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Diretor do Interpi Rodrigo Cavalcante |
Para tentar barrar a especulação imobiliária, o governo do estado e a
União estão com frentes de ações para a regularização fundiária. O estado quer
usar o mesmo modelo do cerrado piauiense para combater a insegurança jurídica
no litoral do estado.
Uma ação integrada entre o Interpi, Superintendência do Patrimônio da União, Incra, Ministério Público Federal, PF, ICMbio e Ibama estão sendo articuladas para combater a grilagem e a especulação imobiliária.
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Na última quinta-feira (25), o governador Rafael Fonteles (PT) convocou
reunião com os órgãos estaduais e federais para tratar sobre a regularização
fundiária. A meta do Interpi é entregar mais de 10 mil títulos de terras em
todo o estado até o final do ano. A PF foi acionada para investigar
atuação de “milícia” com jagunços, acirrando os conflitos de terras no
litoral.
Tanto o Interpi como a SPU reconhecem que a especulação imobiliária
cresceu nos últimos anos e que o metro quadrado de imóveis em municípios no
litoral está mais caro do que na zona Leste de Teresina.
“O Interpi está participando de rodada de reuniões e a experiência da
regularização fundiária nos cerrados deverá ser aproveitada no litoral. São
áreas como muita especulação devido a busca do mercado e tornou terrenos
valorizados e a falta de identificação das terras públicas ocasiona a
insegurança jurídica. Temos terras não discriminadas ao longo do tempo que
foram ocupadas e estão sendo ocupadas indevidamente e isso vai ocasionando essa
confusão no mercado”, disse o diretor do Interpi, Rodrigo Cavalcante.
Ele reforçou que as pessoas que estão adquirindo terras que procurem a
Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para saberem a origem da
propriedade.
“Hoje nenhum grupo que queira atuar dentro da lei nos Cerrados, todos
eles, quando querem adquirir uma área pedem ao vendedor uma certidão de
regularidade dominial que é emitida pelo Interpi. Nos cerrados, os produtores
já reconhecem o que dá validade e segurança jurídica é saber que a terra passou
por regularização fundiária. É algo parecido o que estamos querendo levar para
o litoral, especialmente para Cajueiro da Praia. São áreas muito valorizadas e
com identificação ainda limitada, mas no instante que o estado reconhecer vai
poder organizar as ocupações. No estado do Piauí, a gente sempre diz que não há
espaço para aventureiros, para quem vem invadir uma área para tentar vender.
Ele simplesmente não vai conseguir vender porque as pessoas vão ser informadas
de que terras não reconhecidas pelo estado não têm valor”.
“O conselho que a gente dar para quem quer investir com seriedade,
dentro da lei no estado do Piauí, é verificar a origem dominial das terras. Não
tem desculpas. Quem adquire alimentando o mercado de insegurança não contribui
com o estado. Estamos trabalhando para levar segurança jurídica, respeitar as
comunidades que vivem no local e o meio ambiente”, disse Rodrigo Cavalcante.
Fonte: Por Yala Sena\ cidadeverde.com | Edição: Jornal da Parnaíba
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