Louro |
Faça chuva ou faça sol, seja sábado, domingo ou feriado, lá está ele a mourejar em seu estabelecimento, com a sua cordialidade e alegria de sempre, a vender os jornais e livros da terra, e os jornais e revistas de circulação nacional, assim como os editados em Teresina. Embora correndo o risco de ser perseguido por algum alcaide fustigado pelas catilinárias da Inovação, sempre vendeu esse jornal, durante todo o tempo em que ele circulou. Por isso mesmo tinha a consideração e o respeito de todos que faziam parte desse bravo periódico.
Para mim o Louro foi sempre o Louro da banca de revistas da Praça da Graça. Por essa razão, não obstante a estima que lhe tenho, sequer sabia o seu nome. Telefonei-lhe, para lhe colher o nome completo, que agora declino, como uma homenagem a um cidadão honrado: Francisco das Chagas Sampaio. Ele, um homem de bem, cordato, vestia uma camisa preta, com a palavra PAZ, em letras brancas, estampada no peito. Ou seja, o Louro, literalmente, veste a camisa da PAZ.
Por Arlindo Leão, superintendente de Cultura de Parnaíba
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