Uma das áreas de maior beleza natural do nosso estado é o Delta do
Parnaíba, que se forma com o deságüe do Rio Parnaíba no Oceano Atlântico,
formando cinco braços que se abrem e formam 73 ilhas fluviais.
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Rosângela dos Santos é coordenadora do projeto Verde Viva Mangue |
O ICMBio monitora a preservação da Área de Proteção Ambiental (APA) do
Delta do Parnaíba. A APA é uma unidade de conservação que abrange a parte dos
estados do Maranhão, Piauí e Ceará e abarca dez municípios.
No entanto, problemas ambientais existem e contam com a ação de
ambientalistas para diminuir os impactos deles sobre os ecossistemas. Um deles
é o desmatamento dos manguezais na Ilha das Canárias, que fica no lado
maranhense do Delta. Por lá, em algumas áreas é possível ver a degradação
ambiental com a ausência dos mangues. Parte desse problema é originado por
conta da ação humana e também da ação natural.
Veja a reportagem completa a partir do minuto 14:15 do vídeo a seguir:
Segundo Matheus Silva, que é biólogo e agente do Instituto Chico Mendes
da Conservação (ICMBio), o manguezal é um ecossistema que alerta para os
impactos das mudanças climáticas, e indica a elevação do mar nas faixas
litorâneas.
“Nós estamos no ecossistema manguezal e ele é de grande importância porque é um dos alertas dos impactos das mudanças climáticas, uma vez que vai indicar a elevação do mar para as zonas costeiras, e é importante também por conta da grande quantidade de serviços ecossistêmicos das quais ele dispõe”, disse.
Um dos projetos que busca fazer o combate ao desmatamento dos manguezais é Verde Viva Mangue. Um grupo de voluntários faz ação de replantio de mudas, que levam entre 15 e 20 anos para atingir a fase adulta. Rosângela dos Santos, coordenadora do projeto, explicou como funciona o processo.
“Para a gente fazer essas mudas, a gente faz uma coleta da semente do mangue vermelho, e a semente é tipo assim uma canetinha que a gente chama de ‘propágulos’. Então a gente faz todo o preparo, coloca através da lama, um pouco de areia e também extratos, e a gente coloca num saquinho, e isso a gente planta o propágulo no saquinho, daqui a gente traz para o viveiro, onde vão crescer e desenvolver”, citou.
A sensação de participar de um projeto que vai ter impacto na
reconstrução do meio ambiente atrai voluntários como o Gustavo Faria, que se
move por pensar em ajudar as gerações futuras.
“Para mim é muito importante porque o que vem acontecendo com o planeta é grave, o que está acontecendo nesse momento com as mudanças climáticas. Então eu penso em plantar agora para as futuras gerações saberem disso que aconteceu aqui, desse manguezal, para saberem do passado, o que ta sendo no presente para no futuro renascer”, falou.
“Tudo isso é prejudicial, ou seja, os peixes vão perdendo áreas, os habitats de reprodução. Então imagina, se você tem o impacto do lado de reprodução, você sabe que o impacto vai afetar na população. Se você não tem peixes se reproduzindo e crescendo, a população vai se reduzir. Outros animais da fauna dependem muito desses ambientes, por exemplo, as aves. Tem um grupo de aves migratórias que se alimentam diretamente desses ambientes Costeiros”, exemplificou.
Por Roberto Araujo com informações de Najla Fernandes | cidadeverde.com
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