domingo, abril 26, 2020

Respiradores de baixo custo desenvolvidos por piauienses aguardam aprovação da Anvisa

Após a aprovação, que dura entre 20 a 30 dias, os aparelhos poderão ser produzidos em escala e comercializados.
Piauienses desenvolvem respirador de baixo custo — Foto: Divulgação/UFPI
Dois projetos de respiradores de baixo custo desenvolvido por piauienses aguardam homologação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a aprovação, que dura entre 20 a 30 dias, os aparelhos poderão ser produzidos em escala e comercializados.

Um dos projetos é o Delta lung I, desenvolvido por fisioterapeutas da Universidade Federal do Delta (UFDPar). Eles criaram um modelo de ventilador mecânico de baixo custo e portátil, para facilitar o transporte tanto em ambulâncias como por dentro dos hospitais.
Fisioterapeutas de Parnaíba (PI) desenvolvem ventilador mecânico de baixo custo — Foto: Kelson Sales/ Arquivo pessoal
Segundo o fisioterapeuta Kelson Sales, o equipamento conta apenas com peças de fabricação nacional, o que ajuda a baratear o produto. Somente após homologação da Anvisa, o pesquisador deve ter uma média do valor do equipamento.

"Tivemos resultado positivo dos testes em pulmão artificial. Vamos fazer o ensaio do protótipo esta semana e na terça-feira encaminhar para homologação da Anvisa. O ventilador será entregue à uma fabricante de equipamentos hospitalares", explicou Kelson Sales.
Projeto aposta em respirador a R$ 6 mil — Foto: Divulgação/UFPI
Projeto aposta em respirador a R$ 6 mil
Outro projeto que aguarda avaliação é o Air Tron, que foi desenvolvido com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da UFDPar. O aparelho é um ventilador mecânico com os requisitos mínimos para ajudar no tratamento da Covid-19.

O diretor da startup Tron Ensino de Robótica Educativa, Gildario Lima, explicou que o equipamento possui sensores de pressão, fluxo e saturação de oxigênio, além de ventilação controlada e perfis de ventilação assistida. O aparelho foi desenvolvido com supervisão de médicos, fisioterapeutas, infectologistas e engenheiros elétricos.

Segundo o pesquisador, o aparelho pode ser monitorado à distância. O profissional poderá acompanhar o seu uso, já que é possível prever erros e qualquer manuseio incorreto será informado à uma central de monitoramento.

A principal diferença do Air Tron para os demais respiradores disponíveis no mercado é o preço. Enquanto um respirador industrial custa em média R$ 50 mil, o aparelho piauiense custará em média R$ 6 mil. O equipamento pode ser usado em crianças e adultos, inclusive em pacientes com sobrepeso.

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O projeto foi apresentado durante teleconferência nesse sábado (26) ao governador Wellington Dias, que prometeu apoio à pesquisa e produção dos respiradores. O projeto será enviado nos próximos dias para a avaliação da Anvisa e terá documentação aberta para fins filantrópicos.
"O estado vai dar apoio à pesquisa e produção dos respiradores, através disso, queremos a doação dos aparelhos para a rede de saúde pública do Piauí. Muito orgulhoso com a iniciativa dos piauienses!", declarou.

Por Catarina Costa, G1 PI | Jornal da Parnaíba

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