, inclusive para a merenda escolar de algumas escolas da Secretaria da
Educação (Seduc), em Teresina, por meio do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae). Dessa forma, a carne de carneiro produzida pela agricultura
familiar, com um manejo que garante maior qualidade e saúde, alimenta os estudantes.
Por outro lado, é uma garantia de renda e de mercado para os produtores da
agricultura familiar.
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