Com a medida protetiva, o suspeito deve permanecer a pelo menos 300 metros de distância do casal, e não pode fazer contato por nenhum meio de comunicação com eles ou com seus familiares.
A Justiça decretou uma medida protetiva contra o homem suspeito de
lesão corporal grave e de cometer crime de injúria homofóbica contra uma casal
em um bar na cidade de Parnaíba, para que ele mantenha distância das
vítimas. A decisão foi assinada na quinta-feira (5).
O rapaz, que confessou as agressões à Polícia, mas negou a motivação
homofóbica, deve permanecer a pelo menos 300 metros de distância do casal, e
não pode fazer contato por nenhum meio de comunicação com eles ou com seus
familiares.
O caso aconteceu na noite de 29 de setembro. Imagens de uma câmera
de segurança mostram o momento em que o rapaz é agredido com um soco
no rosto na calçada de um bar (assista acima). A vítima e o namorado
registraram um boletim de ocorrência pelos crimes de injúria homofobia e
lesão corporal.
O vídeo mostra o momento em que o rapaz sai do estabelecimento para
fumar e é agredido pelo estudante. Em seguida, os seguranças do local intervêm
na briga e imobilizam o agressor.
Agressões físicas, verbais e atos obscenos
Estudante de medicina é investigado após agredir casal gay e simular masturbação em bar — Foto: Divulgação
"Uma das vítimas e testemunhas contaram que o estudante de
medicina praticou atos obscenos diante do casal, simulando se masturbar e
falando termos pejorativos contra o casal", informou.
Leia Também: Estudante de medicina é acusado de agressão e homofobia
Após os xingamentos contra o casal, o estudante de medicina foi até a
área externa do bar e agrediu fisicamente contra uma das vítimas, que
sofreu uma fratura e estiramento de tendão no braço. Ele terá que se
ausentar do trabalho por mais de 30 dias.
Ainda segundo Ayslan, o estudante investigado registrou um boletim de
ocorrência contra o casal, afirmando que ele teria sido agredido.
O estudante prestou depoimento e confessou que cometeu a agressão, mas
negou as ofensas homofóbicas. Mas segundo o delegado, testemunhas
confirmaram as agressões verbais.
As vítimas pediram ainda que fossem decretadas medidas protetivas, para
obrigar o suspeito a manter distância dos dois. O delegado vai protocolar o
pedido à Justiça ainda nessa quarta-feira (4).
O estudante e uma das vítimas são alunos da mesma faculdade. A
instituição divulgou uma nota em que repudia a atitude.
O crime de injúria homofóbica tem pena de reclusão de 2 a 5 anos. O Supremo Tribunal Federal reconheceu que atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ podem ser enquadrados como injúria racial, portanto, crime inafiançável e imprescritível.
Por g1 PI
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